Após mais de um ano sem gestão o DCE-Ufal realizaria eleições para sua diretoria e os estudantes escolheriam qual grupo ficaria a frente da entidade no próximo ano. No dia 20 de maio o Regimento Eleitoral foi finalizado e aprovado. E de lá até o dia 3 de setembro quaisquer chapas poderiam inscrever-se no processo e disputar o pleito nos dias 10 e 11 de setembro. Mas o que houve para que as eleições não fossem realizadas?
O que aconteceu foi mais um problema gerado pelo grupo Correnteza, recorrendo às mesmas práticas de implosão do processo eleitoral que já usou nas três últimas eleições, em 2003, 2004 e 2006. Duas chapas se inscreveram no processo regularmente, respeitando o Regimento e a democracia interna do movimento estudantil. Nós, com a chapa Amanhã vai ser outro dia, fomos o primeiro grupo a inscrever-se no processo!
106 dias após o Regimento ser aprovado, a Correnteza não conseguiu cumprir os requisitos mínimos exigidos pelo Regimento e não participaria do processo: faltavam documentos com fotos de três estudantes. A Comissão Eleitoral ainda assim aceitou que a Correnteza trouxesse os documentos até o dia seguinte, como foi pedido pela chapa. Mas mesmo assim a Correnteza não cumpriu o acordo e, como havia sido registrado em ata, ficaria sem as inscrições dos estudantes que faltavam documentos e, consequentemente, sem cumprir os requisitos para se configurar enquanto chapa.
O curioso é que, depois de 106 dias, por não conseguir cumprir um Regimento que ela mesma ajudou a aprovar, a Correnteza passou a questioná-lo, dizer que o Regimento era contraditório com o Estatuto para justificar sua inscrição no processo a qualquer custo. A insistência da Correnteza em entrar no processo acabou inviabilizando o mesmo, que agora se encontra suspenso até que as entidades de base da Ufal (centros e diretórios acadêmicos) reúnam-se e deliberem por uma saída para este impasse.
A última reunião da Comissão Eleitoral não ocorreu justamente por “força” da Correnteza, que se valeu de gritos e acusações infundadas por parte de seus membros para implodi-la. Agora caberá ao movimento estudantil da Ufal dar uma resposta e solução a isso, para que o processo não caia no descrédito e o DCE-Ufal não fique mais tempo ainda sem gestão. O que está em jogo não é apenas o andamento das eleições, mas também o respeito a democracia interna do movimento estudantil, a viabilização da entidade máxima representativa do corpo discente da Ufal e das lutas que ela possui como demanda: os enfrentamentos contra o Reuni, a repressão e as reformas neoliberais.
No dia 2 de outubro o Conselho de Entidades de Base (CEB) se reunirá, às 14 horas, no auditório do Severinão. Nesta reunião não defenderemos casuísmos políticos e estaremos lutando para que o regimento seja respeitado e as eleições remarcadas para os dias 29 e 30 de outubro. A reunião é aberta e todo estudante presente tem direito a voz. Participe!