tag:blogger.com,1999:blog-61337666393382300242024-03-19T01:40:56.172-03:00Além do Mito...Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.comBlogger32125tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-41793218359572107972013-07-16T12:21:00.000-03:002013-07-16T12:21:00.909-03:00Nota da frente "Mudar as coisas me interessa mais" sobre as Eleições do DCE. <div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-left: -1.5pt; margin-top: 0pt; text-align: center; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 24px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">MUDAR AS COISAS ME INTERESSA MAIS</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-left: -1.5pt; margin-top: 0pt; text-align: center; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 19px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">ELEIÇÕES DCE QUILOMBO DOS PALMARES</span></div>
<b id="docs-internal-guid-4f36dd0d-e811-7057-3376-7c6f3f40808d" style="font-weight: normal;"><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 19px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-left: -1.5pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“E vamos a luta” como disse o bom compositor brasileiro, Gonzaguinha. A história nos mostra nitidamente que momento de luta é o momento de agora. Enquanto houver exploração e opressão, estaremos gritando e dizendo “não” à esse sistema.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-left: -1.5pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nós somos a Frente estudantil </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">MUDAR AS COISAS ME INTERESSA MAIS</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Somos produto de mais uma “onda” de estudantes que se indignam com as políticas de falta de investimento no ensino superior público, precarizando-o ao máximo e em consonância com isso, aplicando políticas de financiando no ensino privado, fortalecendo os grandes “empresários da educação”. Para nós, a educação é algo que deve estar a serviço dos trabalhadores, que sustentam não só a educação, a saúde, a segurança, os salários (e desvios de verba) dos “políticos da ordem”, mas toda sociedade. São eles que “carregam o peso” de toda humanidade.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O momento por qual passa a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) é ímpar para se discutir a organização dos estudantes dentro do movimento estudantil e como ela vem se dando ao longo dos últimos anos. Hoje e amanhã (16 e 17 de julho) estará ocorrendo o processo de eleição da nova gestão do Diretório Central do Estudantes – Quilombo dos Palmares, que ficará à frente das diretorias da Entidade neste período de 2013-2014. Duas chapas estão concorrendo este ano, a atual gestão Correnteza – "A Luta Não Para" (chapa 1), e sua oposição "Pra Balançar O Chão Da Praça" (chapa 2). <span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Deixamos claro, desde já, que a </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">FRENTE “MUDAR AS COISAS ME INTERESSA MAIS”</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> não está construindo nenhuma das duas chapas inscritas, e pedimos desculpas àqueles que acreditam em nossas proposições. Mas, por estarmos no início de uma frente organizada, avaliamos que não teríamos “pernas” para disputar a gestão do DCE.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Gostaríamos de ressaltar que a atual gestão, a chapa 1 (Correnteza), está à frente do DCE-UFAL desde 2010, e de lá para cá vem demonstrando um profundo desrespeito ao Estatuto da Entidade. Em 2011 atrasou as eleições para nova diretoria, que tem duração de um ano, previsto em Estatuto. No mesmo ano era para ter ocorrido o Congresso do DCE (espaço de maior valor nas deliberações que dizem respeito à entidade, sendo ele o que define politicamente como o DCE irá se posicionar) que estatutariamente, ocorre a cada dois anos, e que deveria ocorrer no ano de 2011, mas simplesmente não foi organizado, acontecendo apenas em fevereiro de 2013 – de forma altamente desorganizada. Os Conselhos de Entidades de Base (os famosos CEB's) que, segundo consta no Estatuto do DCE, deveriam acontecer com periodicidade mínima de dois meses, também não foram convocados nos últimos anos. Dentre vários outros desrespeitos estatutários, talvez o mais gritante sejam as próprias eleições que presenciamos hoje, as quais deveriam ter acontecido no ano passado! Dentro desses exemplos, podemos ter uma ideia do quão “desmobilizador” é o grupo Correnteza na gestão do DCE, refereciando-se enquanto chapa 1, nas eleições DCE 2013, se propondo para (des)organizar o Movimento Estudantil da Ufal. Além disso, é nítido que a Correnteza concorre para a desmobilização dos espaços legítimos de articulação, dentro e fora da Universidade Federal de Alagoas. Durante a greve dos professores federais do ano passado, a Correnteza claramente boicotou as atividades, não articulando os estudantes nas atividades da greve, sectarizando as lutas pelos diversos campi espalhados pelo estado de Alagoas; não se fazendo presente, e contribuindo com o esvaziando do Comitê Permanente de Mobilização Estudantil – espaço legítimo deliberado em assembleia. Tudo isto prova o quanto a chapa 1, da Correnteza, é um entrave para a unidade e os posteriores ganhos não somente estudantis, pois, agindo desta forma, ela afasta o DCE, cada vez mais, da base estudantil, já que não promove espaços com voz e voto aos que a entidade deve representar, TODOS OS ESTUDANTES DA UFAL.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">No entanto, isto não quer dizer que a chapa 2, "Pra Balançar O Chão Da Praça", da Assembleia Nacional do Estudantes – Livre (ANEL), seja a sua antítese. Temos fortes indícios para acreditar que a ANEL pode trilhar um caminho bastante similar ao da Correnteza, à frente do DCE. Um deles vem do próprio CEB que deu posse a gestão da Correnteza de 2011, onde as eleições para diretoria da Entidade (2011) não obtiveram quórum mínimo, e em um conturbado CEB, foi decidido – com o apoio dos militantes da ANEL, que agora compõem a chapa 2 nestas eleições –, que, mesmo não tendo quórum mínimo, a chapa que teve mais votos - Correnteza - (sem respaldo dos estudantes) seria empossada enquanto majoritária do DCE da UFAL daquele ano. Outras questões nos fazem ficar bastante receosos em relação à chapa 2, como o fato de, no último Congresso do DCE, na plenária final, quando a Correnteza (chapa 1) propôs limitar o direito à voto nas reuniões ordinárias do DCE somente aos diretores da entidade, os militantes da ANEL (que compõem a chapa 2 "Pra Balançar O Chão Da Praça") terem dado pronto apoio a infame proposta da Correnteza e assim conseguiram passar a deliberação; um escancarado atentado à democracia da entidade. Ou seja, quando bem lhe convém, a ANEL faz conchavos políticos com quem se diz oposição.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nas bases de nosso projeto (que está em construção) para o movimento estudantil na UFAL se coloca a organização dos estudantes de forma crítica, pelas bases. Podemos afirmar, com clareza, que a reorganização não é e está longe de se limitar a troca de bandeiras. Vale ressaltar, que a reorganização não é quando a agitação das bandeiras e a propaganda de uma entidade, se sobressaem aos problemas da universidade e não pode nem deve ser a camuflagem da realidade.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nossa tarefa ainda é de reestruturar as bases para um Novo Movimento Estudantil, estreitar o máximo possível nossas concepções, redefinir nosso posicionamento, clarear nosso objetivo, ou seja, elevar a consciência dos estudantes para que assim torne objetivamente possível a retomada de um movimento estudantil de massas, aliado a classe trabalhadora e a um projeto de educação que contemple “os de baixo” .</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>São por esses motivos que declaramos que não iremos votar em nenhuma das chapas, pois nenhuma das duas parece estar ciente de que o problema da universidade não perpassa necessariamente a disputa de entidades, mas sim a construção de um movimento estudantil construído pela base dos estudantes, discutindo suas principais questões, como assistência estudantil, melhores condições estruturais, mais professores, mais pesquisa e extensão, educação de qualidade tanto em Maceió, quanto no interior. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">NOSSA LUTA É POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br /><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></b><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: right;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“FRENTE MUDAR AS COISAS ME INTERESSA MAIS” </span></div>
<br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: italic; font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br /><span style="font-family: Arial; font-size: 16px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-19613663218618912392013-04-07T16:19:00.003-03:002013-04-07T16:19:36.476-03:00ATO NACIONAL CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKUlsoo4ycBoC4UH8krM8vQIWkC6lIgS1lHbZdxJ9yJtW9aNRVFBbODacA5m_vPLPFbNZa0GqySNIC_0AU0SttZ3lMQ-3c7OMyOR_2ZhKyi-FRMv1oxa4ELu5qTw4H-czps9mKPpr3-VA/s1600/544494_318254521637129_2073048039_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="389" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKUlsoo4ycBoC4UH8krM8vQIWkC6lIgS1lHbZdxJ9yJtW9aNRVFBbODacA5m_vPLPFbNZa0GqySNIC_0AU0SttZ3lMQ-3c7OMyOR_2ZhKyi-FRMv1oxa4ELu5qTw4H-czps9mKPpr3-VA/s640/544494_318254521637129_2073048039_n.jpg" width="640" /></a></div>
<br />Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-85013782360035194592013-04-01T12:24:00.003-03:002013-04-01T22:23:56.942-03:00Tese completa para o VI conDCE 2013 - Sempre Certo na Contramão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZxuB3I1MASyWUI4MojPGuNgHFE8xsQHovFq0JC1RLZIhFgMGmI-vwFYiraEGieKrbZyOtCBCg0oEeaArbRIO3tSmduxTd8lQNy6TZMi3khnp7U3JU-tk8a_GdnDQ1YulweR-geCiT8tQ/s1600/13861_10200184744694667_975633345_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="105" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZxuB3I1MASyWUI4MojPGuNgHFE8xsQHovFq0JC1RLZIhFgMGmI-vwFYiraEGieKrbZyOtCBCg0oEeaArbRIO3tSmduxTd8lQNy6TZMi3khnp7U3JU-tk8a_GdnDQ1YulweR-geCiT8tQ/s400/13861_10200184744694667_975633345_n.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: x-small; mso-fareast-language: PT-BR;">Link da tese: </span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, times; font-size: large; line-height: 19.1875px; text-align: left;"><a href="http://www.4shared.com/office/KvtA_wO9/Tese_ConDCE_2013_-_Sempre_Cert.html">http://www.4shared.com/office/KvtA_wO9/Tese_ConDCE_2013_-_Sempre_Cert.html</a></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333; font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: xx-small;">O QUE É CONDCE?</span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Times New Roman', serif;">O </span><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Congresso do DCE (ConDCE)</span></b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Times New Roman', serif;"> é a principal instância deliberativa do </span><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">DCE-UFAL</span></b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Times New Roman', serif;">, nele serão discutidas e
definidas as ações que conduzirão as lutas do Diretório . No ConDCE também
podem ser realizadas mudanças no estatuto da entidade. Votam nas deliberações
do Congresso delegados eleitos em cada curso.</span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: xx-small;">Blog da tese: http://www.semprecertonacontramaoufal.blogspot.com.br/</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">
<br /><b style="color: #333333;">Assinam a tese: </b></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="background-color: white; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small; line-height: 115%;">Grupo Além do Mito; União da Juventude Comunista - UJC;<span class="apple-converted-space"> </span></span><b style="font-size: x-small;">Biologia</b><span class="apple-converted-space" style="font-size: xx-small;"> (Centro Acadêmico Enraizando em
Terras Secas): Anita Rocha, Daniella Yezzi, Diogo Cavalcanti, Jamerson
Oliveira, Leomar da Silva, Téo Alves, Thayse Melo e Vanessa Batista;<span class="apple-converted-space"> </span></span><b style="font-size: x-small;">Comunicação Social</b><span style="font-size: xx-small;">: Ariane Sapucaia, Enzo Lins, Gustavo Marinho e
Márcio Anastácio;</span><span class="apple-converted-space" style="font-size: xx-small;"> </span><b style="font-size: x-small;">Direito</b><span style="font-size: xx-small;">: Antônio Ugá, Carlos Tavares, Emmanuel Feliphy, Igor
Medeiros, Isabel Lins, Júlia Normande, Lucas Farias, Lucas Soares, Renato
Santiago, Rikartiany Cardoso, Rodrigo Gomes e Stanley de Lima;</span><span class="apple-converted-space" style="font-size: xx-small;"> </span><b style="font-size: x-small;">Filosofia</b><span style="font-size: xx-small;">: Felipe Cirino e Fernando Cirino;</span><span class="apple-converted-space" style="font-size: xx-small;"> </span><b style="font-size: x-small;">Geografia</b><span style="font-size: xx-small;">: Amanda Guedes, Jorge Lucas.</span><span class="apple-converted-space" style="font-size: xx-small;"> </span><b style="font-size: x-small;">História</b><span style="font-size: xx-small;">: Gelvane Andrade, Jônatas Absalão, Jonathan
Moreira e Sandra Sena;</span><span class="apple-converted-space" style="font-size: xx-small;"> </span><b style="font-size: x-small;">Medicina</b><span style="font-size: xx-small;">: Carlos Almeida, Daniel Araújo, Ednis Oliveira, Marcos
Farias e Nehemias Alencar;</span><span class="apple-converted-space" style="font-size: xx-small;"> </span><b style="font-size: x-small;">Serviço Social</b><span style="font-size: xx-small;">: Myzia Estevão, Rogério Azevedo, Valber Elias;</span><span class="apple-converted-space" style="font-size: xx-small;"> </span><b style="font-size: x-small;">Química</b><span style="font-size: xx-small;">: Jéssica Bernardo.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-57396218088431209562013-04-01T11:31:00.002-03:002013-04-01T11:31:25.666-03:002012: O ANO EM QUE AS FEDERAIS PARARAM<br />
<b>2012: O ANO EM QUE AS FEDERAIS PARARAM</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLUOeBhns4ouFPy6cUB5sJ4CWuHYdK9bhbXQtr-ycx6ZcsUuT6bGYep9G2NJVhALg7aGA9YgQtjQFGXJxuM6uC6ZQqINO-PBJzsWI445Zmx21A6fJgmr9RfcapHLL5NdDbutjssU7a6qI/s1600/297090_382876025101331_505692161_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="176" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLUOeBhns4ouFPy6cUB5sJ4CWuHYdK9bhbXQtr-ycx6ZcsUuT6bGYep9G2NJVhALg7aGA9YgQtjQFGXJxuM6uC6ZQqINO-PBJzsWI445Zmx21A6fJgmr9RfcapHLL5NdDbutjssU7a6qI/s320/297090_382876025101331_505692161_n.jpg" width="320" /></a></div>
<b><br /></b>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Esta tese representa, em linhas gerais, a avaliação do grupo “Além do Mito...” acerca da greve nas instituições federais (de como se encaminhou o debate das pautas locais, das respostas dadas pelo movimento estudantil da UFAL durante o período) e, ao final, uma breve proposição de como o ME combativo da universidade deve se portar mediante os ataques do capital à educação pública, gratuita para todos/as, de qualidade e socialmente referendada. Boa leitura!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>A estrada vai além do que se vê: crise do capital, educação e governo PT</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após 10 anos de governo do partido dos trabalhadores (PT), o funcionalismo público federal deu seu primeiro passo significativo de insatisfação com as políticas de arrocho salarial do Estado. Os/as servidores/as da educação, em especial professores/as, foram a ponta de lança da maior greve enfrentada pelo governo Dilma/Lula. Boa parte dos/as docentes que apoiaram e tomaram para si a execução da reforma universitária proposta pelo governo PT, agora, parecem ver, sentir e colher os frutos de um projeto pensando e sistematizado para sucatear as universidades públicas e privatizar a educação como um todo. Talvez, esta seja uma das principais razões para o movimento dos/as professores/as que entraram em greve no primeiro semestre deste ano. Vários/as pesquisadores/as já apresentaram suas análises sobre a relação do Estado com os organismos internacionais e destes com a educação pública. Periodicamente, agências, bancos e instituições como o BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento), FMI (Fundo Monetário Internacional) e NOREP (Notice of Recommended Educational Placement) lançam cartas de recomendação aos países “em desenvolvimento” sobre como devem gerir o sistema educacional. Averiguamos que as políticas e medidas voltadas a educação brasileira, contidas nos projetos do governo federal, são as mesmas que podem ser identificadas nestas cartas de recomendações. Enxugamento dos gastos com cada aluno, parceria com a iniciativa privada para o oferecimento de vagas aos mais de 80% dos jovens brasileiros que estão fora de um curso superior por falta de vagas, enxugamento e fragmentação dos conteúdos dos cursos, investimentos pesados na iniciativa privada por meio de bolsas em detrimento aos investimentos na rede pública, são “recomendações” tomadas pelo Brasil para “resolver” os problemas da educação superior.</div>
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A partir de um olhar mais atento a tais propostas de reforma universitária, poderemos enxergar a estreita relação destas com as necessidades dos empresários das grandes indústrias e dos banqueiros internacionais em crise. Não é de hoje que o mercado mundial encontra-se em crise em suas estruturas, desde meados dos anos 1970 não se tem mais para onde alargar o mercado e dar vazão às mercadorias produzidas. Daí, as constantes crises na economia mundial. Estas, não são por falta de produtos, mas por excesso! Para resolver o problema, grandes empresários mundiais - tendo o Estado como executor de suas propostas – encontraram algumas medidas de recuperação das taxas de lucratividades perdidas pela saturação do mercado. Uma delas é a fabricação de mercadorias programadas para durarem menos; todos os produtos que consumimos têm uma rápida durabilidade para que tenhamos a necessidade de comprarmos mais em menos tempo. Isto fica mais nítido quando observamos as mercadorias de gerações anteriores a nossa, como a dos nossos avós, por exemplo. Outra medida foi/é a promoção de guerras. Sob a desculpa esfarrapada de estar levando a “democracia” aos “países anti-democráticos” e que “colocam em risco o planeta” por conta dos “terroristas” que eles abrigam, países como os EUA, Inglaterra e Alemanha fazem a festa para a indústria bélica vender suas armas e munições aos melhores compradores do mundo: os Estados! Ao mesmo tempo em que estas guerras salvam a indústria de armas, elas abrem caminhos para empresas de outras áreas tentarem sair da crise também, como, construção civil, alimentos, automobilística, etc., que tem países e mais países para “reconstruírem”. No mesmo sentido ocorreram as transformações do Estado voltadas à educação. Ao tempo em que a alternativa à crise foi a produção de materiais com baixa durabilidade e por meio de guerras, teremos também os serviços públicos invadidos pela iniciativa privada em sua incessante busca por lucros. Áreas como a saúde, segurança, previdência e educação, passam a serem encaradas como lócus em que se pode obter lucros. Vários diretos universais adquiridos através de luta pelas gerações anteriores, como idade mínima para aposentadoria, saúde e educação, entre outros, são agora retirados paulatinamente pelo Estado e tratados como serviços. Perguntamo-nos: como tais diretos foram e estão sendo retirados sem que tenhamos reações à altura que se pede por parte dos/as trabalhadores/as e do funcionalismo público em geral? São estas perdas de direitos dos/as trabalhadores/as que fazem parte da maioria dos projetos de lei, reformas e emendas vindas de Brasília a serem implementadas pelas universidades federais.</div>
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Durante os oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o Estado tentou promover tais reformas. Várias delas foram rechaçadas nas ruas pelos/as trabalhadores/as em greves e paralisações vitoriosas, que conseguiram barrar boa parte dos projetos de privatização almejados pelo Estado e pelos grandes empresários, ansiosos para tomaram conta dos serviços públicos e começarem a ter lucro a partir da segurança, da saúde, da previdência e da educação dos/as trabalhadores/as brasileiros/as. Com a chegada do Partido dos Trabalhadores à presidência da república, constrói-se o mito do ex-operário que governaria para os/as trabalhadores/as e que, portanto, não correríamos os riscos dos ataques sofridos no governo FHC. Vimos, no entanto, o mais “belo” exemplo de como retirar direitos dos/as trabalhadores/as, mediante a cooptação da direção e das lideranças dos principais instrumentos de luta que, durante a ditadura e a própria redemocratização, representavam resistência às políticas neoliberais implementadas pelos governos federais. Foi assim que a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a UNE (União Nacional dos Estudantes), burocratizaram-se, engessaram-se, distanciaram-se das bases e tornaram-se correias transmissoras, em suas atuações, do projeto implementado pelo governo PT. As políticas assistencialistas de Lula, o fracionamento da contra-reforma universitária, justificada a partir de uma falsa democratização do acesso ao ensino superior, entre outros fatores, foi capaz de, em 8 anos, colocar em prática quase todas as reformas que o seu antecessor não conseguiu (ou reforçar as já implementadas).</div>
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A partir de sua mercantilização, a universidade e a educação como um todo perde sua função social. Embebida de uma concepção que proclama o sucesso individual e simula a existência de interesses inconciliáveis entre as três categorias que compõem a comunidade acadêmica, a saber, professores, técnicos e estudantes, de modo que a conquista para a maioria dos componentes de uma delas implicaria nas derrotas das demais - por exemplo, a manutenção das aulas, que corresponderia ao interesse dos estudantes, visto que os professores e técnicos seriam obrigados a permanecer laborando sob remuneração insuficiente e condições inadequadas. Esses debates ocorrem nos mais diversos níveis de clareza política dos atuais processos de precarização da educação pública, de crescimento do setor privado sob o investimento do Estado e da debilidade dos movimentos que lutam pela educação proporcionar uma resistência a tudo isso.</div>
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Por outro lado, a necessidade do debate, que provoca certa efervescência nos meios acadêmicos, abre um ótimo espaço para que os setores organizados das três categoriais possam se manifestar e, talvez, colocar uma perspectiva de argumentação que demonstre a urgência de traçarmos uma linha de ação política que ponha como norte imediato a defesa</div>
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intransigente da universidade pública, gratuita, democrática e de qualidade, enquanto um programa para resistir à tendência mercantilizante e sucateadora da Universidade. A greve que vivenciamos este ano deve apontar para além do mito da figura de Lula e do PT. As contradições apresentam-se a cada dia de maneira mais aguda e nos levam, indubitavelmente, às lutas, ainda que propagandas e discursos falaciosos tentem nos ludibriar a todo o momento, através da mídia capitalista e nas próprias universidades.</div>
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<i><b>O processo de lutas, de 2011 até aqui: a greve nas IFES e na UFAL</b></i></div>
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Para uma avaliação mais efetiva da construção da última greve dos/as professores/as, bem como as mobilizações dos/as estudantes em nossa universidade, não podemos nos limitar apenas ao conjunto de discussões, assembleias, atos e outros que aconteceram a partir de 17 de maio de 2012. Urge reconhecer todo o histórico de mobilizações das três categorias universitárias (técnicos/as, estudantes e professores/as) em defesa da autonomia universitária e por uma educação gratuita, pública, de qualidade e socialmente referendada que culminou na greve de 2012.</div>
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Após a aprovação do REUNI no ensino superior (2007), ficam mais nítidos e mais parecidos os problemas pelos quais todas as categorias da universidade pública passam, seja técnico, docente ou estudante, evidenciando-se a raiz comum desses problemas. Conforme afirmamos anteriormente, os ataques à educação pública tratam-se de uma investida do capital para suprir suas demandas de expansão, mais um golpe do neoliberalismo no campo da educação.</div>
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<i>Eleições para a Reitoria e organização do “Fórum em defesa da educação”</i></div>
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Em 2011, a esquerda combativa da UFAL se reuniu em torno da candidatura de Valéria Correia para a reitoria, pela chapa “Outra UFAL é possível”1. A campanha tinha como mote principal a crítica à precarização e sucateamento da universidade pública, à expansão universitária sem qualidade através do REUNI e em defesa de seu caráter público, a partir do questionamento às parceiras público-privadas, principalmente ao financiamento de pesquisas e à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), e em defesa da inserção dos movimentos sociais na Universidade e de políticas concretas de assistência estudantil. Após a eleição da chapa que representava a situação, encabeçada por Eurico Lobo, percebeu-se a necessidade de uma articulação para além de uma chapa: o “Fórum em Defesa da Educação”, que representou a possibilidade de uma atuação conjunta dentro da UFAL, entendida, de fato, para além do Campus A.C. Simões (Maceió).</div>
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<i>Greve de 2011: da necessidade da unidade contra o produtivimo ao questionamento das possibilidades de mobilização dos/as docentes na UFAL</i></div>
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Aos seis dias do mês de junho de 2011, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), decidiu entrar em greve por tempo indeterminado como forma de cobrança mais efetiva dos direitos reivindicados na paralisação de 2007, cujo Termo de Compromisso assinado pelo Governo Federal não foi cumprido. Aproveitando o momento de luta dos técnicos-administrativos, dos docentes de algumas universidades estaduais, os docentes de vários IFES aderem ao movimento paredista, pautando a unidade do movimento, em agosto de 2011.</div>
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Um dos principais pontos de pauta era a discussão sobre o paradigma posto sorrateiramente - via reestruturação produtiva - nas instituições de ensino superior, ou seja, o questionamento, a partir da contra-reforma universitária da função do/a docente. Praticamente forçados/as a adotar outra postura frente ao papel de educador/a, por meio do tripé acadêmico (assegurado constitucionalmente, que sustenta a universidade: ensino, pesquisa e extensão) em detrimento ao cumprimento de metas. Ergue-se uma demanda produtiva imensa para os professores, conforme sintetizou Antônio Bosi, docente da Universidade do Oeste do Paraná: “antes nós éramos pagos para pensar, agora, para produzir”2. Deflagrada nacionalmente por tempo indeterminado, trouxe tímidos ganhos apenas para poucas universidades em suas pautas locais. E, apesar do posicionamento contrário em várias assembleias no país contra o rejuste salarial proposto pelo governo (de 4%), o ANDES aceitou a proposta3. </div>
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Dada a conjuntura nacional de mobilizações, na UFAL, a primeira atividade política de grande repercussão do Fórum foi a atuação nessa greve. Entre as pautas locais: a denúncia da grave precarização da universidade; melhores salários e condições de trabalho para os/as docentes. Aqui a greve durou uma semana. O fórum e os/as professores/as à frente das mobilizações saíram com um sentimento de derrota, já que, a greve não conseguiu mobilizar os/as docentes da universidade (muitos/as continuaram em suas atividades normais). A assembleia que finalizou a greve, não conseguiu sequer debater as pautas políticas da mobilização, indicando uma relativa impossibilidade de mobilização da categoria de professores/as. Pontue-se também a atuação da direção da ADUFAL, pautada na burocratização dos espaços para consequente esvaziamento das pautas políticas4, e, consequente favorecimento da reitoria.</div>
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<i>Greve de 2012: não cumprimento do acordo de 2011 e as contradições a nível nacional e local</i></div>
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O acordo firmado entre os docentes que entraram em greve e o governo federal, em 2011, não foi efetivado por parte deste. Frente a mais esse golpe na categoria, nacionalmente, a base dos/as professores/as começa a se articular para cobrar, de forma mais incisiva, o que se tinha acordado, protestar contra o novo plano de cargos e carreiras, além de uma série de pontos inseridos na conjuntura de desmantelamento do ensino público superior no Brasil.</div>
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Assembleias em todas as IFES do país refletiam o descontentamento cada vez maior da categoria com o descaso do governo Dilma frente aos problemas enfrentados. A paralisação nacional no dia 25 de abril demonstrou que os/as docentes estavam, ainda que limitadamente, organizados e prontos para uma luta mais densa. Frente a apatia do governo mediante a mobilização inicial, não se retratando de nenhuma forma sobre a não efetivação do acordo firmado no ano anterior, a categoria resolve, em maio, entrar em greve.</div>
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Na primeira semana, cerca de 40 universidades aderem ao movimento, surpreendendo a todos os envolvidos e dando força para a continuação da luta. Uma situação atípica aconteceu: os/as reitores/as, via Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), declararam “apoio” aos/às docentes. Lembramos que aqueles/as, em 2007, foram os/as maiores entusiastas da implantação do REUNI na educação pública federal (esse mesmo projeto foi responsável por boa parte dos pontos de pauta da greve). Aqui na UFAL, por exemplo, a vontade de aprovar o projeto era tão grande que a reunião do CONSUNI aconteceu no auditório do Hospital Universitário, numa tática explícita para evitar qualquer tipo de manifestação contrária por parte da comunidade acadêmica, à implantação do projeto. Sem contar a violência usada contra as manifestações dos/as estudantes naquele ano. Na UFAL, entretanto, mesmo com o encaminhamento do ANDES de uma possível greve geral, não vimos acontecer em nossa universidade qualquer atividade por parte dos professores – tal qual ocorridas na greve de 2011. Apenas assembleias tardias convocadas pela ADUFAL e paralisações isoladas, que faziam parte do calendário nacional. Nenhuma que viabilizasse uma ampla discussão aprofundada acerca da greve. Passamos por um momento de extrema apatia em que, salvo algumas poucas exceções, nem se chegou a debater o assunto em sala de aula. Este fato se refletiu na assembleia de deflagração da greve. Houve um significativo esvaziamento do auditório após a votação, antecedida apenas por seis falas. A consequência: restaram poucos/as professores/as para dar andamento às atividades. Deste modo, não obtivemos um processo de avanço na politização da comunidade acadêmica, o que nos fez visualizar uma greve na qual a maioria dos/as professores/as foi para suas casas e os/as estudantes, por não enxergarem outra opção, também assumiram as “férias forçadas”. Não queremos, com isso, cair numa postura pessimista ou negativa da importância política da greve e de suas assembleias. O que diferenciou a greve de 2012 da que ocorreu sete meses antes? Além da adesão de um maior número de universidades e institutos federais, localmente, o posicionamento da ADUFAL e, consequentemente, o andamento das assembleias tiveram uma expressiva mudança. Ampliou-se a participação dos/as professores/as (filiados/as ou não) e não houve cerceamento ao direito à voz e ao voto nas assembleias da categoria. Não acreditamos numa autocrítica e reconhecimento do erro da greve passada por meio da atual gestão da ADUFAL. Pelo contrário. Mediante o posicionamento na greve anterior, de submissão do sindicato à política da reitoria, pontuamos a finalidade de interesses eleitoreiros e de legitimação da entidade diante dos/as docentes que construíram a greve, por parte da direção da ADUFAL. Não desconsideramos a luta daqueles/as que, para além da ADUFAL, se colocaram na construção dos espaços políticos da greve. Reconhecemos o ganho político que a greve trouxe à reorganização do movimento docente (derrotada em 2011) dentro da UFAL: cabe destacar a importância da atuação de professores/as, durante os quatro meses, trazendo para as assembleias repasses nacionais (participando do Comando Nacional); pontuando a importância de articularmos as pautas locais, que culminaram na confecção do Dossiê e numa audiência pública das categorias em greve; expondo as contradições do discurso de expansão universitária, com a desvalorização do trabalho e das precárias condições de infraestrutura; e na possibilidade de pautarmos a atuação conjunta das três categorias universitárias. O discurso de que “o fim da greve não deve significar o fim de mobilizações e que devemos buscar formas alternativas” não deve se tornar um discurso vazio, acreditamos que o Fórum em Defesa da Educação, pelo que já demonstrou, é um espaço importante de articulação e as lutas unificadas na UFAL podem e devem partir e passar por lá!</div>
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<b><i>O “campus” minado de Arapiraca e o processo de irresponsável interiorização das universidades</i></b></div>
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<b><i><br /></i></b></div>
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Debateu-se com frequência, nas assembleias e atos de rua durante a greve de 2012, o processo de interiorização da Universidade Federal de Alagoas, tendo como bandeira máxima a situação de insegurança no campus Arapiraca, localizado vizinho ao presídio Desembargador Luis Oliveira Sousa.</div>
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As aulas em Arapiraca foram suspensas antes mesmo da greve das federais, a reivindicação dos/as três categorias universitárias era a segurança no campus. Fatos chamaram a atenção da população para a insegurança no campus: fugas em massa do presídio, troca de tiros entre policiais e fugitivos, além de abordagens que fizeram reféns professores e o motorista de uma van, que vinha para Maceió. Aos “trancos e barrancos” estudantes, professores e técnicos permaneceram em atividades nesse prédio ao lado do presídio, tendo até paredes da “universidade” cheias de marca de bala. Dai surge a pergunta: vale a pena estudar em um campo minado?</div>
<div style="text-align: justify;">
Tais acontecimentos tornaram inviáveis as atividades acadêmicas no campus e proporcionou uma mobilização conjunta. Os/as docentes do campus de Arapiraca permaneceram e construíram a greve geral com os/as demais, colocando em pauta suas reivindicações locais (http://www.adufal.org.br/sgw/ModNoticias/Anexos_noticias/dossieanexo1campusarapiraca.pdf).</div>
<div style="text-align: justify;">
Alerta-se acerca do desrespeito da reitoria da universidade (na época, gestão da Reitora Ana Deyse e Vice Reitor Eurico Lobo) e do Governo Federal com a educação</div>
<div style="text-align: justify;">
superior. Só existe uma lógica para construir uma universidade dentro do mesmo terreno de um presídio: fazer com que ela seja do pior nível educacional possível, reforçado pelo controle do funcionamento do ensino, extensão e a pesquisa.</div>
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Como o processo de interiorização da UFAL é recente, ainda não houve como estabelecer os alicerces para a autoorganização dos/as estudantes nesses lugares. O ponto positivo é que, a partir desse triste fato, a realidade mostra o quanto é importante a constante mobilização estudantil.</div>
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<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>A interiorização que temos e a que queremos</i></div>
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<br /></div>
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Para além da problemática da construção do campus próximo ao presídio, expomos duas problemáticas: a) o debate sobre segurança pública na sociedade capitalista e b) a precária interiorização, respaldada pelo discurso da falsa democratização do acesso ao ensino superior5. Queremos deixar em evidência o caráter estigmatizante, não ressocializador e marginal do sistema carcerário brasileiro, que tem no Direito Penal a expressão máxima do caráter conservador e superestrutural do Direito. Não estamos, portanto, defendendo um Estado mantenedor da ordem e punitivo. Questionamos, entretanto, a não concretização de um projeto de interiorização decente (alardeado pelo REUNI), com quantidade suficiente de professores/as, salas de aula, laboratórios, bibliotecas e assistência estudantil, que garanta a permanência do estudante na universidade.</div>
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Fazemos coro à necessidade de expansão da Universidade, mas de forma responsável, respeitando as especifidades e demandas de cada município, e não uma simples implementação de um projeto modelo sucateado pensando pelo MEC, em alguma cidade do interior, sem o devido cuidado de debater, aprofundadamente, o assunto com todos os envolvidos no processo (pensando inclusive nos benefícios que possa trazer ao local). Não queremos uma universidade pensada pela elite política, a partir das necessidades das burguesias locais!</div>
<br />
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<br /></div>
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<span style="font-size: x-small;"><b>As demandas da iniciativa privada e da sociedade em geral:</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Trata-se de demandas expressas pelo empresariado do comércio, dos serviços e das indústrias, assim como da sociedade em geral, esta última enquanto produtora e consumidora de produto e serviços.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">A consideração das duas variáveis já referidas - sub-regiões naturais estaduais e suas vocações econômicas e, a identificação das demandas por educação superior -, implicam numa tentativa de espacialização das atividades interiorizadas da UFAL, adequada às características do Estado de Alagoas.</span></div>
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<br /></div>
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A Contra-Reforma Universitária, que ao invés de expandir a universidade (possibilitando a abertura da mesma para os filhos da classe trabalhadora, com qualidade), adota um modelo baseado nas metas bancomundialistas, assentadas na concepção dos Communitu Colleges, deixa universidade super lotada de estudantes, não se preocupa com sua função social e faz decair o sistema educacional público de nível superior, transformando-o em verdadeiros “colégios públicos” (que sofreram um processo semelhante de precarização a partir da década de 1970, culminando na ampliação máxima do mercado de escolas privadas).</div>
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Surgiram mais vagas nas universidades, claro. Mas ainda falta o primordial: professores, salas de aula, pesquisa, extensão e assistência e estudantil para todos/as. E isso não ocorre apenas em Alagoas, ou ainda, em Arapiraca. Inúmeras universidades do país estão com problemas do mesmo modo, o que evidencia o descaso, mercantilização e sucateamento da educação pública brasileira.</div>
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<br /></div>
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<i><b>As mobilizações estudantis</b></i></div>
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<i><b><br /></b></i></div>
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Por mais que o problema central seja comum, as categorias têm suas demandas específicas, logo, os/as estudantes têm como tarefa a elaboração de uma pauta de reivindicações própria, visto que os danos causados pelo REUNI só aumentam. Nesse momento, as divergências entre os grupos políticos que atuam na UFAL devem ser deixadas de lado, em prol de uma pauta única que contemple todos/as os/as estudantes da universidade, nos parâmetros de uma educação emancipatória e de uma universidade que defenda os interesses da classe trabalhadora.</div>
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<i><br /></i></div>
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<i>A greve de 2011 e as mobilizações estudantis</i></div>
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<br /></div>
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Na UFAL, uma assembleia estudantil histórica foi realizada no dia 05 de setembro de 2011, com a participação de mais de 500 estudantes dos mais variados cursos. Depois de um acirrado debate, decidiu-se pela não entrada em greve da categoria estudantil. No entanto, elaborou-se uma pauta de reivindicações com cinquenta pontos a serem entregues à antiga</div>
<div style="text-align: justify;">
reitora, Ana Dayse, encaminhando-se também a realização de uma audiência pública junto ao Ministério Público Federal, para negociarmos os pontos listados.</div>
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Vale destacar que alguns desses pontos foram os mesmos estipulados, mas não atendidos, durante as ocupações de reitorias, no grande processo de mobilização estudantil ocorrido em 2007 (época de aprovação do REUNI). Como a reitora não acenou positivamente em relação a audiência que queríamos, deliberamos pela ocupação do gabinete, até a abertura de um processo de negociação. Além da UFAL, várias reitorias foram ocupadas país a fora – ainda que não seja comparado ao processo de lutas tocado no ano supracitado, em que o ME combativo, rompendo de vez com a União Nacional de Estudantes (UNE), fez-se presente e atuante, numa das maiores mobilizações estudantis feitas até hoje no Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, o movimento de greve dos/as docentes não caminhou conforme a perspectiva da maioria dos/as professores/as, dos/as próprios/as estudantes e dos/as técnicos/as-administrativos/as. A diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (ADUFAL), ignorando os anseios da base da categoria que a associação representa (ou deveria representar!), aceita o famigerado acordo proposto pelo governo federal em conluio com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (PROIFES) e ratificado pela diretoria do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES - SN), conforme já havíamos pontuado.</div>
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<b><i><br /></i></b></div>
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<i>A ocupação da reitoria e o oportunismo do PCR/Correnteza: a necessidade de ir “Além do Mito do DCE Gestão Correnteza”!</i></div>
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<br /></div>
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Além de estudantes independentes, estavam na ocupação o Grupo Além do Mito, o PCR/Correnteza, a Resistência Popular e o PSTU/ANEL. Agindo de forma oportunista, o PCR passou a boicotar as atividades que eram organizadas durante o dia todo, voltando pela noite para participar das reuniões de avaliação. A justificativa dada era que estavam fazendo passagens em sala sobre a ocupação. Logo após, todos/as descobriram o que de fato estava sendo feito: campanha para as eleições do DCE (fato confirmado em 2012, no último CEB em Arapiraca por um dos militantes da Correnteza), mesmo com todos quase tendo certeza de que a mesma não ocorreria, pela mudança na conjuntura e a necessidade de articulação e debate com os/as estudantes na UFAL.</div>
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O oportunismo foi tão grande, que o argumento para se validar as eleições naquele momento, mesmo com tudo acontecendo, foi o seguinte: “Se a greve tivesse durado mais dois dias, as eleições teriam sido adiadas”.</div>
<div style="text-align: justify;">
Outro ponto importante (bem mais do que as eleições para DCE) foi a forma rasteira pela qual a reitoria conduziu o diálogo conosco com os/as estudantes. No terceiro dia de ocupação foi marcada uma reunião com o MPF (Ministério Público Federal), a portas fechadas, com um número reduzido de representantes estudantis, sete no total. Aceitamos esse canal de diálogo, com ressalva de que tudo o que fosse conversado nessa reunião, deveria ser voltado aos/às que estavam mantendo a ocupação, para que todos/as avaliassem conjuntamente e tomassem uma posição coletiva.</div>
<div style="text-align: justify;">
De início pareceu que o trato havia funcionado. Apenas de início. Quando a greve dos/as docentes acabou, tivemos que desocupar o gabinete, visto que voltaríamos às aulas, além do sentimento de derrota acumulado pelos/as docentes e das manobras feitas pela gestão Correnteza, para, de forma oportunista, acabar com a ocupação e dar prosseguimento ao processo eleitoral para DCE.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de alguns dias que desocupamos o espaço, um processo de reintegração de posse foi direcionado às sete pessoas que representaram os/as estudantes na reunião com o MPF e ao DCE, mesmo depois de termos saído de lá!</div>
<div style="text-align: justify;">
Reitere-se: não é a primeira vez que a reitoria da UFAL recorre a esse tipo de estratégia para lidar com os/as estudantes que reivindicam uma educação melhor e socialmente referenciada. Para citarmos apenas um exemplo, em 2007 houve assembleia estudantil acompanhada de perto pela polícia federal!</div>
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Assim como em várias outras situações de embate entre Movimento Estudantil e reitoria, a “resolução” para os pontos que colocamos na pauta durante a assembleia foi a criação de Grupos de Trabalho (GT's).</div>
<div style="text-align: justify;">
Com base em experiências passadas, sabemos que esse método de negociação nunca nos leva a apontamentos concretos, e sim à promessas, por parte da reitoria, de prazos para os problemas serem resolvidos, somente. Tal posicionamento, visando uma conciliação e apontamento para a solução das lutas em reuniões fechadas em gabinetes quando a luta fica mais intensa, se dá por parte do PCR, pois o mesmo, enquanto gestão do DCE da UFAL, sempre manteve uma relação cordial com a ex-reitora e o atual reitor.</div>
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<br /></div>
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<i>Greve de 2012 e mobilizações estudantis: a construção do Comando Nacional de Greve Estudantil e o sepultamento da UNE</i></div>
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<br /></div>
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Apesar do momento de refluxo que o ME atravessa, os/as estudantes conseguiram se articular nacionalmente, mostrando que, mesmo com toda dinamicidade inerente ao movimento, a necessidade que o capital “impõe” à esquerda, de se organizar, fala mais alto.</div>
<div style="text-align: justify;">
No dia 05 de junho de 2012, aconteceu uma marcha em Brasília, em que se reuniram mais de 15 mil manifestantes, dando oportunidade para que vários setores do movimento estudantil pudessem dialogar sobre uma articulação nacional durante a greve. Nessa ocasião, na plenária instalada após a marcha, os comandos locais de greve puderam trocar informações acerca dos problemas de cada universidade ali representada.</div>
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Na ocasião foi instituído o Comando Nacional de Greve Estudantil (CNGE), como forma de aglutinar as pautas locais e estavam no bojo das reivindicações globais do movimento, como a destinação de 10% do PIB para a educação pública já!, por um Plano Nacional de Educação que refletisse os anseios dos estudantes, defesa das políticas de ações afirmativas e cotas raciais nas universidades públicas, entre outras - e criar uma unidade dentro do ME em torno dos problemas comuns. O comando foi constituído por vários setores, desde coletivos independentes, a partidos políticos como PSOL e PSTU. No informativo número dois do CNGE está explicitado o caráter de tal comando:</div>
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<br /></div>
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<b><span style="font-size: x-small;">Conheça o Comando Nacional de Greve Estudantil!</span></b></div>
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<span style="font-size: x-small;">O CNGE se instalará em Brasília, com reuniões cotidianas, coordenará a greve nacionalmente e tentará abrir negociação com o governo. São atribuições do comando: centralizar as informações das universidades em greve, pensar atividades nacionais, dar os rumos da greve a nível nacional e buscar a unificação com o ANDES, FASUBRA e SINASEFE para construir uma pauta única e negociação conjunta com o governo. Manteremos um blog em constante atualização, além de uma página no facebook, além dos informativos periódicos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">É imprescindível que todas as universidades em greve ou em mobilização mandem representantes para o CNGE. A partir desse CNGE e com muita mobilização nas universidades, será possível garantirmos a vitória da greve.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Quem fala em nome dos estudantes em greve, são os estudantes em greve, por meio do CNGE. Nem a UNE nem a ANEL falam em nome dos estudantes em greve.</span></div>
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<span style="font-size: x-small;">CNGE, informativo número dois, publicado no dia 25/06/12.</span></div>
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<br /></div>
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<i>A construção do Comando de Mobilizações Estudantis na UFAL</i></div>
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<br /></div>
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Mesmo com essa articulação a nível nacional, alguns pontos problemáticos devem ser levantados, principalmente se tratando das especificidades do ME em algumas universidades. Na UFAL, não houve mobilização estudantil após a desocupação da reitoria em 2011. Durante a primeira paralisação da categoria docente (no dia 25 de abril de 2012), a base estudantil não estava a par do processo de lutas que estava acontecendo. Aqui cabe responsabilizar tanto os professores/as, por não fazerem essa discussão dentro das salas de aula, nem organizarem atividades para debater tais problemas, e também a própria vanguarda do movimento estudantil, pois não cumpriu a tarefa de, ao menos, informar tudo que acontecia naquele momento à maioria dos estudantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
O que se viu no campus Maceió, durante as reuniões do Comando de Mobilização Estudantil, foi uma correlação de forças entre os três principais grupos que atuam no ME (Além do Mito..., PCR/Correnteza e PSTU/ANEL), e a pouquíssima participação dos/as estudantes dos campi dos interiores nesse processo, com exceção dos/as estudantes de Arapiraca, no que diz respeito a pauta do presídio.</div>
<div style="text-align: justify;">
No começo da greve lançamos a nota intitulada “Eu vejo um museu de grandes novidades...” que refletia muito bem a tensão existente as organizações com relação ao apoio que devíamos dar ao movimento dos docentes. Outro exemplo foi a forma de tiragem de delegados para o CNGE. Na UFAL, não houve adesão da categoria estudantil à greve (esse fato pode ser analisado sob a ótica da não inserção da vanguarda no seio dos/as estudantes), com isso, o número de pessoas participando ativamente da construção do Comando de Mobilização dos Estudantes era reduzido (tendo em vista os/as vinte mil discentes matriculados/as em nossa universidade). Nenhuma das assembleias que o DCE ou o comando de mobilização tentaram impulsionar deram quórum. Demonstra-se, portanto, um problema gravíssimo de representatividade estudantil, pois questões importantes eram deliberadas em tais “assembleias”, que foram chamadas de reuniões ampliadas do DCE.</div>
<div style="text-align: justify;">
Com essa realidade posta, seria absurdo a tirada de delegados para representar cerca de vinte mil pessoas, em reuniões com menos de cinquenta participantes. O mais legítimo a fazer seria tirarmos observadores para nos representar nas reuniões do comando nacional, sem o poder de voto, visto que aqui na UFAL, é tácito que não conseguimos representar, em nenhum momento da greve, a base estudantil.</div>
<div style="text-align: justify;">
Defendemos com argumentos sólidos essa posição, rechaçada pelas outras forças que construíam o comando local, pois, tais forças tinham como interesse maior, não representar a maioria dos estudantes da UFAL, mas sim dar peso às posições defendidas no comando nacional: por um lado a ANEL querendo reforçar o posicionamento do PSTU, por outro a Correnteza tentando se juntar aos setores que fazem oposição à direção da UNE, como se isso fosse possível, visto que o PCdoB hegemoniza tal cargo há cerca de vinte anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
A greve ganhou uma enorme proporção a nível nacional, pois outros setores do funcionalismo público resolveram também cobrar melhorias nas condições de trabalho, causando um desgaste político do governo Dilma muito grande. Logo, a tarefa classista, era</div>
<div style="text-align: justify;">
tentar impulsionar, mesmo com todos os limites já citados, o fortalecimento da greve aqui em Alagoas. Enquanto comando de mobilização local, realizamos algumas atividades, desde manifestação de rua à mesa de discussão sobre o movimento paredista, mas sempre esbarrávamos no problema da falta de estudantes participando de tais atividades, gerando, inevitavelmente, um clima de apatia dentro do ME na UFAL.</div>
<div style="text-align: justify;">
Todos/as se perguntavam o porquê das pessoas não estarem participando da construção da greve, houve tentativas de justificação, mas nenhuma refletia o verdadeiro problema, que estava e está na nossa frente até hoje, a falta de envolvimento da base dos/as estudantes nos processos históricos da universidade, especialmente nos momentos de luta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pode ser difícil adotar essa postura de autocrítica, mas frente a concepção que temos de movimento estudantil, ela é a mais sincera. Enquanto grupo de estudantes que entendem que a luta deve ser pautada por um compromisso de classe, não podemos e não devemos perder mais tempo com velhas práticas, há muito ultrapassadas e mortas (mas ainda não enterradas) dentro da esquerda, resquícios da deturpação do marxismo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, cada vez mais tentam substituir a centralidade do trabalho pela centralidade da política no processo de luta de classes. A tarefa de reorganização da esquerda revolucionária pode ser bastante árdua, não negamos isso em hipótese alguma, mas se não nos propormos a contribuir nesse processo, de forma antagônica ao que está posto, então, quem fará isso? A burguesia?! Dentro dessa crise de alternativa socialista, não temos tempo a perder, o capital não nos dá esse “privilégio”. Mesmo com nossas limitações, enquanto movimento estudantil, devemos contribuir como pudermos para que a classe trabalhadora possa voltar a ter esperanças de se emancipar.</div>
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<i><br /></i></div>
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<i><b>O fim da greve e as vitórias que queremos</b></i></div>
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<br /></div>
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Após três meses de paralisação e tentativas frustradas de negociação, o governo federal começou a fechar o cerco em cima dos docentes e das demais categorias, que incluíam, entre outros, ameaças de corte de ponto, criminalização da greve e surgimento de um projeto de “lei antigreve no funcionalismo público”. O movimento grevista, em alguns momentos, não soube dar respostas a esse ataque anti-greve. Boa parte da instabilidade do movimento se deu por iniciativa dos blocos governistas dentro da greve, dentre os/as docentes, com o PROIFES fazendo reuniões com o governo, como se a entidade representasse a categoria como um todo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Entre os/as estudantes, a União Nacional dos Estudantes (UNE), aparelhada pela UJS/PCdoB, mais uma vez cumpriu o papel da direita dentro do processo de lutas estudantis, fazendo, assim como o PROIFES, reuniões com o MEC e o MPOG, como se estivessem representando a maioria dos/as estudantes brasileiros.</div>
<div style="text-align: justify;">
A luta que o CNGE encampou foi de fundamental importância para demonstrar que a UNE não é mais uma entidade que serve para os lutadores do ME, pois a luta foi feita por fora desta, assim como em 2007 e em 2011, com vitórias importantes. Cabe destacar os ganhos na UFAM - RU para o turno da noite e espaço físico para os CAs/DAs -, na UFBA - ônibus intercampi - , na UFPR - não retaliação do estudantes que ocuparam a reitoria, ampliação da biblioteca central, aumento de 25% na bolsa-moradia etc. -, na UNIFAP - voto direto e paritário nas eleições para reitoria.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo com o fim da greve no dia 17 de setembro, não podemos deixar de refletir sobre esse processo tão importante de luta dos/as docentes, dos servidores técnicos e dos estudantes. Temos que reconhecer os avanços, que foram muitos, vale ressaltar! (o rechaço, quase total, que o PROIFES sofreu, é um dos pontos mais importantes a serem mencionados).</div>
<div style="text-align: justify;">
Não podemos, entretanto, perder a criticidade com relação ao caráter da mobilização, pois, apesar de não ter influenciado diretamente no setor produtivo/econômico da sociedade capitalista, a greve está inserida no campo da luta de classes, e por isso, o movimento estudantil tem por necessidade, avaliar minuciosamente todas as mediações que fizeram com que esse processo de luta se tornasse real. Faz-se necessária a denúncia às criminalizações e fortes repressões das reitorias e do governo aos movimentos que reivindicam uma universidade emancipatória ou que, minimamente, se colocam contra o atual modelo sucateador da Educação Pública. Acreditamos que só assim poderemos atuar de forma mais qualificada em alguma luta que seja travada futuramente.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Grupo “Além do Mito...”</div>
<div style="text-align: justify;">
Novembro de 2012</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">1 No mesmo ano, os setores do movimento estudantil que apoiavam a candidatura (Além do Mito, PSTU/ANEL, PCB, MEPR e independentes), lançaram-se numa chapa para o DCE com o mesmo nome.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">2 O REUNI tem em suas metas a proporção 18 estudantes para um/uma professor/a e 90% de taxa de conclusão de curso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">3 Um verdadeiro “banho de água fria” no movimento grevista. Um golpe que fez com que o momento de organização da luta pela melhoria da universidade pública, se tornasse um momento de frustração para boa parte dos/as docentes que participaram de todo o processo. O acordo previa, como “primeira etapa do processo de reestruturação da carreira”: a) incorporação ao vencimento básico da GEMAS – Gratificação Específica do Magistério Superior; e b) acréscimo de 4% sobre o vencimento básico, considerando a GEMAS incorporada, e sobre a Retribuição por Titulação. O acordo deveria ser cumprido até a data de 31/03/2012. Esse acordo, comparado com tudo que era cobrado pelo movimento grevista (que durou apenas uma semana), foi uma grande derrota para a categoria, naquele momento. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">4 Nas assembleias apenas professores filiados à ADUFAL poderiam votar. Foi também cerceada a participação dos/as estudantes das assembleias.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">5 O objetivo geral</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">O maior propósito da gestão da Reitora Ana Dayse Rezende Dorea, ao assumir os destinos da UFAL em dezembro de 2003, é o seu fortalecimento enquanto instituição pública, gratuita e inovadora, diante do quadro de mudanças relacionado às novas dinâmicas globais e aos avanços científicos, mas considerando, ao mesmo tempo, o seu compromisso com a sociedade que lhe dá suporte e contexto. Assim, elege como prioridades máximas, a melhoria da qualidade através do aperfeiçoamento das suas atividades-fim, e a inserção social da instituição através da sua expansão para o interior do Estado de Alagoas. (pág. 6)</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<br />
<br />
<br />
Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-30128742483873648252012-09-26T02:06:00.002-03:002012-09-26T02:06:39.276-03:00CONVITE - Um chamado à unidade<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">Maceió, setembro
de 2012<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">A educação
pública superior do Brasil passa por um momento difícil. A reforma
universitária em curso começou na era FHC, teve seu aprofundamento com o
governo Lula e, agora, segue seu percurso com Dilma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">Tal reforma
atende, em linhas gerais, as demandas do setor privado com um duplo caráter:
por um lado, temos a necessidade de crescimento das redes particulares de
ensino, as quais o governo financia através do PROUNI e FIES. Por outro, o
governo precariza as poucas universidades públicas por meio de uma expansão
irresponsável de novos Campi e ausência de investimentos suficientes para
atender as demandas dos já existentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="background: white;">Essa política pode ser verificada em nosso dia a
dia na UFAL. Os problemas se espalham por todos os lados: a expansão, tanto
alardeada pela reitoria, se mostra com uma greve de 5 meses no Campus Arapiraca
por parte da comunidade acadêmica cobrando condições básicas de ensino; em
Delmiro Gouveia, o Campus só foi entregue depois de uma greve de 3 meses e após
3 anos de existência da UFAL no sertão.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">Em Maceió,
aumenta-se o número de estudantes sem que se aumente paralelamente e
proporcionalmente o número de professores, funcionários e estrutura física das
instalações. Restando à comunidade a disputa por salas, remanejamento de turmas
por toda a UFAL, várias turmas tendo aulas ao mesmo tempo com um único
professor, estudantes cumprindo funções de técnicos administrativos (sob o
disfarce de bolsas de ajuda de custo), entre vários outros fatores.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">Nessa situação,
faz-se cada vez mais urgente e necessária a intervenção dos setores da academia
que não coadunam com esse projeto de educação que está em curso por todo o país
e que, aqui, se revela de maneira mais nítida, uma vez que a UFAL carrega
consigo os traços sócio históricos do Estado de Alagoas, marcado profundamente
pelas disparidades sociais, coronelismos, concentração de renda e poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">Nesse sentido,
nós estudantes temos um papel fundamental na universidade. Além de estudarmos,
não podemos assistir o desmonte que vem sendo executado pela reitoria e governo
federal à educação. É por isso que deve existir o movimento estudantil.
Organizados nos centros e diretórios acadêmicos, podemos ter mais força em
nossas reivindicações. Neste contexto, o DCE tem um importante papel para
UNIFICAR as demandas dos estudantes a fim de juntos termos melhores condições
para lutar por nossos direitos.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">Infelizmente,
não verificamos esse papel sendo cumprido pela atual gestão do DCE Quilombo dos
Palmares.<span style="color: #333333;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">A Correnteza vem
ao longo desses dois últimos anos cumprindo o papel de desagregar todas as
demandas estudantis. O desrespeito aos espaços de discussão e deliberação dos
Centros e Diretórios Acadêmicos é a tônica de suas ações. Há um ano que não
ocorre Conselho de Entidades de Base. O papel que este grupo jogou nas últimas
eleições para o DCE e o papel que cumpriu durante a greve foi de desrespeito a
instituição democrática e as instâncias colegiadas de decisão do movimento, tal
como o Comando de Mobilização Estudantil. Além dessas questões, o desempenho
político da Correnteza foi, apesar da aparência, de total atrelamento aos
gabinetes da reitoria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">Estas posturas
das atuais gestões do DCE e as situações da educação que estamos passando nos
colocam na obrigação de nos envolvermos ainda mais na luta pela educação
pública e de unificarmos os setores dos estudantes que não concordam com as
práticas da Correnteza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">Assim,
precisamos não apenas negar as políticas precarizantes da educação, mas
principalmente afirmar um projeto próprio de educação. Acreditamos que há
importante potencial de convergência entre grande parte dos estudantes nesse
projeto para a UFAL. Acreditamos que as lutas que emergem cada dia mais claramente
no seio da universidade trouxeram experiência ao movimento estudantil
combativo, a qual deve ser empregada na unidade do movimento em torno de um
programa mínimo e comum e de lutas reais dos estudantes da UFAL e dos
trabalhadores que pagam para que possamos estudar aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">Chamamos à
construção da unidade em torno de propostas comuns aos atores de esquerda do
movimento estudantil da UFAL. Com isso não desejamos negar nossas divergências,
mas afirmar, acima de tudo, que temos mais convergências do que divergências.
Convidamos, então, a ANEL, os militantes independentes, coletivos e estudantes
em geral da UFAL para a construção de propostas para uma chapa de unidade da
esquerda para disputar as eleições para o DCE Quilombo dos Palmares – UFAL.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">Saudações,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">União
da Juventude Comunista<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">e<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">Grupo
Além do Mito...</span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></b></div>
Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-59070453929693737602012-09-03T21:14:00.002-03:002012-09-03T21:22:20.021-03:00Nota do grupo "Além do Mito..." sobre o "Ato unificado dos trabalhadores da cidade e do campo":<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A notícia da vinda da presidenta
Dilma Rousseff a Alagoas, com a finalidade de inauguração de mais um polo da
Braskem, quando funcionários de mais de 50 instituições federais e outros órgãos
do serviço federal se encontram em greve, fez com que os grevistas, além de
outras organizações civis e movimentos sociais, se organizassem em um ato
unificado com a finalidade de apresentar à presidenta e aos demais presentes, os
problemas pelos quais vêm passando. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os baixos salários, as péssimas
condições de trabalho e a ineficiência da reforma agrária, foram as
reivindicações que estavam sendo cobradas. Infelizmente, estas questões vêm
sendo deixadas de lado, demonstrando, portanto o caráter neoliberal e
explorador de um governo que se pinta de defensor dos trabalhadores e que ainda
consegue cooptar, por meio de seus discursos, determinados setores dos
movimentos sociais.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Por isso, no dia 17
de agosto, estudantes, técnicos e professores da Universidade Federal de
Alagoas e do Instituto </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Federal de Alagoas, unificaram-se com outras
categorias que também se encontram em greve no estado e os movimentos de luta
pela reforma agrária<b>. </b>Porém, a
ausência de diálogo e inflexibilidade se iniciou às 6:30 da manhã, quando um
ônibus com manifestantes foi abordado e impedido de passar na via pública que
dava acesso ao local do evento por policiais do BOPE, responsáveis pelo plano
de segurança da vinda da presidenta. Ao longo do dia, as duas principais vias
que davam acesso ao polo industrial de Marechal Deodoro foram fechadas e
barreiras policiais instaladas: só passavam os que tinham autorização prévia.
Além disso, se tinha notícia de que o exército estava espalhado pelas matas ao
redor.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Alguns professores,
estudantes e técnicos do IFAL e da UFAL conseguiram furar os três bloqueios e
somaram-se aos manifestantes parados desde cedo. O reforçado corpo policial,
tentava, a qualquer custo fragmentar a mobilização de recepção aos carros que
chegavam para o evento. Armados com balas de borrachas, bomba de efeitos moral,
</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">cassetetes
e escudos, ameaçavam,<span style="color: red;"> </span>a todo o momento, os estudantes, professores e trabalhadores (além de
ameaças verbais e tentativas de boicotar a distribuição de água), tentando a
todo custo impedir a manifestação que tinha cunho pacífico e em nada ameaçava a
integridade física da presidente.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com toda essa estrutura
repressiva armada, o ato não conseguiu cumprir a função de unificar os
trabalhadores do campo e da cidade (ainda que, mesmo com suas limitações, sua
construção tenha apresentado um canal de diálogo com a classe trabalhadora), tal
qual se propunha, e os movimentos do campo não conseguiram se unir as demais
categorias que estavam no local, o que desencadeou em mobilizações
fragmentadas. Aqueles, visando entregar uma pauta contra a paralisação da
reforma agrária no Brasil, entre outras dos Movimentos de Libertação dos Sem
Terra (MLST), dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Terra, Trabalho e
Liberdade (MTL) e Comissão Pastoral da Terra (CPT), optaram por interditar a AL
101 sul, principal acesso ao polo da Braskem, e com isso impediram a passagem
dos convidados ao evento. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Resultado: em menos
de uma hora, foram agredidos pelos instrumentos de choque do BOPE, da cavalaria
militar, da polícia militar, além de seguranças particulares. Após a ação da
tropa de choque e a repercussão, ainda que pequena na mídia local, provocou uma
troca de acusações entre o governo de Alagoas e o Federal sobre de qual deles
seria a responsabilidade pelo acontecido.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Ainda assim, a
repercussão midiática majoritária foi de </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">teor pejorativo, principalmente com relação aos companheiros dos movimentos do campo, aos
quais foram direcionadas todas as críticas da manifestação. A mídia burguesa de
Alagoas se absteve em expor o movimento grevista das categorias, reiterando o
que vem acontecendo desde o início da greve. O foco novamente foi a
criminalização ao movimento do campo, quando a manifestação era composta de uma
unificação de categorias. Cabe destacar e repudiar as afirmações de algumas
“autoridades” públicas e judiciárias que reforçaram a criminalização,
demonstrando o caráter classista do Estado Brasileiro.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Esses ocorridos
ressaltaram a valorização que o atual governo federal vem dando aos banqueiros,
empreiteiros, grandes empresários e especuladores do capital mundial em
detrimento das reivindicações de várias categorias e de movimentos sociais, e,
em nome de um modelo de desenvolvimento econômico forjado a partir do
investimento público no setor privado. Uma das consequências do capitalismo em
sua roupagem neoliberal se dá a partir da ampliação da exploração das grandes
multinacionais em localidades subdesenvolvidas, aproveitando-se da
matéria-prima abundante, do barateamento da mão de obra (muitas vezes
terceirizada, com direitos flexibilizados) e das isenções de impostos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">A construção da nova fábrica
da Braskem torna Alagoas um dos maiores produtores de PVC da América Latina: o
que temos a comemorar?</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em Alagoas fica às claras o
descaso dos governos estadual e federal com a educação. Recentemente, Alagoas
vem sendo notícia não só pelos baixos índices no IDEB, mas pela desvalorização
do trabalho docente e casos latentes de corrupção em construções e reformas nas
escolas. Todos os cortes de verbas destinados à educação e investimentos
direcionados aos megaeventos, multinacionais, privatizações e outras formas de
incentivo à iniciativa privada que o governo Dilma tem feito, é sentido e muito
pelos estudantes do ensino superior que estão desenvolvendo suas graduações de
maneiras lastimáveis, seja por falta de assistência estudantil, que desemboca
no alto índice de evasão; seja por uma infraestrutura comprometida, em que
salas de aula são insuficientes, assim como laboratórios; seja pela exploração
dos professores e cobrança de produção quantitativa em pesquisas, isto é,
deixando a qualidade e relevância da produção científica de lado - o que não
significa também que o número de bolsas para pesquisa tenham aumentado, a menos
que haja investimento privado.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Encerramos a nota pontuando a
necessidade da construção coletiva entre os setores combativos dos movimentos
sociais em Alagoas, reafirmar a importância de prestarmos solidariedade e
encampar a luta dos companheiros do campo e da cidade, entendendo que a luta
por uma universidade pública, gratuita e de qualidade perpassa pela disputa de
um mundo livre e mais justo!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 36pt;">
<span style="line-height: 27px;"><span style="font-family: inherit;">Assina esta nota: Comando de Mobilização Estudantil da UFAL (CME-UFAL).</span></span></div>
Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-42805878935009782062012-07-08T21:51:00.001-03:002012-07-09T02:00:00.578-03:00Além do Mito do DCE “gestão Correnteza”<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="right" style="background: white; line-height: 115%; text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;">Maceió, fevereiro de 2012</span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; margin-left: 318.95pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
<div align="right" style="background: white; line-height: 115%; text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;">"<i>Se a aparência e a essência das coisas coincidissem, a ciência seria desnecessária</i>"</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Karl Marx</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;">O presente texto tem como
finalidade a contribuição para melhor nortear e sustentar as lutas estudantis
que estão colocadas na ordem do dia na Universidade Federal de Alagoas. A
certeza advinda do entendimento de que cada luta não se limita as questões
imediatas – número de Professores, salas de aula suficientes, residência,
assistência estudantil, etc. – mas, faz parte de uma conjuntura social mais
ampla, é o que nos impulsiona a continuar alavancando as lutas na UFAL tendo
como base a nossa perspectiva de atuação.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;">Esta contribuição se faz
necessária neste momento, pois, temos a frente do DCE UFAL um Grupo Estudantil
(Correnteza) – comandado pelo Partido Comunista Revolucionário (PCR) – que se
apresenta como oposição ao atual projeto educacional desenvolvido pela reitoria
e pelo Governo Federal, fator este que tem levado uma série de estudantes
engajados (em especial nos Campi de Arapiraca e Delmiro) à ilusão de acreditar
que esta organização é de fato, o que diz ser. Nas próximas linhas demonstraremos
que, nesta aparência crítica, se esconde uma essência teórico/prática que já se
mostrou historicamente limitada e subsumida à lógica que fundamenta a sociedade
capitalista. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Esta análise é destinada a todos os estudantes da UFAL, em especial,
aqueles que, de uma forma ou de outra, atuam, apoiam ou têm alguma simpatia
pelas atividades organizadas pelo Movimento Estudantil (CA’s, DA’s e DCE), sejam
estas atividades<s>:</s> políticas, acadêmicas e/ou culturais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="right" style="background: white; line-height: 115%; text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit; line-height: 115%;">Boa leitura!</span></div>
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"><br /></span><br />
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="ListParagraph">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="ListParagraph">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="ListParagraph">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="ListParagraph">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<b style="background-color: white; line-height: 115%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Além do
Mito do DCE “gestão Correnteza”</span></b></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Introdução:<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; margin-left: 35.4pt; text-align: center; text-indent: 7.0pt;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">A necessidade de avaliação de nossas
ações:<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; margin-left: 35.4pt; text-align: center; text-indent: 7.0pt;">
<span style="font-family: inherit;"><b><span style="line-height: 115%;"> </span></b><i><span style="line-height: 115%;">As possibilidades e os limites das
nossas reivindicações em cada momento histórico<o:p></o:p></span></i></span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;">Nos últimos três anos, as diversas contradições existentes nas
Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) se acentuaram profundamente com
o processo de “expansão” destas, promovido pelo Estado. Mesmo com toda a
propaganda sobre o aumento do número de Universidades e, principalmente, de
alunos ingressantes, vários são os questionamentos que podemos levantar sobre a
concepção e a qualidade de educação empregadas. Relatos e enumeração dos
problemas de cunho estrutural e de pessoal são dispensáveis neste primeiro
momento, uma vez que, aqui na UFAL (lócus para o qual este texto é dirigido),
estudantes, professores e técnicos administrativos vêm sentindo cotidianamente
o verdadeiro caráter desta reforma - maquiado de expansão - da Universidade.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Como não poderia ser diferente, uma série de reações aos problemas
decorrentes deste processo eclodiram sob as mais diversas formas e nas mais
diversas IFES do país. Centenas de mobilizações colocaram na ordem do dia uma
enorme quantidade de problemas como: ineficiência da assistência estudantil, insuficiência
do número de professores, carência de estrutura física, falta de verbas para
pesquisa e extensão, etc. Vale ressaltar as reivindicações estudantis em curso
nos Campi de Arapiraca e Delmiro Gouveia e nos seus respectivos pólos, além é
claro, das lutas já existentes no Campus Maceió. Todas, tendo como pano de fundo
a luta por condições básicas para o funcionamento de uma instituição de Ensino
Superior. </span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">É justamente nesta conjuntura que o Grupo “Além do Mito...” enxerga a necessidade de uma reflexão sobre estas
reivindicações; sobre o papel desempenhado pelos Centros e Diretórios
Acadêmicos; e, principalmente, sobre o papel que vem cumprindo o Diretório
Central dos Estudantes Quilombo dos Palmares sob a direção do movimento
Correnteza desde 2010. Movimento este que - repetimos - é dirigido pelo PCR
(“Partido” “Comunista” “Revolucionário”).</span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">A justificativa desta necessidade é alicerçada numa premissa que temos
bem clara: a cada passo que damos, temos que verificar detalhadamente<span class="apple-converted-space"><b> </b></span> seus
resultados<b>:</b><span class="apple-converted-space"> </span>onde erramos; quais
foram os nossos acertos; quais foram as possibilidades e os limites que
incidiram naquele passo e as respectivas consequências geradas a partir dele.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"> Estar sempre analisando nossas
ações é de fundamental importância para termos bases mais sólidas nos rumos
dados no presente; para não cometermos os mesmos erros do passado que nos
levaram a acumular derrotas; quem são nossos aliados; para termos a clareza
sobre quais os melhores meios de reivindicação das nossas causas mais imediatas
- sem perder as ligações destas com a necessidade de transformação da totalidade
social; etc.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;">Um fator decisivo para qualquer avaliação de uma determinada mobilização
estudantil é sempre levarmos em conta o momento histórico no qual ela pôde
surgir. Em nossa opinião, se queremos analisar um determinado objeto social (no
nosso caso, o objeto em questão é o Movimento Estudantil) com o rigor
necessário para nos aproximarmos ao máximo possível da sua realidade, temos que
entender em qual momento histórico ele está inserido<b>, </b>qual sua origem e função social, quais
são seus limites e possibilidades reais.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;">Desta forma, não iremos abordar o nosso objeto de maneira isolada e
separada da totalidade social na qual ele está inserido, tal como fazem - e nos
ensinam a fazer – a maioria dos professores desta Instituição. Se assim o
fizéssemos, estaríamos fadados a realizar uma análise superficial e sem
qualquer fundamentação sobre aquilo que estamos investigando, o que
acarretaria, obrigatoriamente, em ações sobre esta realidade, também
superficiais e infundadas.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;">Assim, o nosso estudo começará com uma breve leitura sobre as
transformações que vem ocorrendo na área da educação – <i>lócus</i> de atuação do ME - ao longo desses últimos anos. Iremos
adotar como ponto de partida, as mudanças ocorridas na esfera produtiva e suas ligações com a educação,<span class="apple-converted-space"> </span>no período neoliberal. Esta
metodologia nos ajudará a entender de modo mais claro, os problemas que
vivenciamos na UFAL, sobre o papel que a administração central da Universidade
tem exercido na intensificação destes e, principalmente como o DCE tem
“respondido” a todo este processo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Além do
Mito do DCE “gestão Correnteza”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Capítulo 1<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">A
subjugação da educação ao neoliberalismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">e
a farsa da democratização do acesso ao ensino superior<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Como
afirmamos acima, para compreendermos as ações executadas pelo Movimento
Estudantil da UFAL (podemos estender esta análise a todo o país, salvo as
especificidades de cada estado) é de fundamental importância uma leitura sobre
a esfera social na qual ele está inserido. Assim sendo, é imprescindível tecermos
algumas considerações sobre as transformações em andamento no setor da
educação, em especial no ensino superior. </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">Todas
as orientações aplicadas pelo Estado brasileiro às Universidades são melhores
entendidas quando tomamos como referência o período pós anos 70, quando o
capitalismo vai passar por profundas transformações (reflexos de sua crise
estrutural</span><a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftn1" name="_ftnref1" style="background-color: white; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[1]</span></span></span></a><span style="background-color: white; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">) e toma
como saída a sua forma neoliberal.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Dentre outras coisas, o neoliberalismo é caracterizado
pela (re)divisão das zonas mundiais de influência política; pela
desregulamentação/privatização de diversos setores que até então eram
concebidos como deveres do Estado, como a educação e a saúde; e pela (re)configuração
do setor produtivo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">No
que diz respeito às reconfigurações no setor da produção de mercadorias, uma
das características fundamentais ocorridas dentro das grandes indústrias é a
readequação do <i>fordismo</i> (produção em
massa) ao <i>toytismo</i> (produção de
acordo com a demanda). Isto vai significar que a produção de mercadorias, irá
manter o seu padrão de produção em larga escala, com a especificidade de
adaptação destas às particularidades de cada mercado consumidor local. Da mesma
forma, a reconfiguração do setor produtivo com que diversas mercadorias, em
especial os eletrônicos, comecem a ser fabricadas para ter uma curta duração,
como as TVs, geladeiras, e celulares, que já vem com seus respectivos tempos de
funcionamento encurtados e prazos para quebrar predefinidos. <i>(Ler Fordismo e Toyotismo na Civilização do
Automóvel, de THOMAS GOUNET – boitempo, 1999)</i><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;">Outro caminho
encontrado pelos economistas neoliberais de plantão, para responder a queda da
taxa de lucratividade dos grandes empresários em crise, é a
desregulamentação/privatização dos serviços essenciais a população. A idéia era
encontrar nos serviços oferecidos pelo Estado, novos meios para recuperar a
taxa de lucratividade e dada a real impossibilidade de se criar novos mercados
consumidores em virtude dos limites geográficos da Terra, as diretrizes </span><span style="background-color: white; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">eram
a de repassar à iniciativa privada a responsabilidade sobre os serviços básicos
à população e fazer das privatizações da educação, saúde, segurança e
previdência uma espécie de “mercado novo” para o capital garantir suas taxas de
crescimento e lucratividade.</span></span></div>
<div>
<div id="ftn1">
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Esta nova lógica político-econômica será o
fator essencial que irá orientar todos os projetos educacionais elaborados
pelas diversas agências e organismos internacionais (FMI, BIRD)<a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[2]</span></span></span></a>. Estes
por sua vez, irão lançar as diretrizes e os parâmetros que deverão nortear as
políticas educacionais a serem desenvolvidas nos/pelos países do chamado
Terceiro Mundo.<span style="color: #c00000;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">É
neste contexto que podemos entender o grande “boom” das faculdades e
universidades privadas, ocorrido no Brasil no inicio da década de 90 - período
em que o Brasil adotou em definitivo o Neoliberalismo como modelo econômico a
ser seguido. A educação privada passou a receber numerosos investimentos de
multinacionais e do próprio governo para se proliferarem pelas esquinas das
grandes cidades do país.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Para que tais investimentos pudessem ser
lucrativos, foi imprescindível à ação do Estado em duas vias. Uma, através das
políticas direcionadas às universidades públicas, por meio de cortes
orçamentários, intensificação do trabalho docente e o consequente rebaixamento
da qualidade do ensino público. E em segundo lugar, o Estado também começou a
patrocinar as privadas através da isenção de impostos e pelo pagamento de
mensalidades para estudantes pobres – PROUNI. Para se ter uma ideia dessa
política privatista, um levantamento feito pelo ANDES<a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[3]</span></span></span></a>, em
2008, estima que o valor gasto pelo governo para bancar um estudante numa
faculdade particular daria para abrir três vagas numa universidade pública!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Para
ficar mais claro sobre o que estamos falando, vejamos um exemplo:</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: inherit; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">Imaginemos
Carlos, filho de um casal de classe média alta com renda familiar de 25.000
reais. Ele está prestes a concluir o ensino médio e pretende fazer o curso de
administração. Neste nosso exemplo, o Estado e a sociedade em geral compreendem
a educação como um direito pertencente a todos os indivíduos, e que é o Estado
o responsável pela garantia do acesso de todos a este direito. Sendo assim, não
apenas o curso de administração, mas todos os outros cursos superiores são
oferecidos gratuitamente pelo Estado. Mais ainda, toda a estrutura das
universidades que abarcam estes cursos é suficiente para atender a demanda de
todos os jovens do Brasil, garantindo a estes todas as condições para a
apreensão e o desenvolvimento do conhecimento necessário ao atendimento das
demandas sociais. Ora, se Carlos está prestes a ingressar no ensino superior e
se o Estado oferece uma universidade pública e de qualidade a todos os jovens,
a pergunta que fazemos ao caro leitor é consequente: existe alguma lógica ou
razão para o nosso personagem - por mais grana que a família dele tenha -
escolher cursar administração numa faculdade privada? E, mais ainda: seria
viável a existência de uma faculdade particular nestas condições?</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Podemos
estender o exemplo acima para qualquer outra área que também deveria ser de
responsabilidade exclusiva do Estado, como a saúde: haveria mesmo a necessidade
de Carlos levar a sua avó doente a um hospital privado, uma vez que o Estado
oferece hospitais com equipamentos de última geração, sem filas, funcionários
bem remunerados e o consequente atendimento humano a toda população?<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Como
podemos ver, para que o setor privado possa existir e se desenvolver numa
determinada área, é fundamental a intervenção do Estado, quer seja para
desregulamentar as suas próprias obrigações, quer seja para financiar os gastos
e os lucros da iniciativa privada.</span></div>
</div>
<div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Em
Alagoas, vimos nitidamente algo muito parecido nos anos 70 e 80. Todos os
filhos da “elite” econômica estudavam em escolas públicas, especificamente no
Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (CEPA), pois eram estas que ofereciam
o melhor ensino, a melhor estrutura e os melhores professores, por
consequência, eram estas escolas que aprovavam quase todos os estudantes no
vestibular da UFAL. Existiam apenas duas escolas particulares e, mesmo assim,
quando seus alunos chegavam próximos ao período do vestibular, migravam para o
CEPA visando se prepararem melhor.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">É
evidente que naquele momento eram poucas as vagas oferecidas pelo governo aos
estudantes em idade escolar. Por um lado, isso significava que <b>havia uma extrema necessidade de se
estender aquele sistema educacional a toda a população</b>. Por outro lado,
significava também que <b>a qualidade
deveria ser preservada no momento desta expansão.</b> Mas, em acordo com as
transformações que acima afirmamos, não foi o que aconteceu nos anos seguintes.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Sob
um discurso de que o Estado deveria dar acesso à educação a todos os jovens,
houve, naquela época, uma enorme campanha publicitária colocando a necessidade
de se expandir o ensino médio aos filhos oriundos das camadas sociais mais
pauperizadas. Foi assim que, em poucos anos, o número de escolas estaduais de
ensino médio cresceu consideravelmente. Obviamente, não é necessário aqui
fazermos uma descrição sobre todo esse processo, pois o quadro atual destas escolas
mostra-nos perfeitamente o caráter desta expansão. Longe de ser uma política
direcionada a oferecer uma educação pública e de qualidade a todos, vimos,
literalmente, a destruição da qualidade do ensino público. O aumento da jornada
de trabalho dos professores e o rebaixamento dos seus salários, o não
crescimento proporcional da estrutura das escolas em relação ao crescente
número de alunos e a inexistência de políticas voltadas à assistência
estudantil e ao acompanhamento dos novos estudantes, foram os fatores que
fizeram parte desta “expansão”. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Não por coincidência e paralelamente, o número
de escolas privadas em Alagoas – em especial aqui em Maceió – teve um aumento
exponencial. Desde então, em cada esquina encontramos um colégio privado. As
consequências últimas deste processo foram: rebaixamento da qualidade do ensino
das escolas públicas, passando estas a atender os filhos da classe trabalhadora
e centros educacionais privados especializados em aprovar seus estudantes no
vestibular, voltados ao atendimento dos filhos das classes mais abastadas.<span style="color: red;"> <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">O
que verificamos atualmente no ensino superior - tomando como base as décadas
dos anos 1990 e 2000 - é justamente um falso discurso sobre a expansão dos IFES (Instituição Federal de Ensino Superior).
O fundamento último que rege o aumento do número de vagas de estudantes é o
atendimento das necessidades surgidas na esfera produtiva de uma economia em
crise. Tanto em relação ao treinamento e adequação da mão de obra aos novos
imperativos do mercado de trabalho – agora com as demandas neoliberais – e,
como efeito, o rebaixamento da qualidade do ensino, quanto em relação à
abertura na área da educação ao financiamento privado. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Foi
esta conjuntura que forjou a participação de diversos estudantes, ainda em seus
primeiros meses de aula, a saírem do cotidiano vivido nas salas (quando essas
existiam) e irem as ruas denunciar o descaso e as irresponsabilidades em curso
na UFAL. A partir daí, Centros Acadêmicos foram criados, outros, reativados e,
somados aos CAs que de certa forma conseguiram se manter ativos por um período
considerável de tempo, boa parte do ME da UFAL protagonizou, por diversas
vezes, momentos de embates com a reitoria no sentido de cobrar desta a
efetivação das condições básicas que se espera de uma universidade. Ora
obtivemos vitórias, ora fomos derrotados. Na prática, o que estava sendo
colocado em xeque foi o modelo de educação que estava/está sendo colocado em
prática no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">É
evidente que existe uma série de variáveis que exercem papeis importantes nos
desdobramentos das nossas lutas e mobilizações. Por isso que julgamos necessário,
antes de adentrarmos na análise sobre o papel que tem exercido o DCE,
colocarmos o nosso ponto de vista sobre o contexto geral em relação à economia,
a sua relação com o Estado e as políticas deste direcionadas à educação. Assim,
podemos partir agora para a questão central do texto e contribuir neste
balanço.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"><br /></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftnref1" name="_ftn1" style="text-indent: 0px;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 14px;">[1]</span></span></span></a><span style="text-indent: 0px;"> Para se entender do que se trata a tese sobre a crise estrutural do capital, defendida pelo teórico István Mészáros, recomendamos a leitura do livro “Mészáros e a incontrolabilidade do capital”,<i> </i>da Profª <span style="background-color: yellow;">Drª</span> Cristina Paniago – Edufal, 2007<i>. </i></span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span class="MsoFootnoteReference" style="background-color: white; line-height: 115%; text-indent: 35.45pt;"><b><span style="line-height: 13px;"><a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftnref1" name="_ftn1" style="background-color: white; line-height: 115%; text-indent: 35.45pt;" title="">[2]</a></span></b></span><b style="background-color: white; line-height: 115%; text-indent: 35.45pt;"><span style="line-height: 13px;"> FMI</span></b><span style="background-color: white; line-height: 13px; text-indent: 35.45pt;">: Fundo Monetário Internacional.<b> BIRD</b>: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.</span></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: normal; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 13px;"> <a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftnref2" name="_ftn2" title="">[3]</a></span></span><span style="line-height: 13px;"> <b>ANDES: </b>Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.</span></span></div>
</div>
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: normal; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br class="Apple-interchange-newline" /></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Além do
Mito do DCE “gestão Correnteza” <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Capitulo 2<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">As Lutas e o DCE “Gestão
Correnteza”:<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; margin-left: 46.4pt; text-align: center;">
<i><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Indo para além do mito da quantidade de “atos”<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; margin-left: 28.4pt; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; margin-left: 28.4pt; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Ora,
por que em alguns momentos fomos derrotados? Por que em outros conseguimos ser
vitoriosos nestes últimos embates entre o Movimento Estudantil e a reitoria da
UFAL?<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Para
respondermos a esta pergunta é imprescindível levarmos em conta as organizações
políticas que atuam no ME, uma vez que estas acabam tendo um peso significativo
nas tomadas de decisões dos CAs, DAs e DCE. Isso não significa dizer que os
estudantes que não fazem parte de uma determinada organização (seja um grupo,
coletivo ou partido) não tenham a capacidade de, inclusive, tomarem as decisões
mais acertadas e convencerem os estudantes que são membros de organizações
sobre uma determinada posição a ser tomada pelo movimento. Mas, é inegável que
a ação coletiva acaba tendo bem mais possibilidades de acertar e de ter maior
poder de persuasão sobre a melhor política a ser feita do que as ações
individualizadas. Isto aumenta não apenas a responsabilidade de cada estudante
que faz parte de uma organização política, mas, também e principalmente, desta
organização para com as decisões tomadas nas entidades representativas e o
movimento estudantil de uma forma geral.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Nesse
sentido, este segundo capítulo analisa os acontecimentos que fizeram parte do
ME da UFAL e nas respectivas respostas dadas a estes pelo movimento Correnteza
durante o período em que estes estão gerindo o DCE Quilombo dos Palmares.<span style="color: red;"> <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i> </i>Nestes
poucos mais de três anos de “expansão” da UFAL, várias revoltas surgiram das
mais diversas localidades e cursos. Tais revoltas foram frutos de uma série de
problemas (intensificação dos já existentes e surgimento de novos) que se
fizeram presentes de maneira tão aguda na vida dos estudantes, não lhes
restando alternativas senão protestar e exigir da administração da Universidade
as mínimas condições de seu funcionamento. </span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Para expormos uma avaliação sobre a
participação da Correnteza nestas revoltas estudantis, temos que ressaltar toda
a luta dos setores mais combativos da UFAL contra este tipo de expansão. Vale-nos
lembrar, que todos os questionamentos sobre a REAL possibilidade de termos um
“boom” nos/dos problemas da UFAL foram levantados em 2007, data em que se
aderiu ao decreto REUNI (<span class="st">Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais; Instituído pelo Decreto
nº 6.096, de 24 de abril de 2007). <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;">Mesmo com estas lutas, após a realização do Conselho
Universitário, no qual a empresa de serviços de segurança patrimonial bateu em
estudantes e professores que se manifestavam pela construção de um plebiscito
sobre o REUNI, para que toda a comunidade acadêmica pudesse opinar sobre este
decreto, a reitoria da UFAL chamou outro Conselho que foi realizado no
auditório do Hospital Universitário (evitando assim qualquer tentativa de
manifestação em virtude do silêncio – sempre obrigatório em hospitais) e, sob a
presença da Polícia Federal, aprovou, com o apoio da maioria dos diretores de
centros e unidades acadêmicas, a adesão da UFAL ao decreto do REUNI.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;">Após esta adesão, feita no fim de 2007, o prelúdio de um
colapso na concepção de educação superior empregado na UFAL, vira uma
realidade.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="st">Não nos é necessário listar todos os problemas que se
intensificaram e outros tantos que surgiram com a irresponsável expansão da
UFAL. E, mais ainda, também nos é dispensável fazermos uma alusão a uma das
maiores bandeiras históricas do ME que reivindicamos: a expansão do ensino
superior. Neste momento, apenas nos cabe deixar claro – mais uma vez – que
nunca fomos contra a expansão da UFAL. Somos contra o modelo de expansão que foi
adotado pela cúpula da nossa universidade que, por sua vez, vem no bojo das
transformações que passam as IFES, no </span><em>stricto </em><span class="st">sentido
de atender as demandas oriundas do processo de adequação da esfera produtiva,
as necessidades do sistema capitalista em crise estrutural, conforme
mencionamos no primeiro capitulo.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> Ou seja, não existe
fundamentalmente, a nosso ver, contradição entre todos os problemas que estamos
passando e o projeto do REUNI. Não se trata de má gestão, ou mero acaso do
destino de uma universidade locada num estado “vocacionado” a ser o pior em
termos educacionais do país. Antes disto, significa dizer que fazemos parte de
um todo que esta se transformando e, no nosso caso, o papel que nos oferecem, é
desempenhar a função de uma universidade periférica, reprodutora do
conhecimento produzido nos grandes centros – leia-se eixo Rio de Janeiro/São
Paulo. Nosso trunfo, em última análise, é sermos um verdadeiro “escolão de
terceiro grau” uma vez que o tripé ensino-pesquisa-extensão, há tempos
sepultado para a maioria dos estudantes da UFAL, nos é negado a partir do
momento em que entramos aqui. Há de se considerar neste ponto que, segundo
dados da própria reitoria, 80% dos estudantes que passam por aqui, sequer fazem
parte de algum projeto de pesquisa ou extensão.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="st"> Contudo, ainda há setores que
resistem e tentam retomar o caráter de universidade que estamos perdendo.
Retomada esta que passa, necessariamente, por uma defesa intransigente de
termos uma instituição que nos permita pesquisar e debater amplamente sobre os
problemas da sociedade – em todos os níveis e instâncias; que nos conceda a
histórica liberdade de cátedra</span><a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[1]</span></span></span></a><span class="st">- conquista fundamental para um ambiente universitário; e que tenha o
seu financiamento e gerenciamento exclusivamente público e gratuito. <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> Estas resistências, aliadas às
condições objetivas e materiais, ainda nos permitem desenvolver, minimamente,
um conhecimento crítico sobre todo este processo e, assim sendo, em vários
locais e setores que faziam a defesa deste projeto de expansão - num passado
recente - começaram a perceber o que realmente estava por trás de toda a
propaganda deflagrada pelo Governo Federal e Reitoria sobre o “crescimento” da
UFAL.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> Como afirmamos acima, revoltas e
mais revoltas se propagaram pelos três <i>Campi</i>
e seus respectivos Pólos. Chegamos ao cumulo de termos que lutar por papel
higiênico! <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> Da falta de professores, blocos e
hospitais-escola nos Campi de Arapiraca e Delmiro Gouveia, à disputa entre
turmas por salas em Maceió, o que vimos foi a concretização de uma concepção de
educação voltada apenas para a quantidade, sem se ter a mínima preocupação com
a qualidade e com os profissionais formados aqui.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> Em meio a tantos problemas, os
estudantes começaram a se mobilizar e a perceber que só através do embate
direto com a Reitoria e seus representantes, poderíamos, no mínimo, angariar
algumas melhorias e expor à sociedade, as arbitrariedades em curso na UFAL. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> Foi assim, que diversos estudantes
dos mais variados cursos, que sequer tinham anteriormente participado e/ou
feito movimento estudantil, tomaram a iniciativa de se mobilizar frente aos
problemas mais imediatos. Foi justamente neste contexto que tivemos a
participação da Gestão Correnteza nestas reivindicações. Com o aparato do DCE,
os membros desse grupo se fizeram presentes em boa parte destas mobilizações
que surgiram neste período.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> Sempre
presentes nas fotos, nas entrevistas e nas falas em público, alguns poucos
membros da Correnteza – na maioria das vezes apenas um – se apresentaram
enquanto “referência” e “representantes” destes novos estudantes em movimento.
Não foram raros os momentos em que estes membros tentaram “direcionar” os rumos
de cada mobilização e, na maioria, colocaram como estratégia última, a formação
de comissões (eles dentro destas, claro!) para se alcançar “prazos” para a
“resolução” de pautas reivindicativas dos estudantes. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;">Além destas mobilizações originadas no dia a dia e na
disposição de luta desses novos estudantes, existiram outras situações que, <b>sob a interferência da Correnteza</b>,
acabaram se resumindo ao que poderíamos chamar de “atos em série”. Expliquemos
melhor esta expressão.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> Vimos, por diversas vezes, a
execução de “atos” a torto e a direito que, em linhas gerais, se encaixaram no
seguinte modelo sequencial: 1) Passeata de uma ou duas horas; 2) Entrega de
algum documento contendo as pautas reivindicativas à reitoria; 3) Entrada de
uma comissão em algum órgão administrativo; 4) Saída deste órgão com vários
prazos em mãos (dos quais, boa parte já haviam sido anteriormente acordados); e
5) <b>Um jornal no dia seguinte chamando
estas etapas anteriores de “vitória”!<o:p></o:p></b></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> A reunião de comissões em gabinetes
parece ser a razão última da Correnteza e os prazos (re) estabelecidos são o
que eles têm chamado de vitórias.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> Todas as reivindicações colocadas na
ordem do dia - como, por exemplo: “RU para todos” - há tempos vêm sendo
pleiteadas pelo ME, sendo que prazos, em momentos anteriores (2005-2007) já
haviam sidos acordados entre o movimento e a Reitoria e, durante todo este
tempo, o que vimos fora esta “empurrar com a barriga” tais reivindicações. E todos
os grupos e organizações políticas têm pleno conhecimento disto e, mesmo assim,
a Correnteza “optou” por continuar “sentando” para “conversar” com a Reitoria.
O resultado disto foi a continuação do não atendimento das pautas, apenas
conversas transformadas pela Correnteza, em conquistas de jornal. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> Como se não bastasse, o período em
que estes “atos” foram organizados, foi justamente em tempos pré eleições do
DCE. Tanto na primeira eleição, na qual a Correnteza se elegeu, quanto em sua
“reeleição” (explicaremos as aspas da palavra reeleição no final deste capítulo),
em setembro de 2011. <b>De fato, o que vem
levando a direção da Correnteza - o Partido Comunista Revolucionário/PCR - a
realizar estes tipos de atos é a necessidade de se forjar a idéia de que eles
estão lutando em prol dos estudantes, sob o único intuito de se perpetuarem na
direção do DCE</b>. Nesta saga para se manter na direção da entidade,
aproveitam-se de qualquer situação para se encaixarem na foto – de preferência
na frente e no meio – para que, no dia seguinte possam ter uma boa capa de
jornal. Para sermos o mais educado possível, podemos resumir tudo isso em duas
palavras: <b>Oportunismo barato</b>. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> Esta opção política se reflete
claramente pela subjunção das ações da atual gestão do DCE frente à Reitoria.
Um dos muitos exemplos típicos desta “estreita” relação foi o arquivamento
feito pela gestão do DCE da proposta aprovada pelos CA’s e DA’s no CEB
(Conselho de Entidades de Base) que empossou a primeira gestão da Correnteza. A
saber: a ocupação de uma sala no Campus A. C. Simões para ser a Sede da
Entidade (outra pauta que há tempos só temos promessas). Como bons moços que
são em relação à Reitoria, até hoje esperam (em algum gabinete da vida) a
concretização da promessa de uma sede no Campus Maceió feita há mais de 3 anos!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;"> O “fim da picada” foi a criação de
um ato “do dia para a noite” no prédio da reitoria, em outubro de 2010<span style="color: red;">. </span>Servindo feijoada aos estudantes que se<span style="color: red;"> </span>fizeram presentes. Eles, mais uma vez, tentaram
vender a imagem de uma gestão de DCE combativa; que estava na luta por um “RU
para todos”. Os problemas – além de mais uma reunião de gabinete, que por sinal,
não aconteceu -- foram os seguintes detalhes que circundaram o momento em que
eles fizeram este ato:<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;">Primeiro: uma semana antes, CA’s e DA’s do Campus Maceió,
ocuparam o RU e ofereceram o jantar de graça aos estudantes para denunciar os
quase três anos de não cumprimento do acordo firmado em 2007, no qual a
reitoria se comprometera em construir um RU para todos num prazo de um ano.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;">Segundo: um dia depois do “ato feijoada” a UFAL anunciou
a abertura do edital de licitação do projeto de RU para todos. Coincidência,
não?<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="st">Todas estas ações tomadas pela Correnteza (sempre tendo
em mente que o PCR é central nas tomadas de decisões deste grupo) é resultado
de uma leitura equivocada da realidade social. Baseados numa mistura de <i>Stalinismo e Social Democracia</i></span><a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[2]</span></span></span></a><span class="st">, o PCR imprime na UFAL - através das ações da Correnteza - uma
política de “luta de faz de contas”, ludibriando a boa vontade dos novos
estudantes que se colocam para as lutas.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-family: inherit;">Infelizmente, para eles e, felizmente para o movimento
estudantil como um todo, este tipo de postura política tende a desfalecer em
momentos em que as lutas se apresentam de maneira mais intensa. Neste mesmo
sentido, as experiências destes estudantes com estas ações políticas tendem a
levá-los à percepção das incoerências produzidas e reproduzidas pela
Correnteza. E os dois últimos grandes acontecimentos que envolveram o ME da
UFAL só confirmam esta tendência. Vejamos:<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="st">Primeiro, vimos o desespero dos dirigentes do PCR quando
os setores mais progressistas da Universidade decidiram montar uma chapa para
disputar as eleições para a Reitoria: <b>como
explicar para os estudantes a não construção da campanha da Professora Valéria
Correia e da chapa</b></span><a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><b><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="line-height: 115%;">[3]</span></b></span></b></span></a><span class="st"><b> “Outra UFAL é Possível”?</b> A
incoerência ficou tão latente que os dirigentes do partido decidiram fazer com
que cada membro da Correnteza decidisse por si só qual candidato apoiar para
reitor.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="st">Os dirigentes acabaram indo para o seu único e deplorável
caminho: a oposição de “faz de contas” do Professor </span><em><span style="font-style: normal;">Paulo Vanderlei. Os demais
tiveram que, timidamente, votar na Professora Valéria e, outros tantos,
lamentavelmente, votaram no candidato da situação: Professor Eurico Lôbo. <o:p></o:p></span></em></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><em><span style="font-style: normal;">Segundo,
assistimos ao longo do processo eleitoral 2011/2012 para o DCE UFAL a uma
verdadeira aula de antidemocracia e oportunismo dada pelo PCR. Felizmente, não
fomos os únicos a assistir e, principalmente, perceber o jeito </span>a La </em><em><span style="font-style: normal;">Correnteza de se fazer
movimento estudantil. Vejamos:<o:p></o:p></span></em></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;">Durante
este processo eleitoral, tivemos a eclosão da greve dos professores da UFAL.
Esta greve - que, obviamente, se tornou o centro das discussões da UFAL -
acabou forçando a Correnteza a convocar uma assembleia estudantil para que os
estudantes pudessem se posicionar frente à greve. Marcada a assembleia, a
comissão eleitoral das eleições do DCE (com aproximadamente 75% dela, composta
por membros da Correnteza) se reuniu e decidiu que, caso a greve durasse uma
semana ou mais, o processo eleitoral seria suspenso.<o:p></o:p></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;">Em
assembleia, os estudantes decidem não entrar em greve. Porém, estabelecem um
documento contendo uma extensa pauta reivindicativa a ser discutida com a
administração da UFAL na presença do MPF (Ministério Público Federal) numa
audiência pública aberta a todos os estudantes. Decidem também – a contra gosto
da Correnteza – <b>pela ida de todos os
estudantes da assembleia ao gabinete da Reitoria, condicionando a saída de
todos do local à execução da audiência. <o:p></o:p></b></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;">Pois,
bem, tínhamos agora mais outra situação no meio das eleições do DCE: a ocupação
do gabinete da Reitoria, pois, como já era de se esperar, a reitora não deu
nenhuma resposta concreta aos estudantes e estes decidem ficar e manter a
deliberação da assembleia, de só saírem com a execução da audiência pública.<o:p></o:p></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;"> Um dia depois do fim da greve dos professores e em plena
ocupação do gabinete, tivemos mais uma reunião da comissão eleitoral para avaliar
o processo de eleição<b>. Para a nossa ‘não
surpresa’, a Correnteza</b> - mesmo com toda essa movimentação política na
Universidade e, também, mesmo com a informação de que não estavam havendo aulas
no Campus Sertão - <b>decide pela
manutenção das datas de votação das eleições que se tinha previsto antes da
greve e antes da ocupação</b>. Ou seja, os dias de votação para a nova
diretoria do DCE – decidiram eles – iriam acontecer em uma semana. Isso sem
sequer sabermos até quando iria durar a ocupação do gabinete da reitoria!<o:p></o:p></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;">Assim
sendo, <b>as chapas inscritas teriam pouco
mais de 5 dias para fazer campanha por toda a UFAL e participar dos debates</b>
(quatro no total: dois em Maceió, um em Arapiraca e um em Delmiro Gouveia) e,
ao mesmo tempo, manter a ocupação, já que boa parte de seus membros são do
movimento estudantil.<o:p></o:p></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;">Resultado
dessa postura: <b>apenas um, dos quatro
debates, aconteceu!</b> Este fora realizado no ICHCA (Instituto de Ciências
Humanas, Comunicação e Artes), no campus Maceió, <b>com a participação - quase que exclusiva – de apenas membros das
chapas.</b> Por que os estudantes não apareceram? Ora, eles sequer sabiam que
estava tendo eleição, debate então, nem se fala! <o:p></o:p></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;">Enquanto
os estudantes e os demais grupos e organizações políticas garantiam a permanência
e organização do espaço da Reitoria, os membros da Correnteza passavam o dia
fazendo campanha para o DCE. Enquanto o Movimento estudantil passava em sala
para chamar mais estudantes a se somarem à ocupação, a Correnteza passava o dia
panfletando material de campanha da chapa, anunciando o inexistente fim da
ocupação e reapareciam à noite, no gabinete da Reitoria, para se juntar a quem
de fato estava na luta e participar das reuniões deliberativas. <o:p></o:p></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;"> O leitor mais atento deve estar se perguntando o real
interesse deles optarem por manter as eleições do DCE nestas condições. A
resposta, após termos exposto várias caracterizações sobre a Correnteza é
simples: medo de confrontar as idéias sobre as ações que estes fizeram enquanto
estiveram à frente do DCE durante um ano e, conseqüentemente, a perda das
eleições. Pois, eles sabiam que os grupos e organizações políticas sérias, não
iriam hesitar na hora de priorizar a participação na ocupação da Reitoria em
detrimento de uma eleição para o DCE, pois, para quem faz movimento estudantil
com o mínimo de seriedade, uma luta por melhores condições na educação é bem
mais importante do que uma eleição de uma entidade! Infelizmente, não é assim
que pensam aqueles que hoje ocupam a maior parte dos cargos do DCE Quilombo dos
Palmares. <o:p></o:p></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><em><span style="font-style: normal;">Na semana
que a UFAL voltou a ter aulas, após a greve dos professores, num processo
eleitoral marcado por não haver debates nem campanha - por conta do tempo em
que estivemos em greve e na ocupação; acrescentando o fato de não se estar
havendo aulas no Campus de Delmiro Gouveia, o resultado foi o não </span></em>atingimento<em><span style="font-style: normal;"> do quórum (número mínimo
para se validar as eleições, no caso, 30% do total de alunos regularmente
matriculados). O número de votantes ficou abaixo dos números das eleições
passadas, mesmo com o considerável aumento de estudantes na UFAL (ver nota do
Grupo sobre as eleições em nosso Blog</span></em><a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[4]</span></span></span></a><em><span style="font-style: normal;">). Não é de se surpreender
que boa parte dos CA’s da UFAL Campus Maceió não reconheça como legítima a
atual diretoria do DCE.<o:p></o:p></span></em></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;">Contraditoriamente,
foi a mesma Correnteza que, no primeiro semestre, fez campanha para que as
eleições para reitor (a) fossem no segundo semestre, utilizando como
justificativa – pasmem! – a necessidade de um tempo razoável para termos um
amplo debate de ideias entre os três candidatos. Mais ainda, eles acusavam a
administração central da UFAL (professora Ana Dayse e seu candidato, professor
Eurico Lôbo) de antidemocráticos, ao passo que a Reitoria insistia em fazer as
eleições em pouco mais de um mês. <o:p></o:p></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;">Agora, o
mesmo grupo político colocara em prática aquilo que eles mesmos combateram
meses atrás. <b>AGORA, O MESMO PCR BANCAVA
AS ELEIÇÕES DO DCE EM MENOS DE UMA SEMANA!<o:p></o:p></b></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;">Estes
dois últimos acontecimentos, como dissemos, evidenciaram para boa parte dos
novos estudantes o quanto é nocivo este tipo de concepção política. Como
conseqüência imediata, a Correnteza, no fim de segundo semestre de 2011, só
acumulou derrotas na maioria dos Centros Acadêmicos do Campus Maceió. Podemos
citar os exemplos das vitórias de oposição do Diretório Acadêmico Freitas Neto
(Comunicação social) e do Centro acadêmico de Economia, entidades que até então
eram conduzidas – não apenas -- por membros da Correnteza. E, enquanto a
Correnteza amargava as derrotas em quase todos os CA’s do Campus Maceió que
eles atuavam, a sua posse de “reeleição” do DCE era feita pela vice-reitora da
UFAL, professora Raquel Rocha. <o:p></o:p></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit; font-style: normal;">Neste
sentido, o Grupo Além do Mito... entende que estamos num momento decisivo de
aprofundamento da nossa compreensão sobre como se fazer movimento estudantil,
momento este, em que precisamos de força para lutarmos em defesa da educação. O
passado recente das lutas estudantis da UFAL, nos mostra que as reivindicações
postas pelas contradições objetivas do atual estágio da adequação das
Universidades às necessidades da esfera produtiva, só se fazem vitoriosas
quando colocamos em prática uma concepção de ME para além da politicagem e do
oportunismo, características estas que hoje são representadas pela Correnteza.
No próximo capítulo, colocaremos nossa concepção sobre as práticas que julgamos
serem as mais acertadas e os desafios que estão postos para o ME da UFAL neste
próximo ano. <o:p></o:p></span></em></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="Caracteresdenotaderodap"><span style="line-height: 13px;">[1]</span></span></a><span style="line-height: 13px;">. <b>Liberdade de cátedra</b>: Conquista conseguida historicamente pelas universidades, que confere o direito de se poder desenvolver dentro da academia, conhecimentos e opiniões sobre quaisquer assuntos e demandas da sociedade, sem a interferência de organismos externos, como a Igreja, as Forças Armadas, grupos políticos, empresários, etc. <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoFootnoteText">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="Caracteresdenotaderodap"><span style="line-height: 13px;">[2]</span></span></a><span style="line-height: 13px;">. <b>Stalinismo</b>: do stalinismo, o PCR põe em prática a antidemocracia nos espaços de discussão e deliberação do DCE, como as reuniões, CEB’s, assembléias, etc. Tal característica se reflete em um DCE que não publiciza as suas reuniões; que não realiza o seu congresso (maior espaço de discussão e deliberação da entidade e que deve acontecer de 2 em 2 anos); que toma decisões unilateralmente (às escondidas); que não realiza periodicamente os CEB’s (algo que é previsto e garantido no estatuto da entidade); e vários outros exemplos. <b>Social democracia</b>: desta concepção, o PCR aplica em suas práticas a luta meramente institucional (de gabinete); a busca por cargos nos aparelhos burocráticos e atrelados ao estado, como a UNE, por exemplo, etc..<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoFootnoteText">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="Caracteresdenotaderodap"><span style="line-height: 13px;">[3]</span></span></a><span style="line-height: 13px;">. Chapa que aglutinou os setores progressistas e de esquerda da UFAL, dentre professores, estudantes e técnicos, durante as eleições para reitor (a) do quadriênio 2012\2016. Nestas eleições, depois de muitos anos, tivemos na universidade uma oposição declarada à gestão da Professora Ana Dayse e ao grupo que há mais de 20 anos se mantém no poder central da UFAL. Tivemos também as candidaturas dos professores Eurico Lôbo (situação) e Paulo Vanderlei.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: normal;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Caracteresdenotaderodap"><span style="line-height: 13px;"><span class="Caracteresdenotaderodap" style="font-family: inherit;"><br /></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="Caracteresdenotaderodap"><span style="line-height: 13px;"><span class="Caracteresdenotaderodap"><a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftnref4" name="_ftn4" title="">[4]</a></span></span></span><span style="line-height: 13px;">. HTTP://grupoalemdomito.blogspot.com</span>
</span></div>
</div>
</div>
</div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 115%; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"><br /></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"><br /></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Além do
Mito do DCE “gestão Correnteza”<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 1.4pt; mso-line-height-alt: 5.0pt; text-align: center; text-indent: 35.25pt;">
<b><span style="font-family: inherit;">Capítulo
3<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.25pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-line-height-alt: 5.0pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit;">Movimento Estudantil: <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.25pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-line-height-alt: 5.0pt; text-align: center;">
<i><span style="font-family: inherit;">um olhar
real, indo além do mito<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É
no mesmo sentido e direção destas movimentações políticas que tomaram conta do
ME Campus Maceió, que enxergamos a necessidade de aprofundarmos a superação
dessas velhas práticas, pois historicamente estas se mostraram insuficientes
para atender as lutas reais em defesa de uma educação efetivamente pública e de
qualidade. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Neste
capítulo, apontaremos os próximos passos que julgamos ser os mais acertados na
construção e consolidação de uma perspectiva que nos possibilite o
desenvolvimento de uma luta intransigente por uma concepção de ME efetivamente
distante das velhas práticas, com métodos radicalmente democráticos, permitindo
a cada estudante desenvolver, no percurso dessa ação, um pensamento crítico
sobre a universidade e a sociedade como um todo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O
que nos impulsiona a combater esse tipo de movimento estudantil colocado pelo
DCE “gestão Correnteza” e propor novas práticas para o ME, é a nossa clareza de
que o atual estágio de precarização da universidade pede ações concretas e
efetivas, para termos, de fato, possibilidades reais de conseguirmos a educação
que tanto almejamos.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Para
tanto, precisamos de um movimento estudantil autônomo, independente das
reitorias e do Governo Federal, livre dos interesses de autoconstrução dos
partidos políticos acima do próprio movimento. Enfim, precisamos acabar com
todas as práticas que ainda trazem consigo estas concepções.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Isto
significa, obrigatoriamente, não apenas combatermos o velho, mas principalmente
desenvolvermos na base estudantil uma perspectiva que consiga colocar na ordem
do dia um debate sobre novos métodos que não tolerem nos espaços estudantis
atuações <i>a La Correnteza</i>. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É
neste momento que se faz necessário ter em mente, com a maior clareza possível,
o conhecimento sobre os interesses antagônicos que estão postos na
universidade. Por um lado temos os interesses de um pequeno grupo que detém
quase a totalidade do poder econômico e político, sendo esse, o responsável
pelo direcionamento da maior parte do conhecimento que é produzido aqui. Este
pequeno grupo está na gerência das IFES e do Estado como um todo. Por outro
lado, temos o clamor das massas trabalhadoras que não detém o poder político
nem econômico do Estado. Tão pouco tem os seus interesses representados no
conhecimento que é produzido na academia. Menos ainda suas demandas são
contempladas pela ação do Estado. Isso se torna evidente quando observamos os milhões
de reais investidos no melhoramento genético da cana de açúcar e em bebidas energéticas
para aumentar o rendimento dos cortadores de cana-de-açúcar, ao mesmo tempo em
que vemos ínfimas bolsas de 360 reais para financiar as pesquisas que investigam
as relações de trabalho desumanas dos trabalhadores rurais de Alagoas. Frente a
este quadro, fica notório que não temos como passar inertes diante dessa
situação enquanto universitários. É aqui que os posicionamentos tirados pelo ME
ganham corpo e tomam uma dimensão social que não deixam espaços para uma
atuação, que tem nas reuniões de gabinetes, seu fundamento último.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É
neste sentido que o movimento estudantil que defendemos tem que tomar para si a
responsabilidade de se colocar ao lado dos interesses da classe trabalhadora,
pois é esta que, através do seu suor, gera toda a riqueza consumida pela
sociedade<a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[1]</span></span></span></a> e,
conseqüentemente, financia toda a estrutura da universidade – desde a
construção e manutenção de seus prédios, passando pelo pagamento do salário dos
nossos professores, até o financiamento das pesquisas e do conhecimento
produzidos aqui. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Dessa
forma, as lutas por um restaurante universitário aberto a todos da comunidade
acadêmica, a luta por residência suficiente em todos os Campi e Pólos; e a luta
por bolsas de assistência estudantil voltadas para ensino, pesquisa e extensão,
por exemplo, devem ter como plano de fundo os interesses dos trabalhadores,
interesses estes que fazem parte não apenas do cotidiano da universidade, mas
da sociedade como um todo. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É
por isso a nossa crítica férrea aos atos criados do “dia para noite” e que tem
como objetivo último, apenas a autopropaganda de partidos políticos que
vislumbram única e exclusivamente a sua perpetuação burocrática nas entidades
representativas, fato este que não aguça a criticidade dos estudantes frente às
reais causas dos problemas da universidade, fazendo passar apenas a idéias de
que são problemas pontuais, resultados da má administração ou de incompetência
político administrativa dos governantes.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 1.4pt 0cm 0.0001pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: inherit;"> <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;">Proposições para além do fenômeno Correnteza
no ME da UFAL<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Em meio a isto, fica evidente a
importância da atuação conjunta dos CA’s e DA’s para a organização das lutas
estudantis na universidade, pois as demandas específicas de cada curso, quando
aglutinadas em uma pauta geral, podem fortalecer a nossa defesa do ensino
público superior, tendo como base o que expomos a cima.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Esta unificação das pautas é o que
acreditamos ser o primeiro e fundamental passo para um ME verdadeiramente
comprometido com as lutas que efetivamente possam gerar vitórias reais para nós
estudantes. Dessa forma, precisamos criar espaços de discussão, em todos os Campi,
sobre os problemas relativos à universidade, a fim de maturarmos teoricamente o
debate sobre estes problemas para termos melhores condições de atuação prática
em nossas reivindicações. Isso não significa que temos que ver a teoria para
depois colocarmos em prática. Estamos apenas defendendo a necessidade de
estarmos sempre discutido conjuntamente os problemas educacionais, ao mesmo
tempo em que lutamos pela educação. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Além disso, entendemos que nossa
participação no Fórum em Defesa da UFAL Pública, Gratuita e de Qualidade -
organização criada pelos docentes que estavam à frente da última greve da
universidade - é um importante instrumento para se aglutinar professores,
técnicos e estudantes de toda universidade que, assim como nós, convergem com as
concepções que se colocam em defesa da universidade pública e dos interesses da
classe trabalhadora. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> A criação dos Campi de Arapiraca e
Delmiro Gouveia e seus respectivos Pólos, colocou para o ME um novo desafio. Se
até então a unificação das lutas dos cursos do Campus Maceió era uma tarefa
árdua, agora se faz muito mais difícil. É evidente que as lutas travadas pelos
estudantes dos novos cursos foram de fundamental importância para as vitórias
parciais que estes tiveram ao longo dos últimos seis anos, como por exemplo, as
lutas dos cursos de Medicina Veterinária, de Viçosa e Serviço Social, de
Palmeira dos Índios. É evidente também que se houvesse uma unificação das lutas
de todos os cursos da UFAL (de todos os Campi) as possibilidades de termos mais
forças para maiores conquistas aumentariam consideravelmente. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Aqui se faz necessária uma
autocrítica no sentido de reconhecermos nossa parcela de responsabilidade na
não concretização desta unificação desde o início. Mesmo assim, isto não nos
impede de corrermos atrás do prejuízo e de nos colocarmos, neste momento, para
esta tarefa, como uma das nossas principais prioridades. Afinal, como afirmamos
acima, todos os problemas da UFAL, apesar das particularidades de cada curso,
têm suas bases comuns nas políticas e projetos educacionais colocados de forma
vertical pelo Governo Federal e pela Reitoria desta universidade.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Não iremos nos furtar desta
articulação, ou seja, pretendemos ir para além do simples apoio nas
reivindicações das pautas específicas de cada curso, quer seja numa aproximação
mais efetiva com o ME dos Campi e Pólos onde não atuamos, quer seja na
intensificação da nossa luta nos locais onde já atuamos. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Igualmente, enxergamos a extrema
urgência em alavancarmos o debate da construção de novas perspectivas para o ME
em âmbito nacional. Por isso estamos, dentro das nossas possibilidades
objetivas, em contato orgânico com estudantes e organizações de outros estados
(como Bahia, Paraná e São Paulo) que também vislumbram esta mesma necessidade
de superação das velhas práticas ainda presentes em boa parte do movimento estudantil
brasileiro. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"> Estas pretensões que nos colocamos a
realizar este ano somam-se às práticas que cotidianamente construímos ao longo
dos sete anos de nossa existência. Isso significa reafirmarmos nossa
intransigência em executarmos o trabalho de base que sempre prezamos nos cursos
e nos Centros e Diretórios Acadêmicos onde atuamos, respeitando a autonomia
destas entidades e as demais organizações estudantis, com seus respectivos
fóruns de discussões e deliberações.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"> Sabemos de nossas limitações e dos
desafios que estão postos. No entanto, nos colocamos a frente de tal
responsabilidade por entendermos a urgência de não nos deixarmos levar pela correnteza
dos projetos neoliberais, que sucateiam a universidade pública de forma cada
vez mais avassaladora. E não iremos! Vamos à luta pela construção de uma
educação pública, gratuita, de qualidade, laica, socialmente referenciada e
voltada para os interesses da classe trabalhadora! </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Além do Mito da Correnteza!<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Além do Mito do governo Dilma!<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Além do Mito que limita o infinito!<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br clear="all" /></div>
<div id="ftn1">
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<div style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ariane/Downloads/CORRIGIDO,+02.03+-+enfim++AL%C3%89M+DO+MITO+DA+CORRENTEZA+(1).doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 9pt; line-height: 115%;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 115%;">[1]</span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 9pt; line-height: 115%;"> Para saber sobre quem de fato produz a
riqueza material da sociedade, recomendamos o livro “introdução a filosofia de
Marx”, dos professores Sério Lessa e Ivo Tonet, da editora expressão popular e
livre para Download no site HTTP://sergiolessa.com.
Trata-se de uma leitura fácil e didática sobre o tema.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-48655386864921121122012-05-22T23:00:00.004-03:002012-05-22T23:05:56.665-03:00Nota de esclarecimento aos estudantes da UFAL<span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 20px; text-align: justify;"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 20px;"> Na última terça feira (15/05) houve uma assembleia dos docentes para a discussão e votação a respeito da entrada ou não em greve. Após uma discussão pífia, votou-se pela entrada em greve e o auditório da reitoria da Ufal começou a esvaziar. Ao final de tudo, a Correnteza – enquanto DCE – informou que puxava uma assembleia geral dos estudantes para o <b>dia seguinte</b>, com a finalidade de tirar de lá o posicionamento dos estudantes em relação a esta luta.</span></div>
</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 20px;"> Pela quase inexistente mobilização política no seio dos estudantes, atrelada a uma assembleia relâmpago, fica fácil imaginar que esta assembleia não existiu, por não ter a quantidade mínima de estudantes. Sem quórum, o que houve foi uma “reunião ampliada” – onde, na verdade, encontrava-se <i>quase restrita</i> a três forças políticas existentes dentro da Ufal, fora alguns poucos estudantes. Estas forças eram o "Além do Mito...", o PSTU/ANEL e a Correnteza (PCR). Nesta “reunião ampliada”, foi encaminhada a proposta de se tirar, naquele momento, nomes para compor o “comando de mobilização estudantil” para intervir e colaborar nas atividades grevistas – bem como foi encaminhada a de lançar uma nota expondo a posição daqueles estudantes ali reunidos, para ser lida no dia seguinte, 17/05, na assembleia docente que criaria o Comando de Greve. No entanto, quando fomos discutir o <b>caráter</b> desta nota, houve divergências.</span></div>
</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 20px;"> Nós dizíamos que o movimento grevista dos professores precisava ser apoiado, sem dúvidas – mas não <i>sem críticas</i>. Para apoia-los, dizíamos, temos que criticá-los nos pontos em que falham – para que melhorem. Precisávamos criticar a forma como o movimento foi construído; a ausência de professores combativos nos espaços de discussão; a falta de um debate cotidiano, em sala de aula, a respeito da situação da Universidade e o consequente agravamento da despolitização por parte dos professores e dos estudantes; etc. No entanto, o PSTU e Correnteza disseram que as críticas não cabiam neste momento, pois iria desmobilizar o movimento dos professores. Elas devem ser feitas – disseram eles – com o movimento em andamento, no <i>meio do processo</i>; agora, só o que nos cabe, é “apoia-los de peito aberto”, não devemos criticá-los. Esta divergência foi para votação e – por obviedade – perdemos. A “reunião ampliada” encaminhou a proposta de lançar uma nota com <b>caráter</b> de um apoio <b>acrítico</b>. É claro que não usaram este termo, e sim um termo comovente como: “apoio de peito aberto”.</span></div>
</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 20px;"> Nossa concepção de movimento não nos permite coadunar com esta posição – quer tenha sido tirada em uma “reunião ampliada” (da vanguarda do Movimento Estudantil). Entendemos que fazer as devidas <i>críticas</i> ao movimento dos professores é parte fundamental – e portanto imprescindível – para que possamos apoia-los. Nosso apoio precisa ser <i>sincero </i>e <i>construtivo</i> para o movimento, e ao presenciar a falta de mobilização dos professores e a falta de um debate suficiente e coerente que explique e exponha a greve para a Universidade (dentre outros erros), nossa concepção não nos permite ficar calados! Agilizamos rapidamente uma outra proposta de nota, pois achamos que esta contribuição para o movimento grevista vale mais do que uma votação entre a “vanguarda” do movimento estudantil.</span></div>
</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 20px;"> No dia seguinte, antes da assembleia dos professores do dia 17, essas três forças sentaram numa reunião rápida para fazer os ajustes finais da nota a ser lida. Lemos, então, nossa proposta de nota – que foi rapidamente negada. Explicamos o motivo pelo qual continuamos com a mesma posição, e novamente a necessidade de se ter um <b>apoio crítico</b>. Mas, enquanto tentávamos convencê-los através de argumentos <i>reais</i> e <i>concretos</i> de que <i>o movimento</i>, os <i>professores</i> e <i>os alunos</i>, precisavam receber aquela crítica – na intenção não de enfraquecer, mas de fortalecer o movimento – o que ouvimos foram tentativas de nos convencer de que o “<b>apoio acrítico</b>” era a posição mais correta pois foi tirada em “reunião ampliada” (repetimos: praticamente restrita às três forças) e esta é “soberana” perante os estudantes e suas posições; assim como as críticas poderiam enfraquecer a luta dos professores e alunos.</span></div>
</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 20px;"> Ao dar-nos conta de que a “burocracia estudantil” estava cega diante das <i>reais</i> necessidades do movimento dos professores e dos estudantes, optamos por nos retirar daquela reunião, pois estava claro que <b>duas notas precisavam ser lidas</b>. E o presente texto se fez na pretensão de explicar o motivo da necessidade desta segunda nota feita por nós - titulada "Vejo um museu de grandes novidades..." - em desconformidade com a “reunião ampliada”, mas em conformidade (acreditamos nós) com o movimento. Sendo assim, assumimos qualquer responsabilidade dessa decisão tomada <i>pela coerência do movimento.</i></span></div>
</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 20px;"> </span></i><i><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 20px;"> </span></i><i style="text-indent: 0.3pt;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 20px;">Assinam esta nota: Grupo Além do Mito, Fernando (Filosofia), Jadson (Psicologia) e Gustavo (Comunicação Social).</span></i></div>
</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em; text-indent: 0.3pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em; text-indent: 0.3pt;">
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 20px;">Maceió, maio de 2012.</span></i></div>
</div>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-9964144340269229512012-05-21T06:02:00.000-03:002012-05-21T06:02:26.630-03:00Nota sobre a greve dos docentes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7j5snlNGOdO0i5oGYiZnXgNgwO6Q71gru_5-GYqm-6_DAEZu5JGinGzh682oQC1pnY-ZKLCyqCbeyEJ2wIR_PQmO5qfqHwzXeqejsKV_LLk8dx6rKumJ0wpbVZR-weusnlzZFbQeRK5Y/s1600/greve.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7j5snlNGOdO0i5oGYiZnXgNgwO6Q71gru_5-GYqm-6_DAEZu5JGinGzh682oQC1pnY-ZKLCyqCbeyEJ2wIR_PQmO5qfqHwzXeqejsKV_LLk8dx6rKumJ0wpbVZR-weusnlzZFbQeRK5Y/s400/greve.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<strong><span style="font-size: small;">“EU VEJO UM MUSEU DE GRANDES NOVIDADES...”</span></strong></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<span style="font-size: small;">
Em agosto-setembro de 2011, o contexto de grave precarização
do Ensino Superior impeliu aos professores da UFAL, a exemplo dos
docentes de outras Universidades Federais, a deflagrarem uma greve por
tempo indeterminado. Apesar de se ter um comando de greve composto por
professores politicamente progressistas e bem intencionados, esta
deflagração se deu, para a grande maioria dos professores, por
insatisfação pessoal diante dos salários defasados e da cabal ausência
de condições adequadas para o exercício da profissão que por consciência
das necessidades e limites que se punha diante do movimento docente.</span></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<span style="font-size: small;"> Naquele
momento, não obstante as deliberações de varias assembléias pelo país
terem sido contrárias ao reajuste salarial de 4%, o ANDES aceitou a
proposta do governo, com aval, dentre outras seções locais, da ADUFAL, o
que implicava no esvaziamento da pauta da mobilização, pois os
professores estavam apenas atentos à questão do seu salário; mas o
problema é mais profundo, quando percebemos que estas condições
salariais e de ensino, sua precarização, o aumento inconseqüente do
número de alunos, desembocando no progressivo sucateamento da
Universidade Pública é conseqüência de nossas ações no passado, como por
exemplo a aceitação do REUNI em 2007.</span></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<span style="font-size: small;">
Após quase uma semana da deflagração da assembléia
passada, na qual vários professores permaneceram em atividade normal -
não sendo possível perceber, de fato, o clima de greve na UFAL -, houve
nova assembléia onde votou-se pelo fim da greve. Ao fim, em linhas
gerais, aquela mobilização serviu para mostrar que a categoria docente
ainda é pouco capaz de provocar um movimento que retire a universidade
dos trilhos da inércia cotidiana e a ponha no caminho da luta. A
situação de agora nos relembra muito este passado recente.</span></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<span style="font-size: small;"> Hoje,
depois de sete meses do ocorrido, o movimento docente sente novamente a
necessidade de utilizar desta ferramenta de reivindicação – greve –
para lutar pela garantia de suas exigências. Os docentes da UFAL
aprovaram, na última assembleia, a greve por tempo indeterminado que tem
início neste dia 17 de maio de 2012. Nós estudantes, nos colocamos lado
a lado nesta luta, apoiando e nos disponibilizando para construir as
mobilizações, tal como fizemos nos processos anteriores, por entender
que as reivindicações são legítimas e necessárias e que fazem parte da
luta em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade, onde é
dever também do estudante tomar um posicionamento. Porém este apoio não
pode ser feito de forma acrítica.</span></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<span style="font-size: small;">
Contudo existem algumas particularidades que esse momento de início de
greve nos coloca na obrigação de apontar, por compreender a importância
das pautas e a necessidade de que elas sejam atendidas. Desde que saiu o
encaminhamento do ANDES de possível greve geral, não vimos acontecer em
nossa universidade (tal como greve passada) atividade alguma por parte
dos professores, além das assembléias tardias convocadas pela ADUFAL e
das paralisações isoladas cumprindo com o calendário nacional, que
viabilizasse uma ampla discussão aprofundada acerca da greve. Passamos
por um momento de extrema apatia onde, salvo algumas poucas exceções,
nem se chegou a debater o assunto em sala de aula. Este fato,
incrementado pela forma como esta fora conduzida, se reflete na última
assembléia dos docentes, onde após a votação da deflagração da greve,
antecedida apenas por seis falas, houve um significativo esvaziamento do
auditório, restando poucos professores para dar andamento às
atividades. Deste modo, concluímos que não obtivemos um processo de
avanço na politização da comunidade acadêmica, o que nos faz visualizar
uma greve na qual a maioria dos professores irá para suas casas e os
estudantes, por não enxergarem outra opção, também assumirão as férias
forçadas, enquanto que a direção do sindicato busca negociar com o
governo federal, até que seja feito um acordo e se reestabeleça a
dinâmica normal da universidade.</span></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<span style="font-size: small;">
No fim da assembléia, o restante dos estudantes lá presentes foram
convocados pela direção do DCE para uma assembléia estudantil no dia
seguinte pela manhã, na intenção de tirar o posicionamento dos discentes
sobre a greve e de que maneira se inserir nesse processo. A assembléia
foi convocada com menos de 24 horas para mobilizar todo o campus.
Implicando em sérias conseqüências para o acontecimento desta. O
resultado foi uma reunião ampliada do DCE, não atingindo quórum para
caracterizar uma assembléia. Estas duras críticas são para nós
extremamente fundamentais para que nosso apoio seja sincero e
construtivo, logo, elas não significam uma tentativa de enfraquecer, mas
de fortalecer o movimento grevista, apontando os erros para que
possamos avançar na luta. </span></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<span style="font-size: small;">
Por isso, propomos uma mobilização comprometida, que a
greve não seja sinônimo de férias e que não se reduza a uma pauta
salarial. Mas, também, que reflita na prática a falta de condições
adequadas de trabalho no cotidiano da universidade. Que a mobilização em
conjunto com todos os outros setores da universidade – já que, todos
são atingidos pela precarização – culminem no atendimento das pautas e
na conscientização de todos quanto aos processos de sucateamento que
estão se dando nas universidades públicas brasileiras. É necessário
colocar, nesta greve, como discussão constante e como pauta, problemas
referentes a este sucateamento do Ensino Superior Público, pois
possibilita a unificação das categorias, fortalecendo ainda mais a luta.</span></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; text-align: left;">
<span style="font-size: small;">Assina esse texto: Grupo Além do Mito, Gustavo (Comunicação Social), Fernando (Filosofia) e Jadson (Psicologia).</span></div>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-16590209522505225442012-02-23T01:47:00.004-03:002012-02-25T01:22:22.112-03:00CARTA DO “ALÉM DO MITO...” AOS SEUS MILITANTES E AOS DEMAIS CAMARADAS<div style="text-align: right;"><!--[if gte mso 9]><xml> <o:officedocumentsettings> <o:allowpng/> </o:OfficeDocumentSettings> </xml><![endif][if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> 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<style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} </style> <![endif]--><span style="font-size:10.0pt;"></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Nossa luta é pela educação</span></span></div><p style="text-align: right;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Mais humana possível:</span></span></p><p style="text-align: right;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">aquela que torne crível</span></span></p><p style="text-align: right;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">dentro de cada indivíduo</span></span></p><p style="text-align: right;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">o poder que não existe em sua mão.</span></span></p><p style="font-weight: bold; text-align: right;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">(Rafael João)</span></span></p><p style="text-align: left;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;"><br /></span></span><span style="font-size:100%;"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:right" align="right"><span style="font-size:10.0pt;"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal">Este é um documento direcionado àqueles que fazem parte, já fizeram, pensam em fazer, ou mesmo, simpatizam com o grupo “Além do Mito...”, bem como às pessoas que atuam no movimento em um sentido que julgamos próximo ao nosso. O objetivo aqui é apenas fazer alguns apontamentos das estratégias, táticas e organização do grupo, além de desafios postos ao AdM e seus militantes. Não se trata, pois, de um texto que vise somente instigar as pessoas em sua militância no grupo, mas de traçar objetivamente um perfil que desvende algumas mediações necessárias à nossa organização e aos objetivos da luta.</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Desde 2005 até hoje, o grupo estudantil “Além do Mito...” passou por várias transformações. Não só em seus quadros, fazendo constantes renovações quantitativas e qualitativas mesmo sempre tendo que lidar com a sazonalidade típica do movimento estudantil, mas mudou também em sua conotação organizativa. Tais transformações muitas vezes não vieram de nossos planos, de nossas vontades. Foram impostas pelos desafios que nos defrontamos, tendo em vista os nossos objetivos traçados. Isto quer dizer apenas que a luta cria contingenciamentos aos quais a organização e as práticas nela empregadas devem responder. Não escolhemos plenamente por qual caminho seguir, muito menos estes vão de acordo com nossas conveniências. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Respondemos à luta real</b>, e seus imperativos, com base nos princípios e táticas relativas a ela<span style="color:red;">. </span>Daí que devemos partir para pensar <b style="mso-bidi-font-weight:normal">o que é e o que deve ser o “Além do Mito...”.</b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>O AdM surgiu inicialmente impulsionado para se disputar a eleição do DCE, mas ao longo do processo se transubstanciou em algo mais sólido, <b style="mso-bidi-font-weight: normal">para além de eleições de entidades </b>,de modo a colocar as <b style="mso-bidi-font-weight:normal">suas pautas e concepção no cotidiano do movimento</b>. O essencial disto é que se manteve porque vários militantes se engajaram em <b style="mso-bidi-font-weight:normal">suprir uma necessidade do movimento estudantil que se tornou viva. O AdM tornou possível efetivar uma organização estudantil de porte dentro da UFAL, que fosse a antítese da burocratização, do peleguismo, e que pautasse a universidade pública dentro de uma perspectiva radical classista.</b> Isto não foi pouco, muito menos tudo, apenas conseqüência da militância organizada e de uma conjuntura que propiciou as condições para tal fato.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Este breve histórico (e sua análise) não é somente para reavivarmos nossa memória. A definição do AdM hoje carrega em si este histórico e, não menos importante, junto com as expectativas cunhadas – passadas e presentes – provenientes dele. Enfim, mesmo sabendo que nosso passado não nos condena (pelo contrário), tampouco ele nos isenta de desafios e lacunas que o próprio tempo trata de evidenciar. Tal reconhecimento deve mostrar que nossos propósitos estão obviamente inconclusos, e provavelmente sempre estarão, mas nos obriga a continuar perseguindo-os.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal">Dos Princípios e concepções:</b><span style="mso-tab-count:1"> </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="color:red;"></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="color:black;mso-themecolor:text1;" >Defendemos um movimento feito verdadeiramente pela base, sem retórica e sem concessões</span></b><span style="color:black;mso-themecolor:text1;" >, ao lado dos trabalhadores na luta de classes e por uma universidade pública, gratuita e de qualidade, que não reproduza meramente o <i style="mso-bidi-font-style: normal">status qu</i></span><i style="mso-bidi-font-style:normal">o</i>.<b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="color:red;"></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>O que pode ser problemático é a nossa capacidade de agir com o volume e a profundidade necessários. Ter esta estratégia fixada é uma coisa, outra é <b style="mso-bidi-font-weight:normal">dar ressonância e conseqüência maior a ela</b>. Para tanto é preciso ter <b style="mso-bidi-font-weight:normal">uma grande militância, que seja ao mesmo tempo: intensa, qualitativa, quantitativa e organizada. Ou seja: precisamos de um número de companheiros (as) que possa dar conta de toda a demanda do movimento; de uma organização que nos propicie agilidade e unidade; de compreensão teórica e capacidade de intervenção política; e, não menos importante, de disposição de luta, pois sabemos que esta se constrói a cada dia.</b> O combate ao praticismo não requer somente uma práxis ideologicamente segura que engendre dialeticamente teoria e prática como meio de transformação, e sim tudo isto inexoravelmente somado a uma militância sempre presente e contínua. Para realizar <b style="mso-bidi-font-weight:normal">de fato a concepção de um movimento feito pela base é preciso, antes de tudo, estar nela e dar conseqüência real a todos os passos.</b> Temos que ter na mesma medida uma teoria que corresponda à prática e uma prática que corresponda à teoria. Assim deve ser o dia-a-dia do “Além do Mito...”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>O princípio básico de organização para luta, que inclusive procuramos defender intransigentemente dentro da tentativa – em curso – de reorganização do movimento estudantil deve sempre reafirmar-se<b style="mso-bidi-font-weight: normal">: defendemos sem pestanejar um movimento estudantil radical e substancialmente democrático.</b> Radical porque deve levar suas lutas às últimas conseqüências de sua potencialidade, sempre <b style="mso-bidi-font-weight: normal">condizente com seu programa e ideologia</b>. Significa <b style="mso-bidi-font-weight:normal">também ir às causas, sem sectarismos e nunca se valendo de atalhos fantasiosos</b>. Inerente a isso, buscamos a democracia interna, pois movimento social é para pôr a base em luta, colocando os próprios atores (no nosso caso, os estudantes) como protagonistas diretos de sua luta e organização. Ela é substantiva, pois não-ilusória, <b style="mso-bidi-font-weight:normal">sem dicotomizar direção e base, sem se manter na mera retórica fácil</b>.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="color:black; mso-themecolor:text1;" ><span style="mso-tab-count:1"> </span>Este princípio básico <b style="mso-bidi-font-weight:normal">não é uma sentença moral apriorística que assumimos apenas por conveniência</b>.</span> Ele se relaciona diretamente aos nossos objetivos de luta norteados pela emancipação humana. Movimentos sociais só podem ser realmente transformadores <b style="mso-bidi-font-weight: normal">ao adotarem métodos e práticas organizativas correspondentes com as transformações almejadas</b>. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Assim como movimentos de massas, são plenos quando as massas assumem o movimento, tomando consciência de suas necessidades e da luta para superá-las</b>. O princípio de democracia interna substantiva nos movimentos deve percorrer todas as fases da luta.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal">Da organização interna: </b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Antes de explicitarmos nossa estratégia e em que sentido devemos direcionar nossas lutas, cabe fazermos uma digressão sobre a <b style="mso-bidi-font-weight:normal">organização do grupo</b>. Isso se faz importante principalmente para aqueles que ainda não conhecem propriamente a dinâmica do grupo, além do que a reafirmação de certas práticas é sempre bem vinda. <span style="color:black;mso-themecolor:text1;" ></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="color:black; mso-themecolor:text1;" ><span style="mso-tab-count:1"> </span>O “Além do Mito...”consiste em uma organização política, independente (de partidos), que<span style="mso-spacerun:yes"> </span>congrega <b style="mso-bidi-font-weight: normal">estudantes com uma perspectiva de transformação social e tem como base a teoria marxista.</b> Vale ressaltar que esta relação sempre foi muito importante para dar ao grupo uma boa capacidade de mobilização e coesão. Pois, ao invés do que dizem as críticas destrutivas de nossos opositores, <b style="mso-bidi-font-weight:normal">o sectarismo nunca foi característica do grupo</b>. Pelo contrário, sempre pudemos <b style="mso-bidi-font-weight:normal">agregar e conviver com as diferenças (inclusive, externamente).</b> Entretanto, a relação entre as partes deve obedecer ao objetivo geral, bem como aos princípios previamente traçados. Ou seja, a base que une a todos no grupo é a nossa referência. Não existem conveniências “táticas” que justifiquem recuos que retorçam esta lógica. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Organizamo-nos para intervir no movimento estudantil local e nacional. Deste modo, se faz necessário que tenhamos uma periodicidade de reuniões para debater e planejar nossas intervenções de modo coerente e qualitativo. Assim, nos reunimos semanalmente para tratar das demandas cotidianas e, a cada seis meses realizamos espaços de formação teórica e organização interna do grupo que denominamos “vivência”. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>O grupo é <b style="mso-bidi-font-weight:normal">internamente horizontal</b>, tal como busca a construção de um movimento estudantil também horizontal. Desta maneira, <b style="mso-bidi-font-weight:normal">não há divisão hierárquica no grupo, apenas dividimos funcionalmente as tarefas quando elas surgem</b>. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Não temos os que “pensam” e os que “agem”, todos devem construir igualmente, pensando e agindo</b>. No mais, fazer parte do grupo é, além de coadunar com os seus objetivos e princípios, <b style="mso-bidi-font-weight:normal">se auto-reconhecer enquanto membro (inclusive como necessário ao coletivo) e participar da construção do mesmo. Não somos uma organização partidária que venha a centralizar seus militantes ou mesmo escaloná-los em ordem de importância e comprometimento.</b> Construir o “Além do Mito...” é participar organicamentedo grupo para, enquanto tal, intervir no e junto ao ME.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>As únicas diferenças existentes, não implicando em qualquer desigualdade interna, são as naturais, decorrentes da experiência pelo tempo de permanência no movimento. Em outras palavras, é normal que militantes mais antigos no movimento assumam até uma determinada proeminência, se destaquem pela experiência acumulada. Desnecessário discorrer que isto não implica em direção por parte destes, as decisões são sempre de igual responsabilidade e méritos de todos. Já os militantes mais novos, muitas vezes ainda “verdes” no movimento, tendem a ser mais passivos, daí nossa frequente preocupação em estimular o desenvolvimento desses novos militantes. Dessa forma, isso não significa que existe uma linha que demarque uma diferença substantiva entre ambos, colocando-os uns acima dos outros. Enfim, <b style="mso-bidi-font-weight:normal">nenhum antagonismo entre “novos” e “antigos” pode ser tolerado</b>. As diferenças existentes são assessórias, portanto a contribuição de cada um é igualmente necessária.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal">Das estratégias e táticas:</b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Em termos gerais as estratégias do grupo já foram apontadas, mas cabe aqui discutirmo-las. Tais estratégias estão, obviamente, ligadas essencialmente à gênese do grupo. No decorrer da nossa história, <b style="mso-bidi-font-weight:normal">mudamos em ênfases e alcances, todavia os delineamentos gerais já foram dados desde início</b>. Da mesma forma que os limites das nossas estratégias estavam traçados, neste caso não por nós mesmos, mas pela realidade em si (o que não quer dizer que o processo histórico não se reflita neles). É neste sentido <b style="mso-bidi-font-weight:normal">que estratégias devem existir na medida do possível, do realizável historicamente</b>. Ou seja, se propor a algo que de fato não esteja no horizonte histórico, não só é burrice, como também é um meio de fracassar nos objetivos mais imediatos e elementares. As estratégias se sustentam em uma precisa leitura da realidade.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span><span style="color:black;mso-themecolor:text1;" >Definindo a estratégia do AdM: a) <b style="mso-bidi-font-weight:normal">lutar pela perspectiva do Trabalho na universidade, que na sociedade capitalista significa uma universidade pública, gratuita, de qualidade; neste sentido, lutamos contra os ataques Neoliberais<span style="mso-spacerun:yes"> </span>à educação superior</b>. Junto a isso, temos um objetivo político-organizativo no qual se traduz pela: b) <b style="mso-bidi-font-weight:normal">reorganização do movimento estudantil, no caso a re-formação de um movimento estudantil de esquerda combativo, autônomo e radicalmente a favor dos trabalhadores na luta de classes.</b> A nossa estratégia compõe uma unidade desses dois pólos que estão necessariamente juntos, apesar de não se identificarem.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="color:black; mso-themecolor:text1;" ><span style="mso-tab-count:1"> </span><b style="mso-bidi-font-weight:normal">Mesmo fazendo uma opção de classe pelos trabalhadores, o AdM não é, tal como o ME, revolucionário</b>, por mais que engendremos uma luta anti-capitalista. Nós atuamos s<b style="mso-bidi-font-weight: normal">obre a esfera da educação, a partir da qual não se revoluciona a sociedade.</b> Seria um contrassenso imaginar, em um regime capitalista, uma universidade dos trabalhadores. Da mesma forma que uma universidade pública e gratuita não ultrapassa a sociedade de classes do capital. <b style="mso-bidi-font-weight: normal">É precisamente por isso que a luta efetiva por uma universidade pública e gratuita atende aos objetivos do Trabalho</b>, desde que relacionada a uma luta que exceda os muros da universidade e que vise aguçar as contradições do capital e fortalecer o Trabalho em todas as esferas sociais.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>A <b style="mso-bidi-font-weight:normal">luta contra a Reforma Universitária é uma resistência contra os ataques a universidade que temos hoje</b> (ou que tínhamos, visto já o estágio das mudanças). Por muito tempo vivenciamos um momento defensivo do ME contra esses ataques. Apesar de vivermos em uma conjuntura brutalmente contra-revolucionaria ( ou seja, a revolução não está posta na ordem do dia),<span style="mso-spacerun:yes"> </span>é necessário que o Movimento estudantil se articule e se fortaleça nacionalmente no intuito de uma atuação ofensiva e propositiva na construção de um projeto de universidade que queremos, sem perder nosso horizonte estratégico, ou seja a superação do Capital</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Para atingir a nossa estratégia, em todas as suas dimensões, é preciso empreender táticas que nos encaminhem no seu sentido. É preciso ter claro que por mais que não seja fácil definir exatamente qual tática é mais adequada dentro da complexidade de cada momento, torna-se necessário todo o esforço e estudo para que a partir da leitura mais próxima possível da realidade, adotemos as táticas mais acertadas, visto que táticas equivocadas podem levar a erros e derrotas históricas com consequências extremamente negativas apara a luta de classes.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Por mais que dois revolucionários igualmente comprometidos com a causa defendam táticas bem distintas para determinada situação, não significa que as duas são igualmente adequadas. A estratégia visada, com seus inerentes princípios, e o processo histórico circunscrevem os limites possíveis das táticas acertadas. A tática não é meramente uma construção subjetiva. Eis aí nossa principal tarefa e responsabilidade enquanto Grupo “Além do Mito...”.<span style="color:red;"></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Aqui seria impossível definir quais táticas visamos adotar além do nível mais abstrato que fizemos. Podemos no máximo apontar alguns modos necessários nos quais elas se inserem. Deste modo, a discussão abaixo é essencial no presente contexto, sendo fundamental para a intervenção do AdM.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>As táticas só se constituem enquanto efetivas mediações para os objetivos estabelecidos quando articuladas organicamente. Do contrário, as ações parciais perdem o sentido e tendem a se neutralizar. Portanto, é preciso que encaremos o ME enquanto um todo unitário, por mais que ele tenha suas subdivisões organizativas (entidades de base, geral, de área). A sua intervenção deve se encaminhar em um sentido e para o mesmo fim, sem deixar de resguardar as especificidades próprias de cada campo de atuação. As particularidades de cada curso com seu correspondente movimento ganham dimensão real na totalidade que se inclui. Assim, deve-se direcionar a práxis que deseja apreender o geral e o específico. Não há como intervir no todo sem entender suas partes, bem como as partes são incompreensíveis excluídas da totalidade.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Estamos hoje em luta contra a Reforma Universitária Neoliberal, não apenas contra a precarização deste ou daquele curso. Se limitarmos a luta a um curso qualquer (particularidade) o resultado óbvio é o fracasso, pois implica no não reconhecimento de todo complexo que é responsável pela precarização do curso em questão. Fatalmente não atacaríamos os fatores causais e os seus respectivos agentes decisivos, colocando todo nosso empenho em um beco sem saída. Agora, se articulamos a luta no curso em particular a todo o complexo que faz parte, não só tornamos possível a <b style="mso-bidi-font-weight:normal">não-</b> <b style="mso-bidi-font-weight:normal">precarização deste ou daquele curso, como ainda aumentamos nossa possibilidade real de vitória total, pois faríamos um embate</b> que contemplaria o sentido geral com suas particularidades. Neste sentido é preciso que a militância do ME direcione sua luta.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>O próprio ME deve ser uma unidade orgânica, sem a qual não haverá movimento reorganizado. O “Além do Mito...” visa justamente ser um instrumento para tal<span style="color:red;">.</span> Um instrumento que, por um lado, sozinho não é capaz de garantir estes objetivos, mas que, por outro, é indispensável para essa articulação do ME dentro da UFAL. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="color:black; mso-themecolor:text1;" ><span style="mso-tab-count:1"> </span>A experiência recente do ME da UFAL é demonstrativa, presenciamos o descompasso de interesses entre entidade geral (DCE) e entidades de base (CA´s). De um lado, CA´s e DA´s dispostos à luta, mas que eram podados pela direção do DCE e acabavam sucumbindo às suas próprias limitações. Inclusive as últimas atuações gerais do movimento que tiveram consequências reais foram baseadas em frentes de atuação por fora do Diretório Central dos Estudantes, o qual teve que vir à reboque do próprio movimento, mesmo a contragosto. O inverso, caso acontecesse, se revelaria tão prejudicial quanto, pois um DCE voltado para luta precisa de respaldo nas bases, sendo um pólo de articulação dos CA´s. Do contrário, as entidades só se voltariam para seu próprio umbigo, caminho este que leva, no mínimo, à paralisia e, no máximo, à burocratização e aparelhamento.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Sendo assim, se queremos reorganizar o <span style="color:black;mso-themecolor:text1;" >ME pela base e lutar contra os ataques neoliberais à educação superior precisamos hegemonizar nossas concepções p</span>or todo o movimento, em todas as suas instâncias. Isto é, precisamos que nossa militância se faça presente e atuante em todos os níveis, participando em harmonia tanto do movimento em seu próprio curso (junto à sua base) como do movimento geral. O AdM precisa, portanto, ocupar os CA´s e DA´s e o movimento geral, para que – dentro dos princípios acima explicitados – tenha capacidade real de intervenção no ME, fortalecendo-o para a luta. Se ficássemos unicamente junto ao movimento geral acabaríamos nos afastando das bases, sendo então incoerentes com nossas concepções, do mesmo modo que, se nos restringimos aos movimentos de área sacrificaríamos todo o nosso projeto. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:2"> </span>O momento histórico atual sempre é importantíssimo, a conjuntura vivida sempre é extraordinária, os próximos desafios sempre são difíceis e as tarefas sempre estão inconclusas. Nós do AdM não nos negamos a viver tudo isto e, se não conseguimos nos livrar da doença congênita do ME de cair regularmente em refluxos, pelo menos nos organizemos para tornar nosso ápice avassalador! <span style="background:red;mso-highlight:red"></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">ALÉM DO MITO QUE LIMITA O INFINITO!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:center" align="center"> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:center" align="center"> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:center" align="center">O “Além do Mito...” se reúne todos os sábados, na Praça Sinimbú, a partir das 14h. Participe!</p> <p class="MsoNormal"> </p> <p class="MsoNormal">Contatos:<span style="mso-spacerun:yes"> </span><a href="http://grupoalemdomito.blogspot.com/">http://grupoalemdomito.blogspot.com</a></p>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-3186504688955627742012-01-25T21:48:00.001-03:002012-01-25T21:50:03.193-03:00Moção de solidariedade aos moradores de Pinheirinho<p style="margin-bottom: 0cm;" align="CENTER"><br /></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="RIGHT"><span style="font-size:85%;"><br /></span> </p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="RIGHT"><span style="font-size:85%;"><em> <span style="font-size: 13pt;"><b><span>Do rio que tudo arrasta</span></b></span></em></span><span style="font-size: 13pt;font-size:85%;" ><b><span> se diz que é violento. </span></b></span> </p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="RIGHT"><span style="font-size:85%;"><b>Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem.</b></span></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="CENTER"><span style="font-size:85%;"> </span><wbr><span style="font-size:85%;"> </span><wbr><span style="font-size:85%;"> </span><wbr><span style="font-size:85%;"> </span><wbr><span style="font-size:85%;"> </span><wbr><span style="font-size:85%;"> </span><wbr><span style="font-size:85%;"> </span><wbr><span style="font-size:85%;"> </span><wbr><span style="font-size:85%;"> <span style="font-weight: bold;"> </span></span><span style="font-size: 13pt; font-weight: bold;font-size:85%;" ><span>(Brecht)</span></span></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="CENTER"><br /></p> <p style="text-indent: 1.25cm; margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"> No ano de 2003 o bairro de <b>Pinheirinho,</b> na cidade de <b>São José dos Campos,</b> foi ocupado por famílias no intuito de pressionar o governo a implementar com mais agilidade as políticas habitacionais prometidas pelo prefeito tucano Eduardo Cury durante as eleições.</p> <p style="text-indent: 1.25cm; margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"> A área até então pertencia a empresa <b>Selecta</b> que faliu em 1991 e deixou uma dívida em impostos para com o município(IPTU) em mais de <b>10</b><b> milhões. </b>Com a derrocada o terreno passou para o dono da empresa, o Libanês <b>Najis Naha</b>, um especulador conhecido por <b>manipular e inflar artificialmente</b> os preços das ações no escândalo da <b>quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em 1989</b> (com isso a hegemonia passou para São Paulo) e por ser preso na operação <b>Satiagraha</b> em 2008, junto com o prefeito de São Paulo Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas. </p> <p style="text-indent: 1.25cm; margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"> De 2003 até o presente ano mais de <b>1500 famílias</b> sem acesso à moradia instalaram-se no bairro e desde então <b>inúmeras tentativas de negociação</b> foram feitas com a prefeitura no intuito de legalizar juridicamente o espaço ocupado. Cabe aqui lembrar que <b>a problemática do acesso à moradia nas </b><span style="color:#000000;"><b>cidades já foi alvo de intensos debates</b></span><span style="color:#000000;">, em 1963 no governo de João Goulart (no contexto das reformas de base) realizou-se o </span><span style="color:#000000;"><b>Seminário de Habitação e Reforma Urbana</b></span><span style="color:#000000;">, até os dias atuais onde a </span><span style="color:#000000;"><b>pressão da sociedade civil, dos partidos e das organizações populares</b></span><span style="color:#000000;"> culminou na criação do </span><span style="color:#000000;"><b>Estatuto da Cidade</b></span><span style="color:#000000;"> (Lei número 257, de 10 de Julho de 2001), dentre os pontos presentes no Estatuto um se destaca se analisado na conjuntura do massacre de Pinheirinho, trata-se da </span><span style="color:#000000;"><b>função social da propriedade</b></span><span style="color:#000000;">, que significa que a propriedade terá seu uso condicionado ao bem-estar social, ao interesses coletivo</span><span style="color:#000000;"><b> </b></span><span style="color:#000000;"><span style="font-weight: normal;">(como se isso fosse possível numa sociedade dividida em classes)</span></span><span style="color:#000000;"> e não ao interesse privado. O Estado só deve proteger na esfera jurídica uma propriedade se ela estiver cumprindo sua função social, e a área de Pinheirinho é reflexo da incapacidade do Estado de resolver o antagonismo entre </span><span style="color:#000000;"><b>capital x trabalho</b></span><span style="color:#000000;">.</span></p> <p style="text-indent: 1.25cm; margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="color:#000000;"> A desigualdade no acesso aos bens necessários a reprodução humana é uma característica </span><span style="color:#000000;"><b>fundamental e necessária a reprodução do capital</b></span><span style="color:#000000;">, e a </span><span style="color:#000000;"><b>organização/ocupação dos territórios acaba por reproduzir essa lógica excludente</b></span><span style="color:#000000;">: temos no campo as melhores terras ocupadas pelo </span><span style="color:#000000;"><b>latifúndio e pela monocultura ligada ao agronegócio, </b></span><span style="color:#000000;">e as terras restantes pobres em nutriente, ou cujos nutrientes já tenham sido sugados, ocupadas por famílias pobres. </span><span style="color:#000000;"><b>Na cidade o que podemos visualizar é o mesmo</b></span><span style="color:#000000;">, </span><span style="color:#000000;"><b>a segregação espacial coloca de um lado belíssimos prédios, residenciais e resorts nas orlas brasileiras</b></span><span style="color:#000000;">, enquanto que para a maioria da população resta as áreas impróprias para habitação: </span><span style="color:#000000;"><b>encostas, morros, favelas, grotas e etc. </b></span><span style="color:#000000;">Um olhar mais profundo sobre os habitantes de Pinheirinho irá perceber que trata-se de </span><span style="color:#000000;"><b>pobres, negros, mulheres, idosos, grávidas, crianças, nordestinos e etc.</b></span></p> <p style="text-indent: 1.25cm; margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="color:#000000;"> </span><span style="color:#000000;">O </span><span style="color:#000000;"><b>“Grupo Além do Mito...”</b></span><span style="color:#000000;"> </span><span style="color:#000000;"><b>ao mesmo tempo em que presta solidariedade aos moradores de Pinheirinho</b></span><span style="color:#000000;">, </span><span style="color:#000000;"><b>repudia o massacre orientado pelo governo de São Paulo</b></span><span style="color:#000000;">, que desde o início da operação conta com </span><span style="color:#000000;"><b>helicópteros jogando gás de pimenta, bombas de gás lacrimogênio, balas de borrachas e cacetetes contra paus, pedras e palavras de ordem</b></span><span style="color:#000000;">. Como resultado da ação temos centenas de pessoas sem moradia e a morte de 5 pessoas, entre elas uma criança atingida por uma bala de borracha na veia jugular.</span></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><br /></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><br /></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="color:#000000;"><b>Todo apoio a luta e a resistência dos trabalhadores de Pinheirinho!</b></span></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="color:#000000;"><b>Não a desocupação promovida pelo Prefeito Eduardo Cury e sua tropa de choque!</b></span></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="color:#000000;"><b>A favor da Reforma urbana e da ocupação de propriedades ociosas!</b></span></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="color:#000000;"><b>Em defesa do socialismo e da revolução!</b></span></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="color:#000000;"> </span> </p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="RIGHT"><span style="color:#000000;"><b>Grupo “Além do Mito...” 24/01/2011</b></span></p>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-8479663902429689512011-07-31T22:43:00.003-03:002011-07-31T23:06:21.838-03:00Tese do Grupo "Além do Mito..." - UNE ou ANEL - Eis a questão?<p align="center" style="text-align: center; "><span class="Apple-style-span" ><span>UNE ou ANEL - Eis a questão?</span><br /></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Após o Congresso Nacional de Estudantes, ocorrido em 2009, no qual se fundou a Assembléia Nacional dos Estudantes Livre - ANEL, nunca tinha se apresentado, em Alagoas, a necessidade tão premente de responder à questão acerca da construção ou não dessa entidade como nos últimos quatro ou cincos meses. Identificamos que as razões do fenômeno mencionado já apontam para a resposta a ser dada a esse questionamento, ainda que ambas não se esgotem.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Entretanto, o propósito do presente texto é, antes de tudo, contribuir para a discussão acerca do processo de reorganização do movimento estudantil, sem perder de vista em nenhum momento, que atualmente a ANEL se apresenta enquanto principal experiência desse processo, por mais que com ele não se identifique por completo. Entendemos assim, pois, em primeiro lugar, que a ANEL, e o PSTU, foram responsáveis por reduzir a discussão que envolve o processo de reorganização do movimento estudantil à experiência por eles construída. Em segundo lugar, a ANEL, nesses dois anos de fundação, se mostrou incapaz de aprofundar a tendência necessária de rompimento cabal com a União Nacional dos Estudantes - UNE. Desenvolveremos esses elementos mais adiante.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Noutro documento (Para onde foi a reorganização?) já expusemos, quando fizemos uma análise circunstanciada do Congresso Nacional dos Estudantes, os passos dados pelo movimento de reorganização até a fundação da ANEL, passando pela CONLUTE, pela Frente de Luta Contra a Reforma Universitária e, pelo Encontro Nacional de Estudantes. Neste texto não iremos nos repetir, porém, é extremamente necessário que se resgate os debates sobre conjuntura nacional, concepção de movimento estudantil, entidade nacional surgida na base, entre outros que estiveram outrora na ordem do dia.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>Sendo assim, nossa análise, no presente texto, não se deterá na especificidade do 1º Congresso da ANEL, mas intentará expor uma leitura desta entidade nos seus aspectos mais gerais, tendo eles sidos expressados ou não nesse espaço nacional.</span><br /></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span><b>Dos primeiros sinais de vida...</b></span><br /></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>Não obstante o DCE da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas ter deliberado pela sua construção em meados de outubro de 2010, podemos afirmar que a ANEL somente despontou na cena política estudantil de Alagoas no dia 19 de março de 2011, quando foi realizada sua primeira Assembleia Estadual.</span><span>Isso porque esta entidade não pode se afirmar enquanto não tinha sido iniciada a reestruturação regional do Partido Socialista dos Trabalhadores </span><span>Unificado</span><span>.</span></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Ou seja, enquanto o PSTU esteve enfraquecido em sua organização no movimento estudantil, a construção e os debates acerca da ANEL não surgiam no horizonte próximo dos estudantes. Exigiu-se que uma subjetividade, mesmo que coletiva, organizada num partido, forjasse uma necessidade que não estava objetivamente posta, comprometendo, deste modo, a própria prática concreta, uma vez que os passos dessa entidade estarão seriamente limitados no que diz respeito ao atendimento dos principais objetivos reservados à entidade que deveria surgir do processo de reorganização. Aspecto, este, anunciado desde o CNE, em 2009.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>No que toca aos debates, a Assembleia Estadual foi inaugurada a partir das falas de quatro membros do PSTU que tentaram traçar a linha de abordagem de quatro bandeiras</span><span>. Eram elas: o apoio e a inspiração nas revoltas árabes, a luta por Assistência Estudantil e contra o Novo Enem, o combate às Organizações Sociais e, a necessidade de fazer surgir e fortalecer a ANEL enquanto alternativa a UNE.</span></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>Pois bem, diante da conjuntura geral </span><span>de duas, das três universidades públicas do Estado,</span><span> havia um número sensivelmente maior de pessoas presentes </span><span>-</span><span> vários deles estudantes secundaristas </span><span>-</span><span> na assembleia com a ânsia de discutir e traçar medidas concretas na luta contra o Novo Enem. Porém, a discussão mais importante do espaço se deu de maneira completamente desorganizada, tanto no que diz respeito à análise e clareza acerca do projeto, quanto na incapacidade dos companheiros do PSTU em direcionar a discussão e apontar possíveis caminhos, demonstrando, naquele momento, que a principal tarefa era apenas propagandear a ANEL.</span></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Ademais, naquele último eixo fizemos uma intervenção para problematizar o papel da ANEL e a concepção de entidade que estava sendo defendida pelo companheiro, afirmando que era imprescindível, para que pudéssemos compreender corretamente o ser da ANEL, que compreendêssemos, antes de tudo, a dinâmica e a luta dos elementos que compuseram e compõe sua gênese. Atentando para o fato de que o exercício de análise dos elementos genéticos da ANEL não se resume à critica ao momento de sua fundação – o CNE – mas, sobretudo, é o apontamento das limitações de seu desenvolvimento a partir da compreensão de seus elementos constitutivos.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >O CNE, em 2009, representava o passo mais organizativo, ainda que inseguro, do processo de reorganização do Movimento Estudantil. O que significa dizer que existia (e ainda existe) um enorme leque de temas, posicionamentos, concepções de mundo, de organização, de luta... etc. que precisavam ser remontados, ou melhor, reorganizados na consciência objetivamente posta dos estudantes. Discutir esses temas, tirar nossos posicionamentos, ou seja, redefinir nossos princípios fundamentais é – ou deveria ser – o primeiríssimo momento do primeiro passo, visto que reorganizar, na nossa concepção, é organizar de tal forma que se crie o novo. E para que o que se crie seja realmente novo – e não uma reatualização do velho – é indispensável construir novas bases, novos princípios. Ou como deixamos bem claro anteriormente: “As tarefas postas para o Congresso envolviam, pois, o debate acerca de uma gama de temas que, muito além da necessidade de uma Nova Entidade, envolviam os princípios que norteavam a reorganização, seus métodos, bandeiras políticas, concepções de mundo, de educação e mesmo de ME.” (Para onde foi a reorganização?, 2009).</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Infelizmente, não foi o que aconteceu no CNE. A clara hegemonia do PSTU nos espaços do Congresso assim como na própria Comissão Organizadora, marcou claramente como o Congresso e sua organização foram fortemente influenciadas pela política tirada pelo partido. Não queremos com isso dizer que é ilegítimo estar em maioria – ou nada que flutue perto disso – queremos apontar a forte responsabilidade do partido quanto à criação e ao desenvolvimento do Congresso. Nada mais óbvio e sensato, uma vez que o Congresso é feito pelos estudantes que estavam presentes, e se a maioria dos presentes tinha no PSTU a semelhança do que há de mais avançado nas lutas – orgânicos do partido ou não – para esses, a posição do partido seria a mais acertada, a que deve guiar esse passo da reorganização.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >A soma da estrutura inicial com outros acontecimentos que tornaram, no mínimo, complicado o decorrer do Congresso nos mostra o quanto a organização do CNE se afasta do objetivo que queremos atingir. Como, por exemplo, a inclusão de mesas em momentos desapropriados pela falta de tempo, enquanto que houve momentos sem nenhuma programação; supressão de GT’s, que sem dúvidas são os espaços dos mais valiosos para as discussões – inclusive para as minorias; a divisão da leitura das Teses em dois espaços, com a supressão do segundo; e tantos outros detalhes mais ricos estão expostos em nosso texto de avaliação já citado.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Na plenária final se concretiza a aparência conturbada do CNE. Iniciada com a votação dos consensos tirados dos GT’s e das Teses que puderam ser analisadas, ao invés de prosseguir, discutir e votar, depois disto, os pontos de dissenso – como conjuntura, gênero, educação e cultura – assim firmando boas bases, embora ainda imaturas, para o Novo Movimento Estudantil, o PSTU apresenta uma questão de ordem e propõe que a pauta sobre a criação ou não de uma Nova Entidade fosse adiantada e, mais uma vez, essa proposta é atendida. Ou seja, o partido propôs que fosse votada a criação de uma Nova Entidade sem antes, ao menos, discutir os novos eixos que iriam erguê-la!</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>Ora, se uma Entidade não pode erguer-se sem eixos, e se só foi discutido uma parte do seu conteúdo, deixando os dissensos – parte mais importante para essa composição – escancaradamente de lado, essa parte que falta só pode ser preenchida pelos velhos conteúdos, pelas velhas práticas, pelo Velho Movimento. Já nesse primeiro momento, o piso desta Nova</span><span>/</span><span>Velha Entidade já se apresentava liso e escorregadio.</span></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>Ademais, quando a proposta que defendia a criação da nova entidade foi aprovada, a partir da tese que era numericamente inferior, diante das demais teses, todos os demais setores, minoritários, se viram isolados da articulação nacional do processo de reorganização, enfraquecendo, assim, a própria construção deste. O fato do PSTU ser o setor majoritário deste processo implica numa maior responsabilidade sobre os rumos e os passos que esse processo venha a dar. Isso precisa ser constantemente lembrado.</span><br /></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <b><span class="Apple-style-span" ><span>ANEL no Movimento Estudantil </span><br /></span></b></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >É certo que a avaliação que fizemos sobre o CNE em 2009 não estava petrificada e que nossa posição, inclusive a respeito da ANEL, pode sofrer alterações durante o decorrer da história. Mas, para isso, a Entidade teria que lutar arduamente na tarefa de reverter determinações que sua gênese impõe em seu desenvolvimento. Avaliamos, já em 2009, que não era frutífero para o ME se arriscar nessa tarefa, pois a possibilidade de mais uma derrota histórica se faz tão presente e tão forte que acabaria por colocar em risco os poucos avanços já conseguidos até agora, inclusive com a importante colaboração do PSTU.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Nossa posição continua a mesma unicamente pelo motivo de que a ANEL está caminhando justamente por onde sua conturbada gênese determina. Isso significa que não tem conseguido reverter por completo essas determinações, nem nos mostra indicações de uma objetiva potencialidade para tal. Ou seja, continua afastada do que pretendemos para a reorganização.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "><span >Nos dois últimos anos, desde sua fundação, nenhuma grande luta foi travada pela entidade onde não tivesse o PSTU. Aliás, ela não existe onde não há o partido, a entidade é feita quase que exclusivamente pelo partido socialista dos trabalhadores unificado, ainda que não seja a maioria de fato. A construção recente da ANEL/Alagoas representa bem isto – a necessidade da construção de uma entidade nacional vem à tona quando o partido volta a se reestruturar no estado.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Isso está mais do que claro, quando, no começo do texto, afirmamos que a necessidade premente de responder sobre construir ou não a “Nova” Entidade, dentro de Alagoas, se faz exatamente no momento em que o PSTU aqui cresce. É espantosamente confusa como a extrema urgência dessa questão surge há, no máximo, cinco meses, apesar da sua criação datar de 2009? Para nós, não.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Cabe aqui relembrarmos um dos principais argumentos do PSTU – senão o maior deles - para se fundar uma nova entidade em 2009: precisamos de uma nova entidade para potencializar as lutas que estão decorrendo do ascenso do ME nacional. Ora, parece que esta tarefa (potencializar as lutas) não foi o que se pode verificar nestes dois últimos anos.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >A ANEL configura uma entidade representativa dos estudantes, em nível nacional, que depois de concebida vem buscar sua legitimação na base. Como pode, então, uma entidade que não tem seu reconhecimento no seio estudantil ser representativa? O debate de seus militantes quase sempre forja uma conjuntura não existente. Não temos uma base que reclame uma entidade de porte nacional somente porque a União Nacional dos Estudantes não serve mais para fazer luta.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Uma vez afastada da base, o que segura a Entidade em pé são as táticas tiradas dentro do partido, que faz com que seus muitos militantes cerrem os dentes e saiam para a militância com o objetivo último de anunciar a ANEL a todo custo, propagandear suas bandeiras, agitá-las o máximo possível para que todos possam ver que uma nova alternativa de direção está posta, agora só falta segui-la para conquistar as vitórias estudantis. É por isso que de 2009 até o início de 2011 não estava na pauta do dia a sua construção, não havia esse questionamento, pois a base dos estudantes não sente essa necessidade, ou não acha possível dentro da atual conjuntura. E hoje, essa questão não é colocada pela base, mas sim pelos próprios militantes do partido que exauridos de esperar o reconhecimento da base, perguntam-se, eles próprios, o motivo pelo qual todos os demais estudantes não a constroem.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Como a ANEL não tem esses posicionamentos fundamentais reconfigurados e nasce em um contexto de intensa crise de consciência, por mais que eles anunciem, levantem e balancem a bandeira mais correta possível, aquela realidade não está para os estudantes. E nem pode estar sem uma cuidadosa e gradual elevação dessa consciência. Defendendo muitas das vezes a bandeira correta, os militantes que constroem a ANEL certamente se estranham no meio do caminho: com a bandeira acertada em mãos, digna do Novo, realizam ações “dignas” do Velho; fruto de uma leitura fragmentada da realidade, não conseguem compreender a ocorrência de tal fenômeno, buscando explicações aparentemente plausíveis para justificar tais práticas, na tentativa de acalmar suas próprias mentes e dar uma resposta aos militantes mais sérios diante dessas afirmações dicotômicas produzidas pela própria Entidade. Por exemplo, quando, não raramente, atribuem grande parte da culpa da necessidade dessas práticas indignas aos setores que não constroem a ANEL e por isso enfraquecem as pernas da mesma.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>Uma vez criada a Entidade que defende as bandeiras mais acertadas possíveis, o PSTU acha que o que falta é divulgar a ANEL dentro de atos, através de listas de e-mails, em falas em público e no convite para seu congresso. Como se os estudantes estivessem todos plenamente conscientes do que devem fazer, maturado todo o debate pertinente a uma reorganização e só o que falta é que alguém chegue e apresente uma Entidade nova que balança as bandeiras corretas – e nesse momento, como em um passe de mágica, os estudantes se sentiriam tão identificados que o processo de lutas em pouco tempo começaria a eclodir. </span><br /></span></p><p align="justify" style="text-align: left;"> <b><span class="Apple-style-span" ><span>Do Congresso Nacional da ANEL</span><br /></span></b></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >O primeiro Congresso Nacional da Entidade foi realizado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro nos dias de 23 a 26 de junho deste ano. O Congresso contou com a participação de meados 1700 estudantes, sendo 1200 deles delegados, além de professores e trabalhadores.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>O Grupo “Além do Mito...”, por entender que se tratava de um espaço nacional importante da reorganização </span><span>da nossa categoria</span><span>, deliberou pelo enviou de observadores ao congresso. Essa deliberação também serviria para nos fornecer uma maior riqueza de detalhe e uma maior quantidade de elementos para aprimorar nossa avaliação.</span></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Estava muito claro para nós, porém, antes do início do Congresso, que este seria um espaço em certo sentido privilegiado, diferenciado, receptáculo de debates, mesas, e pessoas disposta a discutir e elaborar políticas para o movimento estudantil sob uma perspectiva de esquerda e combativa. Foi de fato, um momento que certamente ficará guardado na memória dos militantes lá presentes, pois toda a estrutura do Congresso e as experiências lá ocorridas estão muito longe do que acontece no nosso cotidiano da militância estudantil. O contato com pessoas desconhecidas que, mesmo aparentemente, compartilham de um mesmo objetivo, ou a contribuição de pessoas que não eram estudantes, as falas e até as discussões ocorridas, certamente emocionaram, se não a todos, a esmagadora maioria dos congressistas. E tudo isso por certo contribui na identificação do militante para com a Entidade.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Pois bem, pousando-se o olhar sob o fato com uma maior riqueza de detalhes, percebemos que titulá-lo como positivo ou negativo não é tão simples assim. Na UFAL, se ampliarmos o campo de análise, esses mesmos militantes, inclusive os delegados tirados para o Congresso, fizeram parte de um processo muito conturbado no contato com o ME.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>A tiragem de delegados não foge a essa regra e, como se não bastasse a insuficiência da discussão, na UFAL existiram tristes realidades como delegados sendo eleitos no último dia antes do Congresso – no curso de Geografia – e até mesmo a espantosa notícia de estudantes delegados que mal sabiam o que iriam fazer no Rio de</span><span> </span><span>Janeiro, ou, que iria sem ao menos saber que sua ida ao Congresso era como delegado.</span></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Para se ter uma idéia, Em 2009, durantes as discussões que envolveram a eleição para delegados do Congresso Nacional de Estudantes, o Centro Acadêmico de História, reconhecendo a impossibilidade de se realizar um debate adequado com a base estudantil no espaço de tempo disponível à época, deliberou por não enviar delegados, mas observadores, pois, tal postura não coadunava com a concepção de novo movimento estudantil por eles praticada.</span></p><p align="justify"></p><div style="text-align: justify;"> <span class="Apple-style-span" ><span>Além disso, pudemos perceber que os GT’s reservados aos debates </span><span class="Apple-style-span">fundamentais acerca da nova entidade, do processo de reorganização do </span><span class="Apple-style-span">ME, de seu histórico e de concepção de entidade não conseguiram </span><span class="Apple-style-span">aprofundar a leitura do processo como um todo, na qual pudéssemos </span><span class="Apple-style-span">construir a partir dela, expressando a completa incompreensão do papel </span><span class="Apple-style-span">que um novo instrumento deveria cumprir.</span></span></div><p></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >É desses fatos concretos que tiramos a afirmativa exposta anteriormente de que a ANEL não consegue romper totalmente com as práticas da UNE, ou seja, não consegue reverter a determinação histórica de sua conturbada gênese, apesar de terem programas rigorosamente diferentes entre si.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>Diante disso, somos forçados a concluir, no que diz respeito ao processo de reorganização do movimento estudantil, que a ANEL em nada avançou na principal tarefa posta em face desse processo, a saber, a negação/superação dos métodos e concepções que balizam a teoria e a prática da União Nacional dos Estudantes.</span><br /></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <b><span class="Apple-style-span" ><span>UNE ou ANEL: </span><span>não é esta a questão</span><br /></span></b></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>C</span><span>onvivendo a ANEL com a base estudantil</span><span>, conseguindo delegados para seu congresso na grande maioria das vezes sem dar chances para o conhecimento da totalidade do processo que envolve a Entidade e </span><span>ocultando</span><span> suas falhas, o PSTU tenta forjar a realidade: cria a falsa polêmica UNE x ANEL.</span></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>Tenta, dessa maneira, forjar a realidade com ideias “mortas”, pois, ao colocar a centralidade do problema da reorganização repousada sobre essa </span><span>falsa questão</span><span>, o partido cria uma compreensão aparente da realidade, existente apenas nas ideias. Uma vez consolidada a superação formal da UNE, já que a superação material é ainda tarefa da reorganização, o PSTU, ao colocar dessa forma, pressupõe a superação plena da UNE e, como se não bastasse, torna sinônimo ANEL e Reorganização. Tal postura do partido é passada aos militantes da ANEL que a reproduzem em grande escala, dando certo ar de veracidade e legitimidade, pois aparentemente afasta do PSTU a responsabilidade de ter criado tal polêmica, pintando tal falsidade como “o discurso dos próprios estudantes”.</span></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>Pensando dessa forma em relação às duas entidades, os estudantes incentivados pelos problemas do seu curso, da sua Universidade e da sociedade, e que acabaram de entrar na vida universitária, ou até mesmo militantes mais antigos do ME, que não tem claro a totalidade dos acontecimentos que compõem a Entidade,</span><span>logicamente passam a construir a Entidade.</span></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>Ao acreditar na veracidade dessa polêmica, junto com a metade da verdade da história referente a UNE, esses estudantes se ligam a ANEL. Acreditando, dessa forma, estarem no pico da contribuição para a reorganização e com isso colocam-se à disposição de defender a ANEL com unhas e dentes – uma atitude louvável, se não fosse baseada num equívoco. O que termina por acontecer é a manifestação cada vez mais clara das práticas do Velho Movimento. Agora, mascarado de novo, consegue convencer os estudantes com a ajuda dessa falsa polêmica. Além disso, espalham essa notícia como questão de vida ou morte, agora ou nunca, UNE ou ANEL, de maneira mais ampliada a cada novo estudante que desliza e cai na sua armadilha, comprometendo, dessa forma, toda a reorganização e o próprio Movimento Estudantil. </span><br /></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <b><span class="Apple-style-span" ><span>Antes de pedir passagem, o NOVO precisa aprender a falar...</span><br /></span></b></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >De tudo quanto foi exposto, gostaríamos de chamar atenção para alguns pontos finais. O primeiro deles é que estamos operando uma discussão de entidade fundada em bases distintas daquela levada a cabo pelo PSTU, setor hegemônico do ANEL. Essa distinção se evidencia quando percebemos que a partir do momento no qual o partido leva a frente um projeto de reorganização materializado na ANEL, indicando a radicalidade de suas bandeiras, sua autonomia financeira e a democracia interna enquanto elementos que a distingue da UNE, compreendemos que sua análise da reorganização fundamenta-se em parte da realidade e dos sujeitos que nela atuam.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Ou seja, há uma falha metodológica realizada pelo partido quando lê a conjuntura olhando apenas as entidades que nela habitam, quando enxergam, apenas, a expressão formal da imbricação real de aspectos subjetivos e objetivos, sem levar em conta a gama de elementos articulados que dão base a essa superestrutura. Nessa linha o PSTU continuará identificando as vitórias da entidade sempre que esta ocupar um espaço que antes estava “vazio”, sempre que ela for o vetor responsável por colocar algo onde antes não existia nada. Ou melhor, sua própria criação é enxergada enquanto vitória, pois, anteriormente, não havia uma entidade de caráter nacional que defendesse a luta contra a reforma universitária, por exemplo.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Interessante perceber que sob esta perspectiva o debate perde muito de sua riqueza e acaba se reduzindo a um mero procedimento de análise quantitativa, quando precisaríamos lutar, diuturnamente, pela conquista dos elementos qualitativos. Repetimos, é positivo que estudantes antes apáticos, hoje estejam olhando para o mundo de maneira mais crítica e tentando se organizar para praticar coletivamente essa crítica. Contudo, a questão que precisa ser respondida por todos os setores que fazem parte desse processo é: quanto a experiência dos dois anos da ANEL acumulou para o movimento de negação/superação, de rompimento, não apenas com a UNE, mas com tudo que ele representa?</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span class="Apple-style-span" ><span>Disto, extrai-se a ilação que, malgrado toda a propaganda operada pelo PSTU, o novo ainda não está pedindo passagem, na verdade, ele possui sérias dificuldades para aprender a falar, seu antigo idioma continua a lhe perturbar, suas palavras, na nova língua, precisam ser traduzidas a partir da velha, quando não ocorre de serem cognatas, ele permanece incapaz de formular frases autonomamente, sob a lógica da nova língua e, por isso, não consegue superar o velho.... </span><br /></span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <b><span class="Apple-style-span" ><span>Indo além da </span><span>falsa questão...</span><br /></span></b></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Desde quando existe, já dentro do processo de reorganização e rompido com a UNE, o grupo vem consolidando sua concepção de movimento, sempre voltado para a base dos estudantes. A necessidade de uma entidade que supere a UNE está pressuposta desde o momento em que a mesma não pode mais ser a nossa representação. Nega-se, deste modo, suas práticas de movimento distanciadas da base, burocráticas, institucionalizadas e é feito o debate sobre o total desmantelamento do aparelho que um dia foi o comitê de estudantes organizados com o intuito de mudar as condições de educação, bem como a sociedade em que vivem.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "><span >Sendo o grupo "Além do Mito...", de forma sucinta, um grupo de estudantes que se organizam para estudar e atuar politicamente, na Universidade Federal de Alagoas, por uma universidade realmente pública, gratuita, laica, de qualidade e socialmente referendada, com o objetivo de trazer à tona as contradições da sociedade reproduzidas dentro das Universidades, lutar contra as diversas formas de opressões, utilizando-se do processo de tomada de consciência dos estudantes, numa perspectiva classista, a ANEL não corresponde à nossa concepção de ME.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >O processo de reorganização, na nossa visão, impactado negativamente pela criação da nova entidade, não estanca aí. A ANEL não é o produto final da reorganização e sim um de seus frutos. Dirigem-se a nós como se a questão fosse construir a UNE ou construir a ANEL, mas a questão correta é construir a UNE ou estar comprometido com o processo de reorganização. Não nos sentimos forçados a construir a ANEL quando esta não atende às necessidades dos estudantes, que em nossa opinião é participar e reconhecer o ME, e, através da base, fazer movimento de práticas e condutas diferenciadas daquelas que todos nós queremos combater.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Que fique bem claro, contudo, que a Assembleia Nacional dos Estudantes Livre não é nossa inimiga. Isto não poderia ser quando se constrói a reorganização. Assim, nós construiremos taticamente junto com a ANEL, quando assim for necessário, mas não podemos nos abster da crítica à mesma, por mais dura que seja, muito menos construir algo que é paradoxal à concepção do próprio grupo.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Nossa tarefa ainda é de reestruturar as bases para um Novo Movimento Estudantil, estreitar o máximo possível nossas concepções, redefinir nosso posicionamento, clarear nosso objetivo, ou seja, elevar a consciência dos estudantes para que assim torne objetivamente possível uma entidade de representação dos estudantes em âmbito nacional. Dessa maneira, teremos ideias vivas e coerentes, pois possíveis de serem colocadas em prática.</span></p><p align="justify" style="text-align: justify; "> <span >Não estamos com isso, excluindo a necessidade de uma articulação de caráter nacional. Isso sempre foi e é o horizonte do grupo. Alias, cabe relembrar nossa proposta no CNE em 2009: Criar um mecanismo que pudesse reunir nacionalmente os setores comprometidos na defesa da universidade pública brasileira. Isso -- para que fique bem claro -- exclui obrigatoriamente a UNE, pois a mesma não passa de um braço do Estado no ME.</span></p><p align="justify"></p><div style="text-align: justify;"> <span class="Apple-style-span" ><span>Portanto, reafirmamos a extrema urgência em unificarmos todos os setores comprometidos neste defesa para que possamos minimamente somarmos forças neste momento de descenso do ME, tanto nacionalmente quanto em cada estado do país. Este primeiro passo é importantíssimo para este momento defensivo que estamos vivenciando na esquerda como um todo. </span> </span></div><b><i><span class="Apple-style-span" ><br /></span></i></b><p></p><p align="justify"> <span ><b><i>Grupo Além do Mito...</i></b></span></p><p align="justify"> <span ><b>Julho de 2011</b></span><br /></p>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-52333299049123552732011-06-14T13:25:00.001-03:002011-06-14T13:29:57.992-03:00Além do Mito...Nossa luta é pela educação<br />mais humana possível:<br /><br /><br />aquela que torne crível<br />dentro de cada indivíduo<br />o poder que existe na sua mão.<br /><br /><br />Essa consciência, ainda<br />que digam que não,<br />é o instrumento para<br />escrevermos nossa história.<br /><br /><br />Lutamos não por sermos<br />diferentes dos demais.<br />Pelo contrário, nos<br />sentimos tão iguais<br />que sentimos doer<br />forte a dor do mundo.<br /><br /><br />A única diferença<br />é não acreditarmos<br />no mito de que não podemos<br />ir além do que somos hoje<br /><br /><br />É por isso que vem<br />do fundo um grito<br />forte, firme e esperançoso:<br /><br /><br />revolução!<br /><br /><br /><br /><br />Poema feito por Rafael João para o grupo "Além do Mito..."Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-31509116064571554582010-09-20T02:54:00.005-03:002010-09-22T13:59:23.528-03:00“NÃO HÁ VAGAS!”<p style="margin: 0pt; text-align: right;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><b><span style="font-size:100%;">Grupo “Além do Mito...”</span></b></span></p><p style="margin: 0pt;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;">Aqui, na Universidade Federal de Alagoas, estamos vivendo um problema que não vem recebendo merecida atenção muito devido à conjuntura defensiva em que os movimentos combativos se encontram, refletindo diretamente no movimento estudantil e deixando certas questões a mercê de um onda silenciosa...</span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><br /></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"><br /></span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style=""><span style="font-size:100%;">Vivemos a realidade de um Restaurante Universitário (R.U) extremamente limitado, oferecendo apenas 1000 vagas para comensais dentro de uma comunidade estudantil que supera os 18 mil discentes e que tende a crescer a cada ano, principalmente depois da aprovação do pacote de projetos de desmonte da educação superior do governo Lula (REUni, Novo ENEM, etc.) pela gestão de nossa universidade.</span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><br /></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style=""><span style="font-size:100%;"><br /></span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style=""><span style="font-size:100%;">Neste ano, houve uma grande entrada de turmas no segundo semestre, acrescentando mais de 1500 novos estudantes à UFAL, contudo foi publicizado que o R.U. abria uma quantia absurdamente pequena de apenas 112 vagas. Dentre esses novos estudantes, apenas 7,2% terão chance de serem comensais no Restaurante Universitário.</span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><br /></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style=""><span style="font-size:100%;"><br /></span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;">Diante desse quadro, se faz necessária uma pergunta: por que os estudantes estão coniventes ao brutal ferimento à assistência estudantil? Acontece que os estudantes estão tão acostumados a “não ter” que se contentam quando recebem o mínimo dentro dos direitos que merecem, desconhecendo também seu potencial de conquistas em consequência de mobilizações organizadas!</span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><br /></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"><br /></span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style=""><span style="font-size:100%;">O “Além do Mito...” fez um apanhado dos R.U.s em instituições federais e estaduais do Brasil todo, comprovando a mediocridade do nosso restaurante. Tais dados podem ser encontrados espalhados por cartazes pela instituição e em nosso blo<span style="text-decoration: underline;">g</span></span></span><a href="http://grupoalemdomito.blogspot.com/"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;">. </span></span></a><span><a href="http://grupoalemdomito.blogspot.com/"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;">Além disso, ao analisar essa denuncia mais a fundo, há uma questão assombrosa relativa à acordos jurídicos feitos pela reitoria pós ocupação de 2007, que não foram cumpridos, tais como o compromisso por amadurecer um projeto “RU PARA TODOS”. Cabe aqui o Importante destaque da compreensão do papel de grupos estudantis na cobrança dos frutos de tais acordos não levados ao fim!</span></span></a></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span><a href="http://grupoalemdomito.blogspot.com/"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"><br /></span></span></a></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"><br /></span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;">Semestre passado a Reitoria anunciou um novo restaurante a ser construído em 2011, também restrito, mas desta vez pra 2.000 refeições. Mas ainda não se sabe o quão universitário será. Nós estudantes devemos nos organizar para garantir que este restaurante seja realmente universitário, para que toda a Comunidade Universitária possa usufruir do mesmo sem limitações!</span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><br /></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"><br /></span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style=""><b><span style="font-size:100%;">É por essas razões que trazemos a cabo a denuncia do que vem sendo vivenciado no Restaurante Universitário, no dia-a-dia dos estudantes da Universidade Federal de Alagoas: “</span></b></span><span style="font-family:'Liberation Serif';"><b><span style="font-size:130%;">NÃO HÁ VAGAS!</span></b></span><span style="font-family:'Liberation Serif';"><b><span style="font-size:100%;">”.</span></b></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><br /></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><b><span style="font-size:100%;"><br /></span></b></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><b><span style="font-size:100%;">Sim, nós sabemos que hoje “NÃO HÁ VAGAS”, contudo não aceitemos que nos privem de mais um direito básico estudantil! Vamos abrir a boca para garantir nossos direitos e continuaremos nossa luta mesmo quando estivermos de boca cheia!</span></b></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><b><span style="font-size:100%;"> </span></b></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><b><span style="font-size:100%;">Chamamos todos os estudantes a participarem dessa luta!</span></b></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><b><span style="font-size:100%;">Primeira reunião da campanha nesta quinta-feira (23/09/10), às 17h, na praça ao lado do Restaurante Universitário!</span></b></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><br /></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><b><span style="font-size:100%;"><br /></span></b></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><b><span style="font-size:130%;"> </span></b></span></p><p style="margin: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family:'Liberation Serif';"><b><span style="font-size:180%;">POR UM R.U. PARA TODOS!!!</span></b></span></p>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-16470096848848323882010-09-14T01:18:00.003-03:002010-09-20T03:02:19.200-03:00Balanço do grupo além do mito sobre a campanha do plebiscito popular pelo limite da propriedade de terra<div style="text-align: justify;">A campanha nacional do plebiscito popular pelo limite da propriedade de terra, organizada pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, que congrega importantes entidades como a CNBB (conferência nacional dos bispos do Brasil) e a OAB (ordem dos advogados do Brasil) dentre outras, terminou neste domingo dia 12 de setembro na maior parte dos Estados do País. Por entender a importância de tal campanha o Grupo Além do Mito se dedicou a construir a mesma em diversas localidades da cidade de Maceió e dentro da UFAL participando deste que foi sem sombra de dúvidas um momento importante na luta pela terra em nosso país.<br /><br /></div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span> </span>Entendemos no debate do plebiscito a possibilidade de recolocar a discussão da reforma agrária em nosso país para a população, o tema há muito se encontrava perdido ou tratado de forma pejorativa pela mídia.<span> </span>A campanha consistiu em um plebiscito com duas perguntas e um abaixo assinado cuja intenção seria propor ao congresso nacional um inciso na constituição limitando o tamanho máximo da propriedade de terras para 35 módulos fiscais (valor que próximo as cidades equivaleria a 175 hectares e próximo da região amazônica a 3.500 hectares).<br /></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><br /></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;">Avaliamos tal proposta como obviamente uma proposta limitada, haja visto que uma propriedade média equivaleria a 15 módulos fiscais, ficando a posse de grandes propriedades ainda plenamente assegurada, e principalmente por esbarrar nos claros limites do Estado democrático de Direito, não tendo um horizonte para além disso. No entanto, é perfeitamente razoável a proposta na atual conjuntura defensiva em que se encontram os movimentos sociais e pautas como a luta dos trabalhadores sem terra encontram-se totalmente distante das massas. O maior ganho da campanha foi levar para a juventude e para os trabalhadores do Brasil a necessidade de repararmos esse erro histórico de nosso país, reavivar esse importante debate no seio de nosso povo.</p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;"><br /></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;"><b>O PLEBISCITO EM MACEIÓ</b></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;">Por ser a única cidade em que atuamos, o grupo além do mito concentrou seus esforços na cidade de Maceió, ficando , portanto impossibilitado da nossa parte fazer qualquer avaliação sobre a repercussão do plebiscito no interior do Estado. Apesar de nossas debilidades, fizemos o possível para garantir todas as urnas que nos predispusemos: estivemos presentes no centro da cidade, na missa da padroeira da cidade, no grito dos excluídos e <span> </span>dentro do Campus A.C Simões da UFAL, construindo ombro a ombro com os companheiros da CPT e do MST esta importante tarefa.</p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;"><br /></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span> </span>Reiteramos que apesar dos erros e das debilidades estruturais do grupo nos esforçamos ao máximo, entendemos que a desorganização de alguns movimentos que estavam construindo a campanha (do qual o além do mito é um exemplo) são reflexo desse momento defensivo que vivemos, difícil para todos aqueles que constroem movimentos de resistência e de enfrentamento contra a burguesia.</p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><br /></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span> </span>Não podemos deixar de lamentar, porém, a ausência que se fez notar da parte de muitos sindicatos e partidos que outrora estiveram presentes em lutas como esta que foi travada no estado: a burocracia sindical, como muitos dos sindicatos ligados a CUT, que em muito pouco ou nada contribuíram na construção do plebiscito, isolou completamente muitos setores do movimento, enquanto que alguns giraram todas as suas forças para as eleições e esqueceram que a organização popular tem que ser feita de baixo. <span> </span><span> </span>O plebiscito popular provou concretamente que os trabalhadores da cidade de Maceió encontram-se praticamente sem organizações políticas a seu serviço, a exceção da já mencionada pastoral da terra, do MST e outros movimentos do campo e importantes companheiros como o grupo “resistência popular”.<br /></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><br /></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;">No que concerne ao movimento estudantil, lamentamos profundamente a ausência dos companheiros da ANEL na construção da campanha aqui no Estado, exceto por uma única urna na UNCISAL que mesmo assim ficou muito pouco tempo. Diferente do que aconteceu na UFAL, onde a unidade entre os grupos Além do Mito e Correnteza foi deveras importante e fortaleceu em muito a construção do movimento nesse ato. Nossa avaliação é que a nova configuração do DCE, através da proporcionalidade entre as correntes proporciona a possibilidade de que as forças atuem em conjunto e construam uma plataforma comum, diferente do que vinha acontecendo em que havia um isolamento claro das correntes do movimento, mesmo com determinadas concepções táticas muito semelhantes. Apesar de problemas ainda persistirem, principalmente em relação à falta de comunicação entre os próprios diretores da gestão, fica o exemplo de que a unidade de atuação pode ser construída e ser bem sucedida.</p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;"><br /></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span> </span>Por fim, fica a sensação de que muito ainda precisa ser reconstruído em Alagoas no que concerne a luta do povo. O além do mito espera contribuir com os importantes setores que estiveram a frente da campanha e se coloca a disposição para, na medida do possível ajudar a travar importantes batalhas como essa.</p>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-68893175474579849892010-02-02T22:16:00.003-03:002010-02-02T22:30:54.333-03:00Nota sobre o aumento das passagens<p class="western" align="CENTER" style="margin-bottom: 0in"><b>Nota do grupo “Além do Mito...” sobre o aumento das passagens</b></p> <p class="western" align="JUSTIFY" style="text-indent: 0.49in; margin-bottom: 0in"><br /></p> <p class="western" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0in"> O aumento do valor das passagens do transporte público na cidade de Maceió já se tornou algo tão corriqueiro que pode passar a ser incluído em nossos calendários. Toda primeira semana de janeiro somos presenteados por nossos governantes com aumentos abusivos que são, via de regra, muito mal combatidos pelos movimentos sociais do município. </p> <p class="western" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0in"> No entanto, o início do ano de 2010 representou uma novidade, qual seja, o famigerado aumento anunciado para os primeiros dias do ano foi adiado pelo prefeito Cícero Almeida para o final do primeiro semestre. Adiamento este que representa interesses políticos, não preocupações com a sociedade alagoana. </p> <p class="western" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0in"> Tão corriqueiro quanto os abusivos aumentos anuais são as ações perpetradas para se “combater” tais aumentos. É fato que as datas em que são marcados estes reajustes pegam desprevenidos os movimentos sociais e dificultam a resposta imediata de tais grupos perante os abusos da prefeitura. Contudo, por vezes, este argumento é colocado como <i>causa mor</i>, ocultando o que representa, ao nosso ver, uma das causas determinantes da esterilidade dos enfrentamentos passados: o <i>praticismo </i>em que está imerso o movimento, impossibilitando tanto uma articulação orgânica prévia aos aumentos quanto a manutenção de um debate posterior a estes. E como que fechando o círculo, esse <i>praticismo</i> acaba dificultando uma análise mais aprofundada e detida das copiosas derrotas sofridas em manifestações anteriores. </p> <p class="western" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0in"> Junto a isso, enxergamos como dificuldade central o fato de que as mobilizações se dão sem uma necessária discussão com a base. Parte-se do ponto de que é necessário organizar um ato e então se viabilizam, minimamente, as condições para que o mesmo ocorra. Os comitês contra o aumento das passagens formados até então não discutem formas de como dialogar com a população, como discutir de forma efetiva com os trabalhadores a questão e como publicizar melhor o próprio comitê e sua pauta para que outras forças se somem e consolidem a manifestação como uma luta comum e em prol da sociedade. Então, de forma extremamente imediatista, forças políticas se aglomeram em torno de um comitê ineficiente após o aumento já ter ocorrido ou então às vésperas do mesmo ocorrer, na maior parte das vezes contando com a participação hegemônica de entidades estudantis e escassa participação de sindicatos e outras entidades representativas. Como conseqüência os espaços de atuação acabam se tornando locais privilegiados para a pura divulgação de partidos e organizações políticas que acabam por colocar seus interesses à frente dos interesses do movimento, esvaziando a preocupação com o transporte público de suas falas.</p> <p class="western" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0in"> Nos últimos comitês que participamos constatamos todos esses problemas que, verdadeiramente, emperram qualquer processo de luta efetiva e nos propusemos a levar a discussão para a população e agir de forma mais conseqüente - proposta compartilhada inclusive com organizações minoritárias dentro do último comitê. Contudo, o que ocorreu foi um esvaziamento dos comitês por parte das forças políticas que os compunham. </p> <p class="western" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0in"> Esse ano, como já mencionamos, contamos com o diferencial do adiamento da alteração do valor das passagens, o que - se não modifica em nada o caráter da administração pública e dos empresários de Maceió, preocupados unicamente com o lucro de suas empresas - dá ao mesmo tempo àqueles que se opõem aos abusos no transporte público uma grande oportunidade para uma organização mais concisa e mais possibilitada a frear os interesses da máfia dos transportes. </p> <p class="western" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0in"> Vemos então a necessidade urgente de se convocar um novo comitê, em marcos diferenciados do que os que vinham se dando anteriormente, chamando à luta todos aqueles que não agüentam mais os aumentos ultrajantes e os ataques dos monopolizadores do transporte público. Reconhecemos a flagrante necessidade dele se pautar pelo intenso debate entre os grupos que o comporá e destes com o restante da população, no sentido de um efetivo trabalho de base, para que, aí sim, a população possa se reconhecer nesse movimento e passar a construí-lo. Não podemos recair no erro de transmitir a aparência de um movimento unicamente estudantil<b>. </b>A luta contra as intempéries da administração pública deve ser travada por todos os setores populares, vítimas dos abusos e arbitrariedades do Estado. Vislumbramos, portanto, a necessidade de uma unidade dos movimentos estudantil e dos trabalhadores em geral, que possa excluir a vaidade das forças políticas que nela se aglutinem, com fins de viabilizar a formação de um conseqüente processo de lutas. Pugnamos um movimento de resistência e não meramente um movimento de exceção. </p> <p class="western" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0in"><a name="OLE_LINK4"></a><a name="OLE_LINK3"></a> O adiamento da sanção por parte do chefe do executivo municipal fornece aos movimentos sociais um elemento objetivo de extrema importância. Agora temos meses para travar o diálogo e preparar as forças para barrar o aumento. Porém, ressaltamos, esse diálogo deverá responder às reais necessidades do momento histórico. Uma das grandes características do <i>praticismo</i> supra-referido é a incapacidade de leitura e compreensão da processualidade do real e a conseqüente falha na escolha dos instrumentos de luta. Por isso, entendemos que o desenvolvimento desse diálogo e desse trabalho de base é que devem sustentar um comitê, definindo sua organização e atuação. Os instrumentos de luta nascem a partir do efetivo movimento das massas, porque se assim não for, corre-se o risco de apoiar-se no vazio.</p> <p class="western" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0in"> Consideramos algumas atividades como concretização necessária de nossas propostas, tais como: o permanente estudo sobre a realidade do transporte público em nossa capital, bem como a comparação com a realidade de outras cidades; a realização de espaços de discussão nas universidades, escolas, sindicatos, associação de bairro, tais como seminários, grupos de trabalho e exibição de documentários. Além de panfletagem nos coletivos e pontos de ônibus como forma de despertar o debate na população em geral, usuários desse meio de transporte. </p> <p class="western" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0in"> Nesta linha, convocamos todas as organizações, forças políticas, grupos e indivíduos que estejam dispostos a firmar um compromisso com a luta conseqüente e determinada na defesa dos interesses das classes exploradas para estarem dia 9 de fevereiro, às 14h, na Residência Universitária Alagoana para realizarmos nossa primeira reunião enquanto frente de luta contra o aumento das passagens, debatendo quais passos daremos no caminho da resistência a tais abusos.</p><p class="western" align="JUSTIFY" style="text-align: right;margin-bottom: 0in; ">Grupo Além do Mito</p>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-74514506876741448972009-12-15T21:04:00.006-03:002009-12-15T21:15:36.120-03:00Avaliação do Congresso do DCE - UFAL<meta equiv="Content-Type" content="text/html; 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text-indent: 35.4pt;" align="center"><span style="font-size:13;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;" align="center"><span style="font-size:18;">Avaliação do Grupo Além do Mito sobre o CONDCE<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">O movimento estudantil da Universidade Federal de Alagoas deu um passo importante no que concerne a sua reconstrução nos últimos dias 12 a 16 de novembro. Durante esta data, delegados de diversos cursos da universidade se reuniram no VI CONDCE e reformularam o problemático estatuto do Diretório Central dos Estudantes. Dando ao mesmo a configuração que acreditavam ser a mais interessante para o momento conturbado em que vive a militância estudantil da Ufal, bem como para a esquerda e os movimentos sociais como um todo.
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">É praticamente impossível falar em CONDCE sem antes rememorarmos o que foi nos dois últimos anos o movimento estudantil da Ufal. É praticamente incontestável o fato de que vivemos um refluxo do movimento como um todo, as forças políticas de esquerda se encontram hoje – sem exceção – completamente desmobilizadas, indo pouco além de organizar seminários, palestras ou eventos de pouca repercussão política efetiva.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Não vamos aqui procurar um elemento que defina e chegue à raiz desse problema, cabe apenas ressaltar que esse descenso vem sendo compartilhado por todos os grupos que intervém politicamente na universidade, reduz o número de militantes organicamente ativos e atuantes e traz problemas de renovação de quadros para o movimento o que, ás vezes, dificulta a viabilidade de atividades e tarefas candentes e necessárias para o cotidiano do movimento.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Essa desmobilização repercutiu de forma clara e exemplar no processo de tiragem de delegados para o congresso. Praticamente não houve Centro Acadêmico ou grupo de estudantes que conseguiu realizar seu processo eleitoral sem percalços em conseqüência desses problemas que geram na base estudantil uma inevitável apatia política. Lutou-se para atingir quórum nas assembléias ou votações, tentou se mobilizar membros nas comissões eleitorais para viabilizar da forma mais efetiva o processo, lutou-se contra o relógio para conseguir realizar aquilo que em outros tempos fora tão prático e corriqueiro.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">No final das contas tivemos um número de delegados inscritos aquém do esperado, se levarmos em conta o número de estudantes que temos nos diversos campi da universidade, e um número menor ainda de delegados participando ativamente da construção do congresso. Muito disto,creditamos a falta de debate político de algumas chapas para com suas respectivas bases. Lógico que não foi um número de delegados que em si fosse capaz de deslegitimar o próprio congresso e o que nele fora aprovado, mas óbvio que, para quem constrói lutas é sempre esperado o número mais elevado possível de participantes.
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Apesar destes problemas, não deixamos de avaliar o congresso como um espaço que cumpriu com seu papel e conseguiu indicar um caminho pelo qual vai seguir agora a reconstrução da luta na Ufal, nos colocamos para reformular o estatuto e conseguimos realizar esta tarefa de suma importância. A partir deste momento, então, faz-se necessário nos determos especificamente no papel que desempenhamos no congresso enquanto força política coerente e que vem mantendo em todos esses anos sua coerência e segurança no que diz respeito ao seu projeto político.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Há anos o coletivo de bases Além do Mito vem pautando a atualização do estatuto e a construção de um congresso estatuinte. Este tema trazido a tona pelos militantes do grupo nos diversos espaços em que se fizeram presentes, particularmente nos últimos meses dentro da gestão do DCE e nos últimos CEBs ocorridos. E não é desrespeitar os demais lutadores nem tampouco pura soberba afirmar que o mérito da construção desse congresso cabe em grande parte ao coletivo Além do Mito, única força política que esteve presente integralmente em todo o processo de construção do CONDCE.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Frente a isso, também não podemos deixar de lembrar que houveram forças políticas que colocaram a construção do mesmo em segundo plano, de forma extremamente oportunista, alegando que era necessário realizarmos novas eleições e postergarmos a reformulação do estatuto para um momento indefinido. Felizmente proposta tão danosa aos estudantes da Ufal não foi levada adiante e as forças que a colocaram – a saber, correnteza e Ujs - voltaram as bases para realizar o debate da tiragem de delegados.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Já mencionamos que o número de delegados presentes nas discussões não era condizente com o número de delegados inscritos, mas não podemos deixar de ressaltar que os presentes nas discussões foram estudantes que demonstraram um genuíno interesse pelo debate da reorganização tanto a nível local quanto nacional, participando de GD’s que iam até altas horas e propondo debates em todos os espaços. Foram esses estudantes que reafirmaram o rompimento do DCE frente a reacionária UNE, marcando seu compromisso com a reorganização do movimento em outros marcos mais avançados do que os que geralmente vem sendo colocados. Foram esses estudantes que optaram por um DCE a favor da fusão entre a CONLUTAS e a INTERSINDICAL, a favor da formação de uma nova central sindical, reconhecendo a importância da reorganização do movimento dos trabalhadores. E principalmente, foram esses os estudantes que optaram por um DCE construído através do regime da proporcionalidade para pautar as lutas dentro do movimento, para articular todos os campi da universidade na tentativa de sepultar a letargia que há anos nos assola.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"> Sem admitir mais nenhuma postergação e optando por decidir naquele precioso momento o que necessitava urgentemente ser feito, os estudantes ali reunidos deram a resposta que julgavam mais interessante para responder a desarticulação que existe entre os estudantes, apostaram <st1:personname productid="em um DCE" st="on">em um DCE</st1:personname> proporcional para gerir a imensa universidade que a Ufal se tornou com a criação de mais um campus no sertão do estado. Cabendo fazer aqui a ressalva de que embora os estudantes do interior não tenham estado presentes no congresso não se deixou de pensar neles e em se formularem propostas que visassem sanar os problemas que temos conhecimento.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">O Além do mito, como grupo autor dessa proposta e como principal força empenhada na viabilização do congresso em seus aspectos estruturais e físicos reconhece o peso que exerceu nessa mudança e não deixa de reconhecer também que foi através dos debates dentro da gestão “amanhã vai ser outro dia” que se construiu o que viria a ser essa proposta formulada pelo grupo, como uma experiência que o DCE merece passar para tentar sanar os problemas que há anos vem vivenciando.
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Reafirmamos nosso compromisso com os estudantes da Universidade e garantimos que faremos a autocrítica quando ela se fizer necessária, porém, não nos furtaremos a reconhecer que prosseguimos o debate que nos colocamos desde 2007 e construímos esse congresso com o ardor de quem via nele uma necessidade impossível de ser adiada por mais tempo.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Chamamos novamente a luta a esquerda da Ufal como um todo, para prosseguirmos na luta e no debate das diferenças, criar um movimento estudantil que dê respostas concretas aos estudantes e a educação pública, um chamado inclusive aos grupos que já estiveram ao nosso lado em outros momentos e agora estão afastados da base e da luta concreta, um chamado a um movimento estudantil democrático, orgânico, autônomo e combativo. E socialista.</p> <p style="text-align: right;" align="right"><b style="">GRUPO ALÉM DO MITO...<o:p></o:p></b></p> <p style="text-align: right;" align="right"><b style=""><o:p></o:p></b></p> Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-74019099150024356982009-07-10T00:20:00.001-03:002009-07-10T00:25:34.309-03:00Para onde foi a reorganização?<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CELIMAR%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><o:smarttagtype namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" name="metricconverter"></o:smarttagtype><o:smarttagtype namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" name="PersonName"></o:smarttagtype><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} p {mso-margin-top-alt:auto; margin-right:0cm; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 22pt;">Para onde foi a reorganização?</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 13.5pt;">Avaliação do Grupo Além do Mito sobre o Congresso Nacional de Estudantes</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Este é um documento síntese do debate interno do Grupo Além do Mito... sobre a reorganização do Movimento Estudantil e as consequências do Congresso Nacional de Estudantes para este processo, o qual, por decisão do Grupo, se faz público. Busca-se um entendimento preliminar e tão detalhado quanto o possível, tendo em vista o momento em que é produzido este texto (em torno de um mês após o congresso) de em que ponto se chega da reorganização e de como se chega até ele. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin: 5pt 0cm 0.0001pt 142.3pt; text-align: justify;">“<span style="font-size: 10pt;">Como a luta de massas não mais se faz de forma direta (e este é um dos traços do momento contra-revolucionário que vivemos), mas através da mediação do burocratizado aparelho sindical e partidários (seja ele PT ou organizações menores, como PSTU, PCdoB, etc.), a luta por espaço no interior destes aparelhos substitui a militância dos revolucionários junto às massas”. - Sérgio Lessa em <i>Crítica ao Praticismo “Revolucionário”. </i></span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">O Movimento Estudantil (ME) brasileiro encontra-se frente a uma profunda necessidade de reorganização própria. Esta reorganização vem se dando em um processo que conta com avanços e recuos iniciado no princípio desta década. Em 2003, como expressão desta necessidade, ocorre o rompimento de vários setores do ME com a União Nacional dos Estudantes (UNE). Seis anos depois, tem lugar o Congresso Nacional de Estudantes (CNE), a maior iniciativa levada à frente na tentativa de sintetizar o acúmulo conseguido pelo Movimento durante este período. Tendo lugar na UFRJ, entre os dias 11 e 14 de Junho, o CNE e suas consequências, entre elas a fundação de uma nova entidade estudantil, a Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL), levam este processo a uma situação distinta de que tivemos até o momento.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Antes da tomada de novos passos, antes mesmo da formulação das próximas políticas conjuntas do ME, é imprescindível uma avaliação do que significam estes novos elementos e sua presença no cotidiano estudantil daqui para frente. É necessária uma avaliação da situação geral do Movimento Estudantil pós-CNE. Esta discussão não se poderá fazer de forma consequente descolada das implicações recíprocas que tem em relação ao período que a precede. Ou seja, de um resgate do que representou a ruptura com a UNE, as tentativas anteriores de aglutinação por fora desta entidade, as lutas que se deram neste contexto e uma série de diversos elementos que não poderão ser deixados de lado. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">É certo que viveremos um período de consequências, após o Congresso, do qual podemos apenas vislumbrar seu início. Sem dúvidas, o devido recuar da história trará mais elementos e maiores recursos para a construção desta discussão, não podendo ela se pretender acabada aqui. Porém, é a dinâmica do movimento real que exige, hoje, uma explicitação, ainda que preliminar, do momento histórico pelo qual passarão os estudantes. O objetivo do Grupo Além do Mito e deste documento é contribuir com este debate, sem o medo de enfrentarmos-nos com o tribunal da auto-crítica futuramente, ou mesmo de pôr em prática as posturas que nossos possíveis acertos demonstrem necessárias. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b>De como chegamos até aqui ou do que significa a ruptura com a UNE.</b><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A história do Movimento Estudantil é bastante documentada e, por este motivo, aqui tentaremos suprimir a discussão acerca dela em-si, mas ressaltar os pontos que se apresentam como mais relevantes para o debate <st1:personname productid="em tela. Após" st="on">em tela. Após</st1:personname> os anos de chumbo da Ditadura Militar, durante os quais representou o espaço qualitativamente superior de aglutinação dos estudantes em luta contra o regime e pelo resgate de uma democracia constitucional, a União Nacional dos Estudantes é refundada em um congresso que, talvez por ironia histórica, deu-se exatos trinta anos antes do CNE, em 1979. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Como é bastante evidente, a discussão do papel desta entidade não se pode fazer separada de uma reflexão sobre o próprio caminhar da esquerda brasileira. O período da redemocratização traz, junto com ele, um impulso a uma institucionalização cada vez maior das maiores organizações populares deste período. Somado ao processo de refluxo e de repetidas derrotas às quais é submetida a classe trabalhadora, esta institucionalização faz a luta no interior da esfera parlamentar passar, cada vez mais, a figurar como principal preocupação destas organizações. Por outro lado, as que conseguem ultrapassar a barreira parlamentar, em sua grande parte continuam perdidas nas preocupações com o jogo político geral, deixando de lado a centralidade da estruturação estratégica do trabalho para um enfrentamento direto ao capital. As consequências para as entidades que, como a UNE, possuem o papel de sintetizar a resistência popular aos projetos postos em movimento pelo capital não poderiam ser menores. É desnecessário dizer que esta tática política, de viés geralmente reformista, não pode levar os trabalhadores a qualquer outro lugar senão à mais profunda vala da derrota. Ainda assim, ela vai se tornando sempre mais presente e é cada vez mais difícil de afastar seu legado para o movimento. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A inversão do papel da ação direta dos trabalhadores e estudantes em relação à atividade parlamentar, fruto de uma impossibilidade de um diálogo frutífero com as bases sociais destes movimentos devido ao momento histórico de crise geral de alternativas para a classe que se vive, vai abrir as portas para o desenvolvimento do processo de burocratização, mais ou menos consciente, que os atinge em praticamente todos os seus níveis. Esta realidade irá justificar a valorização, cada vez maior, da disputa da direção das entidades, especialmente as que, supostamente, possuiriam maior área de representatividade e, por isto, maior peso na política nacional. É o caso da própria UNE e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Tratando especificamente do caso da entidade estudantil, embora os traços que serão citados sejam também, em partes, idênticos à central sindical, este processo se matura de maneira gradual durante as últimas décadas. As principais consequências são, justamente, a morte da democracia interna da entidade, levada à frente pela necessidade de suas direções em agarrar-se a seu aparelho, possibilitando a sua cristalização e, como não poderia ser diferente, o engessamento e o afastamento cada vez maior da UNE de suas bases e da luta estudantil. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Este processo vai se tornar inegável de tão explícito a partir da chegada do Partido dos Trabalhadores (PT) à presidência da república. Com a eleição de Lula em <st1:metricconverter productid="2003 a" st="on">2003 a</st1:metricconverter> UNE demonstra-se, de maneira clara, como uma mera correia de transmissão do governo frente ao movimento. Seu principal papel será o de, sob um discurso democrático, camuflar a verdadeira face cruel e neoliberal das políticas aplicadas pelo Governo Federal tanto na educação, quanto em diversas outras esferas. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Passando de mala e cuia para a defesa do projeto do capital a UNE, que apesar de sua inerente burocratização ainda esboçava sinais de resistência em períodos anteriores a Lula, deixa em um vazio organizacional o Movimento Estudantil combativo. Este contexto vai impulsionar a ruptura que se dá em 2003. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">É necessário, contudo, precisar o real significado desta ruptura. Ela não se dá simplesmente pelo fato de que a UNE, hoje, não organiza a necessária oposição aos projetos do capital para a educação e a sociedade <st1:personname productid="em geral. Muito" st="on">em geral. Muito</st1:personname> mais profundo do que isto, a ruptura com a União Nacional de Estudantes não deve significar, apenas, o abandono do aparelho que ela representa. Não é um rompimento meramente político. É uma negação, não apenas das bandeiras atuais da entidade, mas das concepções que a dirigiram para isto e dos métodos de movimento que garantiram este processo mesmo sem sua aceitação real nas bases. É uma ruptura construtiva e em construção, posto que sua principal função é a de resgatar os princípios de um Movimento Estudantil classista, combativo e autônomo, capaz de tomar para si as bandeiras da classe operária e da superação da sociabilidade do capital, se não enquanto tarefa da ordem do dia, pelo menos enquanto estrutura estratégica de atuação. Somente assim, o processo de reorganização poderia ser consequente em seu todo e coerente com suas própria premissa, qual seja: a UNE está morta para a luta.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b>Dos caminhos e contradições da reorganização.</b><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">No momento de seu acontecimento o rompimento com a UNE não poderia ter sido mais polêmico. Em verdade, somando-se os setores organizados do ME que afirmaram a ruptura com a entidade obtinha-se uma minoria do que representava o todo do movimento. Por outro lado, se quantitativamente os setores dissidentes representavam pouco peso entre os estudantes, restou demonstrado, depois de um curto período que em termos qualitativos a realidade apresentava-se de maneira diversa. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Fundada em 2004, <st1:personname productid="em um Encontro Contra" st="on">em um Encontro Contra</st1:personname> a Reforma Universitária, na UFRJ, a Coordenação Nacional de Lutas dos Estudantes (CONLUTE), apresentou-se como o primeiro pólo de aglutinação nacional daqueles setores que passaram a negar a UNE. Enquanto esboço de organização a CONLUTE esteve presente nos principais focos de luta que se deram no período que seguiu sua fundação, com um destaque especial para as ocupações de Reitorias que ocorreram em 2005 e os Comandos de Greve que se organizaram nas IFES naquele ano. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Em oportunidades anteriores discutimos os limites e acertos que identificamos na experiência da Coordenação. Por isto, aqui queremos destacar apenas os pontos mais relevantes para o debate posto. A CONLUTE foi a primeira tentativa de articulação nacional do Movimento Estudantil construída completamente desvinculada da União Nacional dos Estudantes. Como não poderia deixar de ser, por esta própria realidade sofreu em sua trajetória dos mais diversos obstáculos estruturais, metodológicos e, em certa medida, políticos. Exemplos são a constante confusão de funcionamento de seus fóruns (não se tinha por certo quem estaria apto a convocar reuniões e como as convocaria, qual o peso real dos colegiados estaduais e regionais que chegaram a se formar, quem tinha legitimidade para falar em nome da Coordenação etc.), a ausência de um programa de princípios claro e rígido, a frouxidão de seus métodos etc. Até mesmo o relativo sectarismo de suas posturas iniciais pode compor este rol de deficiências. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Estas questões, no entanto, encontram sua causa na própria essência do que era a Coordenação Nacional. Ou melhor, no que ela não era. A CONLUTE não era, nem se pretendeu ser, uma entidade. Não chegou a possuir regimentos, princípios, estatuto, fóruns de deliberação de bases, real legitimidade etc. E não possuía, de fato, a função de suprir esta lacuna. Seu papel foi o de ser um espaço de síntese do ME que se organizava em torno daquele que seria o início consciente do processo de reorganização dos estudantes.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Nada disto impediu que ela alcançasse méritos em seu caminho. A experiência deste instrumento trouxe pelo menos dois ganhos ao Movimento que conseguimos facilmente identificar. O primeiro deles foi a experimentação de uma nova geração de estudantes disposta a construir a luta de uma maneira qualitativamente nova, com uma reflexão mais aprofundada sobre o que representa a burocratização no seio do Movimento e um ímpeto combativo que a fez, inclusive, prescindir de entidades para organizar sua resistência ao projeto neoliberal em curso (a exemplo da própria UNE, mas também de entidades de base que encontravam-se sob o domínio do aparato governista e, por isto, engessadas, como foi o caso e o papel do DCE-UFAL na ocupação de reitoria e greve de 2005). </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">O segundo ganho foi a materialização, pela primeira vez, de uma crítica consequente à experiência da UNE em conjunto com a apresentação de uma postura coerente à situação vivenciada pelo ME. Ou seja, a CONLUTE teve o mérito de, pela primeira vez, formular e construir uma tentativa de diálogo com a base estudantil no sentido de apresentar e bancar a proposta de uma radical ruptura com a entidade estudantil burocratizada e governista. Este debate conseguiu enraizar-se em alguns focos do país, estando mesmo entre alguns dos locais de maior articulação das lutas, chegando a constituir colegiados estaduais da Coordenação. Além disto, teve seus reflexos mesmo no movimento de área, em que, em diversas executivas de curso, formaram-se articulações de estudantes em torno da proposta de ruptura com a UNE( podemos citar como exemplo as executivas dos cursos de Educação Física, Letras, Comunicação, Medicina, Nutrição, Serviço Social, História, Biologia etc., e mesmo em cursos sem executivas organizadas como Ciências Sociais e outros). </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Mesmo com todas as limitações citadas, e graças aos méritos que também devem ser reconhecidos, a CONLUTE conseguiu, então, demonstrar algo que, anos depois, não pode mais ser negado: a luta estudantil não encontra mais possibilidades de construção por dentro da UNE. Isto acabou fortalecendo a polarização, por vezes hipervalorizada por certos setores (de ambos os lados da corda), mas realmente existente entre a CONLUTE e a antiga entidade. Sem dúvidas o sectarismo inicial dos setores da Coordenação Nacional abriu margem para equívocos de leitura geral, mas por outro lado, não se pode cair do discurso vazio de que não existiu uma concorrência real e antagônica entre os dois instrumentos. Se por um lado a UNE representava, já àquele momento, o imobilismo e o governismo, a CONLUTE representou, se não de fato, pelo menos em potência, a construção das lutas e a autonomia frente aos projetos do capital. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A impossibilidade de construção consequente de lutas por dentro dos fóruns da União Nacional dos Estudantes demonstra-se de maneira definitiva a partir da construção, em 2006, da Frente de Luta Contra a Reforma Universitária. Pela primeira vez os setores que romperam com a UNE e os que nela permaneceram, mas que tinham posturas táticas comuns, dentro de um espectro geral de oposição de esquerda ao Governo Lula, reúnem-se em um instrumento no intuito de construir lutas conjuntas. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A Frente de Luta demonstra-se capaz de impulsionar com mais força as lutas dos estudantes, o que resulta no processo de ocupações levadas à frente no ano de 2007. No entanto, suas limitações eram ainda mais fortes do que seus méritos. A Frente, mais do que qualquer outra coisa, demonstrou-se como um pólo superestrutural de organização. Seu funcionamento através do método do consenso, na prática, abriu margem para os mais diversos acordos entre as direções do processo, engolindo as minorias e mesmo os militantes de base. A própria CONLUTE não serviu para nada além de um suporte tático para a política do PSTU em suas tentativas de aproximação tática ao PSOL. A situação chegou ao cúmulo de reuniões do Colegiado Nacional da Coordenação serem convocadas para depois de plenárias da Frente, o que demonstra que a CONLUTE não poderia agir enquanto articulação real nestes espaços de discussão, mas serviria apenas para legitimar as suas decisões, ou levar às bases as propostas recusadas de sua majoritária (belo exemplo foi Plebiscito Nacional Sobre o ReUni). </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Neste contexto, o debate que levava às bases a necessidade de ruptura com a UNE e de construção de um Movimento Estudantil renovado, foi engolido nos consensos politicistas da Frente. Isto acaba servindo para brecar, neste aspecto, o processo de reorganização que vinha tomando curso. Brecar, mas não interromper. Se algo ficou claro neste momento foi a contradição em que se meteram os setores da Frente de Oposição de Esquerda da UNE (FOE) ao continuarem legitimando a entidade, recusando um consequente rompimento com a mesma, ao mesmo tempo em que, pelas próprias implicações práticas da dinâmica do movimento, precisavam de um instrumento desvinculado de seu aparato para tocar suas bandeiras de luta.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A Frente se esgotou, consequência da própria limitação de seu método organizativo de curto prazo de validade. A contradição, porém, continuou. Durante os embates organizados no período de sua existência, em especial a luta contra o ReUni, a polarização entre Movimento e UNE demonstrou-se de maneira mais visível do que nunca. A UNE, durante todo o processo de mobilizações, jogou um papel de contra-movimento, boicotando e deslegitimando ocupações de reitoria, atos, manifestações e debates, chegando ao verdadeiro despautério de defender Reitorias e as mais diversas representações da burocracia estatal e universitária, contra os protestos organizados pelos próprios estudantes. Assim aconteceu em estados como Alagoas, Sergipe, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul etc., e nada foi mais eloquente do que o silêncio da entidade sobre a Ocupação da USP daquele momento. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Esta análise do que representa esta contradição, portanto, nos parece fundamental para uma avaliação do CNE, posto que alguns setores que o compuseram e construíram encontram-se imersos nesta situação. Por outro lado, seu peso relevante no processo de lutas faz com que o próprio Congresso Nacional de Estudantes tenha pendido para uma posição muito mais moderada em relação a esta questão do que o foi a Coordenação Nacional de Lutas dos Estudantes.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b>Da perplexidade geral: Rompimento com a UNE x construção da unidade?</b><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">É mais que evidente que o processo de reorganização não poderia se dar sem avanços e recuos em seu trajeto. Muito menos, poderia acontecer de forma absolutamente consensual entre as leituras e concepções que agem em seu contexto. É óbvio, também, que o novo sempre carregará traços da realidade antiga da qual “originou-se pelos flancos”. Uma das representações deste fenômeno, no contexto da reestruturação estudantil brasileira é a postura de setores que, apesar de carregar consigo uma leitura crítica acerca do papel da União Nacional dos Estudantes, não conseguem dar consequências a ela, mantendo-se dentro da entidade sob as mais diversas justificativas. Esta realidade é, até certo ponto, bastante previsível frente à perplexidade geral em que se encontram os movimentos sociais em seu todo, graças ao momento histórico de refluxo que se vive. Contudo, é preciso ter clareza suficiente para discutir os passos que se podem dar e os que não se podem dar neste contexto.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">É necessário desmistificar o debate acerca da unidade do Movimento Estudantil. Para nós, este caminho se dá, unicamente pela discussão de qual unidade queremos e para quê ela deve servir. Assim, é importante que seja responsavelmente equacionado o debate sobre o que significa o divisionismo, hoje, no seio do ME e da reorganização do mesmo. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">É certo e consenso geral de que os movimentos sociais existem para fazer a luta e organizar a resistência popular na defesa de seus direitos e na busca de maiores conquistas. Desta forma, o sentido próprio da organização política, seja em que nível ela se der, refere-se à necessidade de um posicionamento claro, dentro da luta política que se desenvolve em uma sociedade de classes. No caso de um ME que se pretende classista e combativo, este posicionamento encontra-se, obviamente, na trincheira da transformação desta sociedade. Assim sendo, fará sentido lutar a partir do momento que se luta por um objetivo claro: a superação do atual estágio de coisas. Por certo, as implicações concretas desta postura irão dar lugar aos mais diversos debates, sobre quais são os passos reais desta tal superação. No entanto, se há algo que deve ficar extremamente claro, é o nexo entre o discurso e a prática no âmbito de sua realização.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Assim, a unidade que se busca só se torna eficaz a partir do momento que está apta a oferecer um suporte concreto para as tarefas postas no caminho deste objetivo geral. A atual postura da UNE, de verdadeiro cão de guarda da política do capital para a educação, não permite nenhuma unidade possível com esta entidade. Em verdade, quando passa atuar do outro lado das trincheiras de luta é a União Nacional dos Estudantes, e não o movimento de reorganização, que inicia o processo de divisão do movimento. A unidade que se quer reconstruir, portanto, só pode se dar a partir de um programa que rompe, fundamentalmente, com aquele defendido pela antiga entidade dos estudantes. E, em consequência, através de uma ruptura com os métodos, concepções e fóruns que dão suporte a este programa: a partir da ruptura com a UNE no exato sentido que indicamos acima. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">O processo de lutas de 2007 vem a tornar esta realidade ainda mais evidente do quê em 2003. Hoje, dificilmente os setores que rompem com a UNE são ainda acusados de divisionismo, a não ser pelas correntes mais fetichistas do Movimento. Esta postura deixou de ser vista como esquizofrênica e isolacionista por boa parte do ME para, em lugar disto, tornar-se tolerável e até discutível. Por sua vez, isto não significou o imediato convencimento destes mesmos setores de sua validade política. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Assim, é possível ver um debate de profunda crítica à estrutura atual da UNE ser construído sem ser seguido pelo rompimento com a mesma. A coisa toda vai tentar ser equacionada pelos mais diversos caminhos, dos quais o principal é o da disputa de concepções sem a disputa do aparelho no interior da entidade. Justificado por discursos que identificam “lutadores dentro e fora da UNE”, ou “estudantes com sincero ímpeto de luta que ainda se agregam em redor da UNE”, este debate vai procurando se manter aproveitando a confusão geral do Movimento. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Para tanto, claro, é preciso negar a visão global do contexto atual. Levantam-se frente a isto diversas questões. Afinal, qual o espaço privilegiado de disputa de concepções do Movimento Estudantil? Os espaços que se entendem burocratizados e fetichizados da União Nacional dos Estudantes, ou os fóruns criados no próprio processo de lutas, como ocupações de universidades, congressos e assembléias de entidades de base etc.? A importância desta disputa deve levar em conta se a energia gasta com a participação dos fóruns engessados da UNE vale a pena, na medida em que, apesar de contarem com a presença de milhares de estudantes que ouvirão sempre o discurso governista, eles não têm se revertido em força material no Movimento. Quer dizer, a UNE em geral, não tem conseguido mobilizar o corpo estudantil nem mesmo para a defesa de suas pautas, a não ser em casos excepcionais como em atos em seus próprios congressos e bienais, que contam com a reunião de pessoas de todo o país em um só local, trios-elétricos, muita animação e pouca pauta política. Ao invés disto, as salas de aula, os corredores e os pátios das universidades continuam tediosos e afligidos por um silêncio político mortal quase que perene.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">No fim, nega-se a União Nacional dos Estudantes, mas não se dialoga esta negação com o único sujeito capaz de torná-la consequente e material: os estudantes. Se é preciso estar em todos os espaços, não é preciso (ou oportuno) romper com a UNE. E se não é oportuno romper com a UNE, qual o estágio da reorganização que se vê? O estágio anterior à própria negação do velho. Viver-se-ia então, um momento em que é necessário organizar a unidade do Movimento Estudantil, superar seus antigos obstáculos, resgatar suas verdadeiras bandeiras, negar a UNE, mas não o momento de oferecer alternativas para esta negação, que não necessariamente se sintetizam em uma agenda positiva para o ME. Ou seja, não necessariamente se resumem a fundação de novas entidades. Mas se realizam no processo de superação e abandono das atuais formas de movimento.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">No fim, nega-se o debate de ruptura com a base do movimento, vendo-a como necessária, como vindoura, mas não a construindo no dia-a-dia estudantil. Ou seja, impossibilitando a tomada consciente, por parte dos estudantes, da negação do velho, e do despertar para a construção do novo. Agarrando-se a uma concepção vacilante do processo atual e, em últimas consequências, ignorando o peso político para a reorganização e para a própria UNE do que significaria a ruptura de mais estes setores com a entidade. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Por outro lado, e felizmente, não é a estes setores que se deve esperar. É à base estudantil que se devem explicações e respostas. E a necessidade de atendê-las exige um debate cada vez mais coerente e alinhado ao processo real. Construir a reorganização significa sim, portanto, construir a unidade do ME, mas apenas a partir de um programa que avance a consciência estudantil e impulsione sua luta. A UNE não pode acompanhar esta realidade e, por isto, deve, invariavelmente, ser deixada de lado. Discutir estas posturas, no entanto, como dissemos, é fundamental para discutir seu papel no CNE e na reorganização. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b>Do Congresso Nacional de Estudantes. Sua construção, suas cores políticas e seu decorrer. </b><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Desde que se concretizou a ruptura com a UNE surge o debate de necessidade de construção de um novo instrumento de lutas, qualitativamente superior a ela, de uma nova entidade. Este debate, no entanto, é posto de maneira muito mais concreta a partir de 2007, como reflexo do processo de lutas que se dá naquele ano. A partir daí surge a necessidade de um fórum mais amplo do quê os que haviam sido construídos até o momento. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">O CNE seria, desta forma, o primeiro espaço real de acúmulo construído no contexto da reorganização. Os Encontros Nacionais de Estudantes (ENE's) que aconteceram, apesar de terem servido como espaços de instrumentalização do movimento, não puderam, por seu próprio formato e duração, cumprir este papel. As tarefas postas para o Congresso envolviam, pois, o debate acerca de uma gama de temas que, muito além da necessidade de uma Nova Entidade, envolviam os princípios que norteavam a reorganização, seus métodos, bandeiras políticas, concepções de mundo, de educação e mesmo de ME. Avaliar este espaço, portanto, é julgar o atingimento destes objetivos. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Desde as premissas de sua construção, o Congresso Nacional de Estudantes buscou sempre demonstrar-se qualitativamente distinto do Congresso da UNE (CONUNE). Foi organizado a partir da convocação de plenárias abertas, nas quais qualquer estudante teria direito a voz e voto, podendo encaminhar proposta, fazer-se presente nas reuniões (ao menos em tese), e discutir os rumos estruturais e políticos que garantiriam o decorrer do Congresso. Em certa medida, inclusive, a CO do CNE serviu como esboço de aglutinação política, tomando posicionamentos, lançando documentos como moções de repúdio, boletins etc., e mesmo participando de atos e manifestações na tentativa de demonstrar uma alternativa de luta para o conjunto do ME. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Contudo, mesmo o caráter acessível da construção do CNE não o blindaria de equívocos. Evidente, também, que, apesar de sua postura aberta ou exatamente por isto, a CO não pode ser entendida como um espaço em que a construção conjunta tinha um papel maior do que a disputa de concepções que nela concorreram. Queremos dizer que, mesmo com seu caráter democrático, os equívocos que podem ser creditados às atitudes da CO não podem recair igualmente sob os ombros de todos os que tomaram parte em seus debates. Deve-se relacionar, fundamentalmente, a conformação política que a constituiu. Significa dizer, os erros cometidos nos fóruns da própria CO não deixam de ser erros de seus reais autores e passam à ser da Comissão de Organização do CNE, muito pelo contrário. Desta forma, há um aspecto que achamos de grande relevância. É necessário que se discuta em que termos se dá a clara hegemonia política do PSTU tanto nos espaços do CNE, quanto da própria Comissão que o organizou. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Como não pode ser negado, entre os setores que rompem com a UNE em 2003, o PSTU é aquele que, sem dúvidas possui o maior peso político deste processo. Não apenas por seu tamanho, e por ser talvez a única força, naquele momento, com proporções nacionais a fazer o debate da ruptura, mas também pela importância que teve como pólo de impulsionamento desta ruptura. É evidente que sem a participação de uma força política de tal porte o processo de reorganização encontrar-se-ia, ainda, em estado muito mais atrasado que o atual. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A hegemonia do PSTU foi, portanto, a representação de um aspecto natural da dinâmica que teve o processo de reorganização. Não há dúvidas, que o peso que esta força adquiriu neste contexto é qualitativamente diferente daquele mantido pelas forças políticas que se encastelam na direção da UNE, que, nem de longe, possuem uma sustentação real frente à base do Movimento. Ser maioria, contudo, não é apenas um êxito. Representa também uma responsabilidade redobrada com o processo que se desdobra sob sua formulação principalmente. E é neste sentido que afirmamos que os erros levados à frente pela CO do CNE têm um autor: sua majoritária, o PSTU. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Durante o decorrer do Congresso Nacional de Estudantes estes equívocos se demonstraram, como se pôde ver, reais e em sua face mais concreta. As reviravoltas na programação encerram o melhor exemplo do fato. Ainda nas reuniões de organização do CNE, a proposta apresentada pela majoritária foi criticada em seu conjunto, sendo pontuadas (inclusive por nós do Além do Mito...) a grande quantidade de mesas e painéis com que contava, restando pouco tempo para espaços de síntese real que eram os Grupos de Trabalho (GT's), ou mesmo de apresentação geral das teses que estariam inscritas para o Congresso. A única mudança essencial aceita pelo PSTU em sua proposta original foi a da retirada de um ato público que, em princípio, deveria acontecer na cidade do Rio de Janeiro durante duas horas, após a qual todos os ativistas nele presentes deveriam voltar imediatamente ao <i>campus </i>do Fundão e fazer parte de u<span style="color: black;">m GT de mais ou menos duas horas.</span> O que simples<span style="color: black;">mente</span> não aconteceria. Como era maioria nos espaços da CO, o PSTU consegue ter sua proposta aprovada.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Como não podia deixar de ser, o CNE ficou vulnerável a todos os remendos de programação possíveis, e o atraso inicial dá margem a vários acontecimentos difíceis de explicar. O primeiro deles é a inclusão de uma mesa de debates específica sobre a conjuntura atual da USP, que se aprovou, em plenária inicial (hegemonizada da mesma forma), de acontecer logo em seguida à mesa de conjuntura geral. É preciso refletir que uma mudança de programação que sirva para incluir um processo de lutas que eclode muito próximo ao Congresso não é um erro, mas algo que serve para deixá-lo em dia com a dinâmica real do Movimento. Porém, o que aconteceu é que se aumentou o tempo de mesas e impossibilitou-se a intervenção do plenário nestes debates. A surpresa foi ainda maior ao se descobrir, neste mesmo dia, que não havia qualquer atividade no turno da noite. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Ou seja, passou-se por um debate durante a plenária inicial em que as alternativas de inclusão do debate sobre a USP se colocaram todas para o mesmo turno da manhã. Depois, pelo que ficou caracterizado como uma “diferença de interpretações” das resoluções da plenária inicial, conclui-se que não haveriam GT's durante a noite deste mesmo dia. Ora, então por que a mesa da USP não foi simplesmente para o turno da noite? Ou melhor, porque a relutância tão grande em incluir este tema na mesa de conjuntura geral, restando tempo livre para as intervenções da plenária e para a realização de mais um GT durante a noite? No fim, a discussão de conjuntura não foi plena, assim como não o foi a discussão sobre a USP. Ao mesmo tempo os GT's se apertaram de uma maneira injustificada, mesclando-se a discussão sobre conjuntura e educação em um mesmo horário da programação, quando poderiam ter acontecidos duas reuniões do grupo: uma à tarde e outra à noite.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Deixamos claro que não fazemos esta discussão por um mero preciosismo de formas. Antes disto, esta discussão deve ser feita pelo fato de que, em questões de democracia, é comum que os meios representem um peso maior do que os resultados. Assim, é preciso ter claro a importância de cada espaço que deve estar presente em um encontro como o CNE. Os momentos de discussão privilegiados são, sem dúvidas, os GT's, que com seu formato permitem uma maior participação do conjunto de estudantes presentes no Congresso. Para além deles, os espaços de apresentação geral das teses que são inscritas para o Congresso (e que representam a construção política do mesmo) demonstram-se de grande importância para os debates. Sem espaços como estes, teses que contem com poucos participantes jamais conseguirão alcançar o conjunto de participantes do encontro. É evidente que uma tese que tenha dez delegados vai estar em muito menos GT's que uma tese que possua cem delegados. E isto é uma discrepância que merece ser atenuada em nome de um debate qualitativamente superior nos fóruns de organização do ME, onde a quantidade não deve ser imediato sinônimo de acerto de leitura conjuntural e coerência de concepções. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Levando isto em consideração, o decorrer do CNE se afigurou ainda mais equivocado no que se refere à programação. Na manhã do terceiro dia estava programada uma segunda atividade de apresentação das teses inscritas no CNE. Desta vez, diferente do primeiro momento que tomou parte na plenária inicial, seria o momento de uma discussão específica sobre o que cada uma apresentava em relação ao ME. Esta divisão de dois momentos distintos de apresentação das teses é, por si só, complicada. Seria muito mais bem aproveitado a soma dos tempos de ambas atividades em uma única, onde as teses pudessem ficar a vontade para tocarem sua apresentação destacando os aspectos que elas próprias julgassem mais importantes. Outro benefício seria o aproveitamento de mais este espaço (a manhã de um outro dia) para a organização de outras atividades. Esta proposta se demonstraria ainda mais viável se a programação do CNE não fosse tão carregada por mesas de debates. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A despeito de tudo isto, aproveitar o segundo debate de teses era fundamental para esclarecer o plenário sobre as posições que construíam o Congresso naquele momento. Contudo, mais este espaço foi suprimido. Mesmo tendo sido aprovado na plenária inicial do CNE, o debate de teses sobre o ME acabou, na prática, sendo substituído por um painel de histórico do Movimento Estudantil, que havia sido retirado da programação na mesma plenária. Então, o debate geral sobre ME foi substituído por uma apresentação (com fotos!) da história do famoso CONUNE de Ibiúna, uma discussão fundamental para o Movimento sem dúvidas, mas muito distante de ser prioritária <st1:personname productid="em um Congresso" st="on">em um Congresso</st1:personname> que conviveu com atrasos em uma programação que já era pesada. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Ao término da apresentação, que durou quase duas horas, já ao meio-dia, a majoritária do CNE, em uma questão de ordem, propõe a supressão do debate de teses que estava originalmente previsto. Uma medida que serviu unicamente para dar ares de aceitação ao que já tinha acontecido. Afinal, ninguém na plenária poderia realmente tomar a escolha de manter o debate, o que prejudicaria o espaço prioritário dos Grupos de Trabalho que o seguiriam. A majoritária tem sua proposta aprovada pelo plenário em uma votação da qual nos abstivemos por ela não ter absolutamente nenhuma legitimidade. De quebra, na tentativa de conferir consequência à proposta, tentou-se encaminhar os GT's imediatamente após à votação, quando era mais que evidente que aquilo seria impossível em pleno horário de almoço.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Por fim, a programação do CNE contou com: uma mesa de abertura, uma mesa de conjuntura, três painéis simultâneos de educação, uma mesa de histórico do ME, uma mesa sobre a luta na USP, um espaço de saudações internacionais à plenária, um espaço de saudação do mov. Vamos à Luta (que continua construindo a UNE); uma plenária inicial com determinado tempo para apresentação de teses; dois GT's; e a plenária final. Com o detalhe de que todas as mesas acabaram sendo executadas sem tempo para a intervenção do plenário. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Como, em uma estrutura política como esta, poderiam ser sintetizados os acúmulos que o ME adquiriu durante o rico processo de reorganização pelo qual vinha passando? Mais do que isso, como os estudantes poderiam dar conta das tarefas práticas, mas também profundamente teóricas, de consolidar concepções de mundo, conjuntura, educação, movimento, métodos, princípios, pautas, bandeiras etc., em tal espaço? O Congresso Nacional de Estudantes não cumpriu nem uma ínfima parte das tarefas que estavam colocadas para o mesmo. E isto decorre do fato de que sua democracia interna encontrou-se profundamente prejudicada, especialmente no que diz respeito ao debate realizado durante o encontro, por equívocos que simplesmente não se justificam e que, em seu todo, representaram um completo desafino com o próprio acúmulo da parcela do Movimento Estudantil que construiu aquele fórum.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b>Da plenária final e da Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL).</b><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Todo o processo narrado veio a desembocar em uma plenária final que, contando com os atrasos, com a dispersão geral dos presentes, com o debate prejudicado durante todo o encontro, e mesmo com as polêmicas que deveria superar, terminou por tornar-se conturbada e bastante diferente do que se poderia esperar. Sua deliberação mais polêmica e que, não apenas por isto, mas pela própria forma como se deu, merece um profundo balanço por parte do ME, foi aprovação da Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A ANEL, proposta do PSTU, através da tese Outros Maios Virão, pretende-se uma nova entidade estudantil. Suas tarefas, evidentemente, seriam as de organizar a luta dos estudantes, armá-los teórico-ideologicamente para as mesmas, combater alienação presente nos meios discentes, representá-los e unificá-los em torno de um programa que baliza-se pela aliança operário-estudantil e pela autonomia de seus fóruns (não apenas a governos, mas a organizações políticas em geral), como passos à construção de uma outra sociedade. Isto, claro, se ela se pretende uma alternativa real às antigas formas de movimento com as quais rompe. Ser a antítese do velho, por sinal, seria mais que um objetivo, seria quase sua própria essência. Como se deu sua construção?</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A plenária final do CNE iniciou-se com a votação dos pontos consensuais em relação às pautas que tinham sido discutidas durante os GT's e nas próprias teses inscritas ao Congresso. Importante destacar, que estas propostas foram encaminhadas para o conjunto de estudantes que se fazia presente ali, como um programa para a reorganização do ME como um todo, e não de uma entidade ou instrumento qualquer. Estas deliberações, sem dúvidas, guardaram profunda importância, mas por sua própria natureza consensual, não poderiam ser tidas como decisivas para o desfecho da plenária. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Após estas deliberações foi apresentada, pelo PSTU, uma questão de ordem que, pelo adiantar da hora da plenária, e o receio de que esta fosse gradualmente esvaziando-se por acontecer no último dia de encontro, propunha o adiantamento da votação acerca da fundação ou não de uma nova entidade, antecipando-se às pautas não consensuais sobre conjuntura, educação, gênero e cultura. Em uma deliberação conturbada, esta proposta é aceita pela plenária. Ela, no entanto, merece, ao menos, duas reflexões. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A primeira, o que faz da deliberação acerca de uma nova entidade mais importante do que a de todos os outros temas do Congresso, que, inclusive, dariam forma ao próprio programa de uma possível entidade aprovada, ao ponto de que ela não poderia, de forma alguma, ser tomada em um plenário esvaziado, enquanto todas as outras poderiam?</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">É evidente, que a própria colocação de tal proposta demonstra quais as prioridades de quem a formula. A questão de ordem, apesar de aceita pelos presentes (sendo proposta da majoritária), foi simbólica no seguinte sentido: ao PSTU, mais do que qualquer outra coisa, importava o debate da fundação da ANEL. Importava tanto ao ponto deste preceder os debates centrais acerca do programa e das concepções que norteariam a reorganização do ME. A relação entre forma e conteúdo foi, portanto, completamente invertida e tudo isto devido a uma desesperada tentativa de conferir legitimidade (talvez com fotos de vários crachás levantados) a algo que, por certo seria aprovado no CNE, mas não necessariamente será aceito pela base. O instrumento, a entidade, se demonstrou mais importante do que o seu papel, as suas tarefas e o seu significado para o conjunto do Movimento e para o processo de reorganização.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A segunda questão é: a partir do momento em que é aprovada a ANEL, em que congresso estamos, no Nacional de Estudantes, ou no da nova entidade? Do nada, todas as propostas formuladas durante meses de debates entre os militantes de base do ME, dirigidas ao processo de reorganização passaram automaticamente a serem dirigidas para o programa de uma entidade legitimada, naquele momento, por apenas uma das dezesseis teses inscritas no Congresso. Saímos, quase que misteriosamente, de um congresso da reorganização, para uma discussão sobre quais seriam os próximos passos da ANEL. É certo que esta polêmica seria apreciada e haveria uma deliberação acerca dela, mas o instrumento adequado à execução de determinado programa só pode ser pensado a partir do momento em que o programa está claro para seus sujeitos. Na prática o CNE tinha metade de um programa para uma entidade inteira.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Não foi surpresa o resultado que se deu na plenária. Grande parte das teses que haviam sido inscritas ao Congresso declararam seu rompimento imediato com aquele espaço. Dentre elas, havia tanto posições que se alinham claramente à construção do processo de reorganização, negando completamente a UNE, quanto aquelas que ainda constroem esta entidade. A fundação da ANEL, pela forma que se deu, serviu para impulsionar o processo de fragmentação do movimento de reorganização ao invés de impedi-lo. A forma de todo equivocada como se deliberou acerca do tema abriu margem para as mais diversas avaliações oportunistas que se farão acerca do processo de reestruturação do ME, tentando igualá-lo, do seu início ao fim, à falida União Nacional dos Estudantes. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Serão, justamente, as perspectivas que não confirmam o rompimento com a UNE que ganharão mais espaço neste contexto. Enquanto a antiga entidade visivelmente não representa os estudantes e não pode acompanhar de maneira alguma os processos de luta que se darão, a nova, tampouco, surge como uma alternativa clara de superação das velhas formas e métodos de movimento. O que a ANEL não pode suprir, ainda mais com a marca de nascença que carregará indubitavelmente, é uma resposta para a crise de perspectiva geral pela qual passa o ME. A forma como foi construída (antes as formas, depois o conteúdo) acaba demonstrando que sua única pretensão é a de ser um novo instrumento para o velho movimento. Na verdade, precisamos de um movimento renovado, e não apenas de uma nova direção. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b>O que esperar, afinal?</b><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Em diversos documentos do Grupo Além do Mito... e mesmo na tese e na pré-tese que construímos e assinamos para o CNE fizemos a discussão acerca do significado de uma nova entidade para o Movimento Estudantil neste momento específico. Para discutir os rumos do ME, no entanto, isto precisa ser retomado, ainda que de forma sintética. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Frente ao momento de refluxo geral em que vivem os movimentos sociais, testemunhamos uma profunda crise de consciência da classe trabalhadora. Ela não consegue dar uma resposta, enquanto classe, para os problemas que enfrenta. Não consegue, portanto, construir um projeto de sociedade alternativa à que está posta atualmente. Esta crise terá seus reflexos em todas as categorias sociais que poderiam lhe dar apoio em um possível movimento de ascenso. Dentre elas, os estudantes. Alinhado a isto, temos a traição das antigas referências das lutas populares, que se transformam em novas personificações do capital. Este processo se deu com a própria União Nacional dos Estudantes no caso brasileiro. Há, então, uma caducidade geral das velhas formas de se construir o movimento e o diálogo com as massas. Estas se encontram imersas em uma intensa alienação provocada pela atual forma de hegemonia do capital. Este contexto geral dificulta uma atuação frutífera junto a elas por parte dos setores sociais que estão à frente das lutas que contestam a lógica da ordem vigente. Dificulta, mas não torna absolutamente impossível.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Frente a esta realidade, os movimentos sociais buscam uma reorganização geral, que em períodos recentes se tornou a tônica no contexto brasileiro, mas acontece em todo o mundo. São novos partidos, centrais sindicais, estudantis, movimentos populares, que buscam atuar em um contexto de grande perplexidade da esquerda. O processo de reorganização existe objetivamente, e assim sendo, é necessário discutir quais são suas tarefas. É preciso ter clareza das tarefas da reorganização em um momento de refluxo. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">No que diz respeito ao caso específico do ME brasileiro, uma nova entidade se torna necessária desde o momento em que a UNE se demonstra incapaz de tocar as lutas. Mas, como dissemos anteriormente, ela se torna imprescindível apenas na medida em que representa não apenas uma troca entre aparelhos, mas uma renovação profunda do próprio movimento que organiza. Isto só pode ser provido de uma única maneira: com um processo de reorganização profundamente enraizado nas bases. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">É necessário que se precise o próprio significado disto, frente ao momento de refluxo pelo qual se passa. Ter um processo reconhecido na base estudantil não significará nunca que todos os estudantes do Brasil estarão, algum dia, sob a mesma bandeira. Isto jamais foi uma realidade, e pela própria natureza multifacetada da categoria estudantil, jamais será. No entanto, há a possibilidade real de que o processo de reorganização do ME se abra enquanto uma perspectiva a ser aceita ou recusada pelos estudantes. Isto é o que dá chão à discussão real com a base do movimento e à possibilidade de que esta venha constituir-se enquanto sujeito do processo, ou pelo menos seus setores mais avançados. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Esta não é a realidade atual do ME nacional. É evidente, que a UNE não se demonstra enquanto perspectiva para grande parte dos estudantes brasileiros. O setor do movimento que se aglutina em torno do processo de reorganização tampouco chega a representar isto. Antes, há uma apatia geral por parte do corpo estudantil, fruto da conjuntura geral de crise de alternativas pela qual se passa. A maioria não reconhece a UNE, mas, em verdade, sua grande parte não reconhece mesmo o Movimento Estudantil como um todo, sendo engolida pela reprodução cotidiana da forma de sociedade destrutiva em que vive. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Qualquer ato de construção do novo precisa, invariavelmente, passar pela consciência do sujeito desta construção. São os estudantes em sua atuação cotidiana, que podem pôr em movimento um processo de reorganização capaz de atingir seus objetivos essenciais e não a vanguarda do ME. Esta, contudo, terá a função imprescindível de tornar consciente cada passo dado pela sua base. E hoje, é importantíssimo tornar os estudantes conscientes do que significa, de todo, o não reconhecimento da União Nacional dos Estudantes que eles cultivam de forma quase que intuitiva.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Por isto, é precipitada a fundação de uma nova entidade enquanto tal. Pois a ausência da participação real e efetiva da base em seus direcionamentos, em um diálogo recíproco tanto com a vanguarda, quanto com a dinâmica dos processos de luta objetivos, joga um peso determinante no resultado final desta fundação. O momento em que se vive é, antes, o de cumprimento de tarefas negativas da reorganização. É necessário negar a União Nacional de Estudantes em seu conjunto completo e não apenas em seu aparato. Somente a partir daí é possível dar bases a uma discussão do que, realmente, representa o novo. Discussão esta que, exatamente por esta incapacidade de diálogo com as bases do Movimento se demonstra longe de ser vencida pela sua vanguarda.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Desta forma, a ANEL parece representar, e seria precipitado afirmar isto de forma conclusiva, um beco sem saída para a reorganização. Ela se demonstra superior à UNE apenas em seu programa geral. Em absolutamente nenhum outro aspecto, mesmo com toda a experimentação de métodos de organização que pretende levar a frente, ela se diferencia da velha entidade. A ausência da base real do movimento como uma sustentação indispensável para sua formação é que a joga neste isolamento histórico. É evidente que não se pode falar de impossibilidade absoluta de que esta entidade consiga superar este estado. Mas a que se reconhecer que as chances históricas disto acontecer não jogam a favor dela por tudo o que foi dito. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Isto se aprofunda com a análise dos marcos em que é fundada a ANEL. Na tentativa de aproximar os setores do PSOL que dialogam com a ruptura, e que já foram discutidos acima, o PSTU veio, ao longo do maturar de sua proposta, tornando cada vez mais tênue a diferença entre aqueles que rompem com a UNE e aqueles que não rompem. Mais uma vez, a discussão central volta a girar em torno, meramente, do programa do novo instrumento, e não de suas concepções fundamentais, a exemplo do que se passou com a Frente de Luta Contra a Reforma Universitária (ainda que de um patamar organizativo qualitativamente superior). Assim, é possível construir uma nova entidade alternativa à UNE, mas não profundamente antagônica a ela. Uma entidade de oposição de esquerda ao Governo Lula e à Reforma Universitária, mas que não rompe definitivamente com a perspectiva de movimento afirmada pelo velho e que, por isto mesmo, demonstra-se incapaz de dialogar este rompimento com os estudantes, torná-lo concreto e avançar a reorganização. E este é um limite fundamental para a ANEL.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Como dissemos no início, é evidente que qualquer conclusão, hoje, está ameaçada de mudanças por ser apenas preliminar e estar sendo construída no próprio calor da militância cotidiana. No entanto, frente às perspectivas apontadas, não se demonstra frutífero ao ME depositar suas esperanças na Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre. Ela não demonstra ter condições objetivas de cumprir as reais tarefas postas para o processo de reorganização. Por esta razão, nós do Grupo Além do Mito... não construiremos a ANEL. Nem mesmo enquanto oposição interna, posto que a própria disputa do instrumento, quando feita da forma consequente, responsável e coerente que prezamos, é uma maneira de construção e maturação do próprio. Para nós, uma entidade tão afastada da base quanto é a ANEL não abre possibilidades para tal, ainda que as razões sejam qualitativamente distintas daquelas que imperam no interior da UNE. Continuamos fazendo a avaliação, que inclusive defendemos durante o CNE, de que atualmente é necessário para o ME um instrumento capaz de sintetizar os esforços da vanguarda estudantil em direção ao aprofundamento do processo de reorganização. Um instrumento que, não sendo uma entidade e arcando com os limites que isto traz, seja capaz de afirmar e dialogar com a base estudantil o cumprimento das tarefas negativas da reorganização. Ou seja, de aprofundar o rompimento com a UNE e tudo aquilo que ela representa para o ME, além de tocar as lutas estudantis do próximo período.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A resolução prática da tarefa de construção deste pólo de organização é algo que ainda precisará ser formulado frente ao contexto de fragmentação do qual se saiu do CNE com os rumos que tomou a plenária final do mesmo. Ao mesmo tempo, é necessário haver clareza no fato certo, e positivo, de que a ANEL irá organizar lutas importantes no momento em que se abre em nossa frente. Dialogar com esta realidade exigirá maturidade dos setores combativos que não a constroem. Será necessário reconhecê-la como uma possível aliança tática para os embates que virão. Isto não legitima seus fóruns, nem seus métodos, apenas reconhece o peso objetivo, no ME, dos setores que a compõem. Já construímos diversas lutas ao lado de setores que continuam reconhecendo a UNE, mesmo aqueles que sequer a criticam enquanto instrumento e perspectiva de Movimento. O mesmo acontecerá em relação à ANEL. </span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Estaremos dispostos a construir a luta com quem quer que seja a partir de uma unidade tática que tenha como suporte um programa que avance a resistência e a consciência estudantil. Estaremos ainda mais dispostos a nos incluirmos, dentro do alcance objetivo de nossas forças, na realização da hercúlea tarefa de reorganização do Movimento Estudantil. Mas isto se dará junto a uma intransigente convicção de que isto se faz pela base, nas lutas. E com a perspectiva de fundo de que reorganizar o Movimento Estudantil é, na verdade, organizar o desorganizado, não apenas oferecer algo pronto para quem não se encontra preparado para construí-lo. É dar corpo à afirmação do realmente novo e negar o velho, suas faces declaradas e todos os seus disfarces.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt;">GRUPO ALÉM DO MITO...</span></b><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Maceió, Julho de 2009.</span><o:p></o:p></p> <p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-88332003219102328142009-05-30T23:39:00.001-03:002009-05-30T23:48:11.602-03:00Tese assinada pelo Além do Mito para o CNE<meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"><title></title><meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Win32)"><style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="center"> <span style="font-size: 32pt;font-size:7;" ><b>Tese:</b></span><span style="font-size: 22pt;font-size:6;" ><b> Amar e Mudar as Coisas!</b></span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="right"> “<span style="font-size:130%;"><b>Lutar para estudar, estudar para lutar!”</b></span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Este documento é uma contribuição do grupo “Além do Mito...” e outros estudantes da UFAL ao Congresso Nacional dos Estudantes. Trata-se de parte de nossas discussões sobre os três principais eixos do congresso: conjuntura, educação e Movimento Estudantil. O debate mais aprofundado pode ser encontrado em nossa pré-tese, disponível no site do congresso e <span style="color:#000000;">no blog </span><span style="color:#000000;"><i>grupoalemdomito.blogspot.com</i></span>.</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="center"> <span style="font-size: 16pt;font-size:130%;" ><b>A Crise do Capital</b></span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> </p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Mais do que nunca, os tempos atuais testemunham as dificuldades às quais está submetida a humanidade. O caos da violência urbana, a degradação ambiental, o crescimento das desigualdades sociais, a política de guerra das grandes potências econômicas, são apenas mostras dos problemas que acontecem cotidianamente e afetam a todos. Para enfrentar os desafios históricos que estão postos hoje, é necessário discutir suas raízes profundas.</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> O capitalismo, atual modo de produção, é, em última instância, fundado na desigualdade. Está originado na diferença entre aqueles que possuem os meios de produção e aqueles que não possuem nada além de sua força de trabalho para garantir sua subsistência. Seu objetivo final é a sua própria valorização. Mais importam os lucros do que os homens. </p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Vivemos uma Crise Estrutural do Capital. Isto significa que ele não consegue mais driblar seus limites. O Capital, nos dias atuais, não possui mais a margem de manobra que, um dia, permitiu-lhe garantir direitos para a classe trabalhadora, como foi o caso do Estado de Bem-Estar Social. Por isto, é possível perceber cada vez mais os ataques a estes direitos e seu conseqüente recuo.</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> A Crise Estrutural, que se inicia na década de 1970, ocasionou uma significativa queda na taxa de lucros da classe dominante. A resposta para isto foi a política neoliberal que vem sendo implementada desde então. Desta forma, privatizações, sucateamento de serviços públicos e diversas outras formas de atuação fazem com que o Estado recue em diversos ramos econômicos em favor da iniciativa privada, que busca lucros onde, antes, encontravam-se direitos. </p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Os limites do Capital nos demonstram sua incontrolabilidade. Isto significa, que estão condenadas todas as tentativas de solucionar seus problemas que se dêem por dentro de sua própria lógica. Malfadadas serão, portanto, todas as tentativas de reforma deste sistema. A saída é uma ruptura radical com sua lógica e a fundação de uma nova sociedade. Nenhuma fé deve, então, ser depositada no processo eleitoral, que apenas muda os rostos do poder.</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Não bastasse, o capitalismo vale-se dos preconceitos e opressões criados historicamente para justificar sua hiper-exploração a alguns setores. Por isto mais do que quaisquer outros sofrem as mulheres, os negros e os homossexuais, unicamente para que os lucros sejam melhor garantidos. Aos que sofrem as mazelas do Capital só uma solução é viável: o Socialismo.</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="center"> <span style="font-size: 16pt;font-size:130%;" ><b>A Crise de Alternativas e o Governo Lula</b></span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> </p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> As constantes derrotas impostas pelo Capital aos trabalhadores e a traição das tradicionais organizações da esquerda mundial, que mais privilegiaram as disputas parlamentares do que a luta direta dos explorados, fez com que o “canto da sereia” capitalista fosse ouvido e convencesse a bilhões. Para tratar dos que não o engoliram foi intensificada a política de repressão e criminalização dos movimentos populares. </p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Vivemos a mais longa época de refluxo dos movimentos populares da história. Desde as mobilizações de 1968 e as rebeliões latino-americanas, como o movimento dos sandinistas, não testemunhamos contestações radicais à sociedade do Capital. Isto demonstra que os trabalhadores vivem uma verdadeira crise de alternativas, não tendo o Socialismo como seu norte, apesar de qualquer vitória desta classe ser impossível sem ele. O resgate da bandeira revolucionária se torna, então, indispensável.</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Esta realidade, somada ao desgaste da direita tradicional, permitiu que o Capital escolhesse as suas novas personificações, que são representadas por antigos líderes da esquerda, eleitos pelas massas. Entre eles: Lula. Sua função primordial não é outra senão tornar dócil a reação das classes exploradas perante aos ataques cada vez mais frontais aos seus direitos e à sua dignidade levados à frente pelo capitalismo.</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> No Brasil, este ciclo se conclui em 2003, com a chegada do Partido dos Trabalhadores à presidência. Sua forte presença histórica nas organizações de luta do país, como a UNE e a CUT, fazem com que estas passem de “mala e cuia” para o lado do governo, sendo consumidas, burocraticamente, pelo processo de subordinação do braço social do movimento (sindicatos, entidades estudantis, mov. populares) a seu braço político (o partido). Tudo isto acarretou em grande perplexidade no seio dos movimentos sociais brasileiros, que se encontram divididos e desnorteados.</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Lula, no entanto, nada mais faz do que aplicar, com uma ortodoxia maior que seus antecessores, os cânones do neoliberalismo. Sua política em nada se diferencia, na verdade até aprofunda a de FHC e Collor. Isto se estende das Reformas por ele aplicadas (previdenciária, universitária etc.) à corrupção de seu governo.</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> A saída para os trabalhadores, por tanto, é a re-organização de suas forças. Hoje, a conjuntura aponta para uma unificação dos pólos de luta que têm despontado no país. A mais importante movimentação que tem estado em curso é a unificação da Conlutas e da Intersindical em uma só Central Sindical. Este processo, no entanto, tem sido, ainda, extremamente marcado pela clássica divisão entre o braço social e o braço político do movimento. No entanto, ela só poderá ser efetivamente vitoriosa se for construída pela base e nas lutas cotidianas dos trabalhadores e da juventude.</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> As tarefas históricas postas para a atual geração são de um porte tão grande que este se compara apenas à sua dificuldade. No entanto, a Crise do Capital é a crise de toda a sociedade atual. Ou estas tarefas são postas na ordem do dia, ou poderá não haver futuro para a humanidade. Vivemos a mais simples, porém mais complexa alternativa dos tempos: devemos escolher entre o Socialismo ou a Barbárie. </p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; font-weight: normal; line-height: 150%;" align="justify"> Propostas:</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Não à Criminalização da Pobreza e dos Movimentos Sociais!</b></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Oposição ao Governo Lula! Contra suas Reformas Neoliberais!</b></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Nenhuma fé no parlamento! Pela organização direta dos trabalhadores e da juventude.</b></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Apoio à Unificação da Conlutas e da Intersindical construída a partir de um Encontro com real participação da Base!</b></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Não à sangria bilionária às empresas e bancos em crise.</b></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Contra as demissões.</b></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Contra qualquer forma de opressão.</b></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Pelo Socialismo como estratégia dos estudantes. </b> </p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Pela Aliança Operário-Estudantil! </b> </p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Pela abertura das Universidades para os Trabalhadores</b></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="center"> <span style="font-size: 16pt;font-size:130%;" ><b>Por uma Educação para além do Capital</b></span></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="center">
<br /></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> A luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade deve ser entendida pelos estudantes dentro de uma estrutura estratégica maior do que sua aparência imediata. Esta bandeira abrange, nos dias de hoje, uma dimensão muito mais profunda de contestação da forma de sociabilidade vigente graças à Crise Estrutural do Capital.</p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Desta forma, o “educação não é mercadoria”, repetido inúmeras vezes pelo movimento, não pode ser entendido fora de uma compreensão teórica de todo abrangente, que decifre as mais íntimas relações às quais está exposta a própria educação. Fazer isto, é tornar o movimento refém de slogans, não armando seus ativistas com uma postura ideológica capaz de compreender todas as tarefas historicamente postas para eles. </p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> A incontrolabilidade do Capital, não permite que ele seja contido dentro das estratégias de reforma de seu sistema social, manifestando-se com uma força avassaladora. Este contexto força à elite econômica a utilizar diversas estratégias para recuperar a valorização de seu capital em crise. Para garantir suas taxas de lucro, que no passado encontravam-se em níveis de grande rentabilidade, a burguesia terá de encontrar novos nichos de valorização de seus investimentos. Estes novos ramos economicamente viáveis estarão, justamente, nas esferas anteriormente garantidas pelo Estado de Bem Estar Social, entre elas, a educação.</p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> A política neoliberal tem no recuo do público em favor do privado a sua principal característica. O resultado disto é o constante descaso em relação aos serviços públicos, que deveriam garantir o acesso a condições mínimas de dignidade à população mais carente e à classe trabalhadora. Com isto, a iniciativa privada pode avançar, garantindo seus lucros com o fornecimento de serviços indispensáveis a todos. No Brasil, a educação é um exemplo claro disto. Desta maneira, está armado o palco para a transformação do que um dia foi entendido como um direito inalienável em mera mercadoria ao acesso unicamente daqueles que possam pagar por ela.</p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> O rebaixamento sofrido pela esfera educacional é extremamente claro. Por um lado, o impedimento, a muitos, ao acesso a uma formação que realmente esteja submetida a critérios reais de qualidade. Por outro, a submissão completa da formação humana às necessidades do mercado passa a ser a regra. Combinada com o sempre presente discurso da limitação financeira para o ensino público faz, então, imperar o conhecido darwinismo acadêmico, onde o “publique ou pereça” vira a medida do verdadeiro compromisso com a produção de conhecimento. Produção que não atende às necessidades sociais, servindo, mais uma vez, à reprodução do Capital.</p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Diante disto, a bandeira do acesso irrestrito à educação apresenta-se estratégica para o Movimento dos Estudantes. O capitalismo, refém de seus limites objetivos, não pode garantir este direito a todos os seres humanos, embora seja claro que estes deveriam possuí-lo. A universalização de uma formação humana, capaz de fazer com que cada indivíduo possa apropriar-se do patrimônio cultural da humanidade, encontra aí sua força movente profunda. Capaz, então, de levar os estudantes a uma radical contestação da ordem vigente, chocando-se de maneira antagônica contra ela. Neste confronto, a juventude será obrigada a perceber o verdadeiro aliado com o qual pode contar: o proletariado. Sua bandeira pela universalização de uma formação humana de qualidade soma-se, portanto, à luta pela construção de uma nova sociedade efetivamente igualitária, livre, justa e fraterna. </p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="center"> <span style="font-size: 16pt;font-size:130%;" ><b>Reforma Universitária e Expansão do Ensino Superior no Brasil</b></span></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> O neoliberalismo será a tônica da política de Estado na América Latina e, especialmente, no Brasil durante toda a década de 1990. Na educação isto não se dá de forma diversa. Os constantes cortes orçamentários em relação às Universidades Públicas, os projetos de governo lançados dia após dia com o objetivo de facilitar o crescimento da iniciativa privada no setor, são os melhores exemplos disto. </p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> implementação da Reforma Universitária escolhida pelo Governo Federal irá dar continuidade a todas as políticas iniciadas por FHC (FIES, ENADE etc.). Estas não encontraram uma resistência fortemente organizada. O que vem a dificultar, ainda mais, as lutas. Lula passa a aprovar sua reforma por partes, desarmando o movimento e fazendo com que ele perca a necessária reflexão global das políticas que vêm sendo executadas.</p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> O golpe mais profundo, desferido pelo neoliberalismo à Universidade Pública foi, sem dúvidas a sua política de expansão. Formada por diversas políticas, das quais o ReUni é uma das maiores expressões, a abertura de novas vagas no ensino superior do Brasil vale-se de uma redução de qualidade que equivale-se à expansão. Assim, sob a alcunha da “otimização” da estrutura das Instituições de Ensino Superior públicas, superlota-se as salas, sobrecarrega-se os professores e técnicos, e, por fim, reduz-se a qualidade da formação recebida pelos estudantes, deixando-se de lado a pesquisa e a extensão universitárias. </p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Por esta razão, a luta do Movimento Estudantil brasileiro, hoje, está profundamente marcada pela defesa da Universidade Pública. Para tanto, será necessária uma oposição convicta à Reforma Universitária imposta por Lula em seu conjunto.</p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Propostas:</p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Contra a Reforma Universitária do Governo Lula! </b> </p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Boicote ao ENADE e ao SINAES! Por uma avaliação de verdade!</b></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Pela revogação do ReUni!</b></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Pela revogação do ProUni! Transferência de seus estudantes para a rede pública!</b></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Verbas públicas para a educação pública! 10% do PIB para a educação!</b></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Contra o Novo ENEM! Pelo fim do Vestibular!</b></p> <p style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Pela Universalização da Educação pública, gratuita, de qualidade e voltada para o atendimento das necessidades humanas.</b></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="center"> <span style="font-size: 16pt;font-size:130%;" ><b>Movimento Estudantil: possibilidades e limites</b></span></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="center">
<br />
<br /></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> Entre as mais importantes tarefas postas, hoje, para o Congresso Nacional dos Estudantes está a discussão acerca de que concepção de Movimento Estudantil deverá ser levada à frente pelo setor que se organiza através dele. Para tanto, necessita-se de uma discussão que busque a real posição dos estudantes, enquanto categoria, na sociedade atual.</p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> O ME encaixa-se no conceito comum de mov. social. Ou seja, reúne uma coletividade de pessoas com interesses e pautas semelhantes, na tentativa de conquistá-las através de uma movimentação política orientada para tal fim. No caso dos estudantes, no entanto, há diversas peculiaridades que devem ser levadas em conta. </p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> A primeira, e mais importante delas, é o seu caráter pluriclassista. Formado por pessoas com as mais diversas origens sociais o ME, apesar de seu caráter de classe média preponderante, não possui uma classe social definida, diferente do movimento operário, ou camponês. Isto faz com que, diversas vezes, o ME perca-se em suas pautas políticas, não tendo um projeto de longo prazo definido. </p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> Somado a isto, o movimento caracteriza-se por sua grande necessidade de renovação, já que o período de dedicação a ele, por parte de um estudante é, em geral, limitado. Assim, com a saída de antigos militantes e a entrada de novos, frequentemente o ME passa por períodos de confusão entre suas pautas, envolvendo-se até em problemas de memória do movimento.</p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> O resultado destas condições é que o ME, por natureza, não é um movimento revolucionário, visto que ele encontra-se afastado da esfera economicamente produtiva da sociedade. Para ultrapassar, no entanto, suas dificuldades e conseguir suas pautas primordiais, ele terá de chocar-se contra a sociedade vigente. Assim, os estudantes devem fazer uma opção frente a sociedade que vivem: mantê-la ou transformá-la. </p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> Daí vem o sentido da construção de um ME classista, profundamente ligado às pautas da classe trabalhadora, pois somente desta maneira ele poderá dar consequência real às suas lutas. Aliado a isto, a constante formação teórica e renovação de quadros do movimento, transforma-se em uma necessidade vital para ele. Assim, construir a luta estudantil ao lado dos trabalhadores demonstra-se como o mais eficiente caminho para a construção de um ME consequente e profundamente ligado às demandas populares.</p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br />
<br /></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="center"> <span style="font-size: 16pt;font-size:130%;" ><b>A Reorganização do ME no Brasil</b></span></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="center">
<br />
<br /></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> No Brasil, o ME passa por um chamado processo de reorganização. A chegada de Lula à presidência, possibilitada pelo próprio movimento do grande Capital, que vale-se de antigos líderes populares para garantir sua reprodução, faz maturar um processo que já vinha em curso há décadas. O processo da burocratização da União Nacional dos Estudantes.</p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> A UNE, que por bastante tempo mobilizou-se em defesa dos interesses estudantis e populares, passa de “mala e cuia” para as asas do Governo, defendendo todas as suas políticas neoliberais. Somado a isto, o processo de afastamento da base pelo qual passava a entidade desde sua refundação em 1979, faz com que a democracia de seus fóruns seja destruída, impossibilitando-se a sua disputa interna e sua reconquista para as lutas. </p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> Morta para a luta, a UNE não possui mais autonomia frente às organizações políticas que encastelaram-se em sua diretoria há quase vinte anos. Frente a isto, a partir de 2004 o ME combativo e autônomo vem construindo o debate de ruptura com a entidade, amadurecendo a discussão da construção de novos instrumentos, métodos e, principalmente, concepções para o movimento.</p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> A primeira proposta neste sentido foi a CONLUTE. Pretendendo-se mais um espaço de articulação dos setores que rompiam com a UNE, esta coordenação cumpriu um papel importante, inciando o debate acerca da reorganização do ME. Em alguns locais, principalmente nas Universidades Públicas, chegou a conseguir bastante inserção na base do movimento. </p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> A segunda construção da reorganização foi a Frente de Luta Contra a Reforma Universitária, que reunia setores de dentro e de fora da UNE. A frente, no entanto, demonstrou-se por demais estrutural, na prática sendo aprovada apenas as políticas consensuais entre seus setores majoritários, o PSTU e o PSOL. Como funcionava através de acordos entre os setores que a compunham, a Frente, apesar de ter impulsionado as lutas ocorridas em 2007, impediu que o debate da reorganização fosse levado até as suas últimas consequências, ficando a discussão de ruptura com a UNE deixada de lado.</p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br />
<br /></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="center"> <span style="font-size: 16pt;font-size:130%;" ><b>Nova Entidade ou Novo Movimento?</b></span></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br />
<br /></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> Com o esgotamento dos instrumentos citados acima o debate de fundação de uma Nova Entidade, necessária frente à falência da UNE, ganha mais força. Para enfrentá-lo, é necessário dialogar com o momento geral de refluxo vivido pelos mov. sociais, apesar das lutas do último período. Sendo evidente que esta conjuntura pode mudar em um contexto de crise econômica mundial.</p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> A construção de uma Nova Entidade, neste contexto, não atenderá às tarefas do ME, visto que estará afastada da compreensão da base, não sendo qualitativamente diferente do que existe hoje. No entanto, é necessário ter clareza de quais são as tarefas da reorganização em um momento de refluxo, não sendo permitido ao ME sair do CNE sem um instrumento capaz de articular minimante suas lutas e levar a cabo a construção do Novo Movimento Estudantil. O que não significa ter o apoio de todos os estudantes, mas tornar-se, de fato, uma alternativa de perspectiva para eles, o que não está posto.</p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> Esta construção se dará nas lutas do próprio ME, em um constante debate com a base. Somente assim pode-se forma esta alternativa para os estudantes, que não representa apenas uma Nova Entidade ou direção. Representa uma outra perspectiva de movimento, que entende não valer a pena a construção de um Mov. Estudantil que não seja classista, autônomo, combativo, profundamente democrático e em radical oposição à ordem de coisas vigente.</p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br />
<br /></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> Propostas:</p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Lançamento de uma carta de princípios da Reorganização do ME!</b></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Fundação de um espaço de articulação nacional dos estudantes organizado por fora da UNE, que não se pretenda uma Nova Entidade.</b></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 1.35cm 0.1cm 1.46cm; line-height: 150%;" align="justify"> <b>Construção de Cursos de Formação Política e Estágios de Vivência com Mov. Sociais!</b></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;">
<br /></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Assinam esta contribuição:</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Dayane Diniz - Serviço Social/UFAL, CARL</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Eli Magalhães – Direito/UFAL, DCE/UFAL</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Guto Ferreira - Geografia/UFAL, CAGEO</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Isabel Correia – Serviço Social/UFAL, CARL, DCE/UFAL</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Jainara Oliveira – Ciências Sociais/UFAL, CAFF, DCE/UFAL</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Jonatas Barbosa – História/UFAL, CAHIS, DCE/UFAL</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Jorge Lucas – Biologia/UFAL, CABIO, DCE/UFAL</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Klebson Porfírio – Filosofia/UFAL, DCE/UFAL </p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Marcus Vinicius – Ciências Sociais/UFAL, CAFF</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Myzia Estevão – Estudante de Serviço Social, CARL</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Shuellen Peixoto – Jornalismo/UFAL, DCE/UFAL</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> Túlio de Andrade– Direito/UFAL</p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center">
<br /></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm;" align="center"> <b>GRUPO ALÉM DO MITO</b></p> <p class="western" style="margin-left: 1.46cm; margin-right: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"><title></title><meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Win32)"><style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --></style><meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"><title></title><meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Win32)"><meta name="CREATED" content="0;0"><meta name="CHANGED" content="0;0"><style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } P.western { so-language: pt-BR } A:link { so-language: zxx } A:visited { so-language: zxx } --></style>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-86995513507992370862009-04-21T11:35:00.005-03:002009-04-21T12:15:18.298-03:00Piada de Salão: Falta professor depois da expansão!<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CELIMAR%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Copperplate Gothic Bold"; panose-1:2 14 7 5 2 2 6 2 4 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: center; font-weight: bold;font-family:lucida grande;" align="center"><span style="font-size:180%;">PIADA DE SALÃO: FALTA PROFESSOR DEPOIS DA EXPANSÃO!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center">
<br /><span style=";font-family:";font-size:20;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEuD9BmL1pCsJvfK6zfmBsDBjae0RWiYWJRl-msvxk1UbU3bmS37mxnxinjLW4U6zLJ6HcKAFuX_OdUApESJCUtvTzdUpG1VWZ5IeqnMYILmRFoeT5tkhizI3ageqxxIt6F-W3rprPqKg/s1600-h/OgAAAJqdCcWFNo_SZ9Gis3K1GPDF_41FXb_oZUdMSztXIksF-61Ltq1B3xGfdbcFXuEkmz1rL6oM58z1p8J5w2LDx_4Am1T1UAbQNGp5av_PD7eWvKiNKSFLWatz.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 252px; height: 188px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEuD9BmL1pCsJvfK6zfmBsDBjae0RWiYWJRl-msvxk1UbU3bmS37mxnxinjLW4U6zLJ6HcKAFuX_OdUApESJCUtvTzdUpG1VWZ5IeqnMYILmRFoeT5tkhizI3ageqxxIt6F-W3rprPqKg/s320/OgAAAJqdCcWFNo_SZ9Gis3K1GPDF_41FXb_oZUdMSztXIksF-61Ltq1B3xGfdbcFXuEkmz1rL6oM58z1p8J5w2LDx_4Am1T1UAbQNGp5av_PD7eWvKiNKSFLWatz.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327162471260587378" border="0" /></a>Na quinta feira, 16 de abril, os estudantes da Universidade Federal de Alagoas de diversos cursos, protagonizaram um ato em defesa da qualidade da educação pública. Organizada pelo Diretório Central dos Estudantes Quilombo dos Palmares, o DCE-UFAL, a manifestação teve início às 16h no Restaurante Universitário, fez uma volta pelo <i style="">campus</i> e encerrou-se no gabinete da reitora Ana Dayse. Os estudantes exigiram a presença da reitora recusando-se a se retirar da Reitoria sem que fosse entregue uma carta, elaborada pelo DCE e pelos CA’s e DA’s da UFAL, onde era relatada a situação caótica em que se encontra a Universidade.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span>Inicialmente, a reitora recusou-se a ir até os estudantes solicitando que fosse formada, pelo DCE, uma comissão de negociação com um número reduzido de alunos para dialogar com a administração da Universidade. Os manifestantes, inclusive os que fazem parte da coordenação do Diretório Central, recusaram a proposta e exigiram um diálogo direto com Ana Dayse, que se viu forçada a atender esta demanda, deixando de lado reunião na qual discutia a pauta do vestibular unificado com os diretores das Unidades Acadêmicas da UFAL.
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span>A carta entregue pelos estudantes aborda uma gama vasta de questões. Todas elas, no entanto, estão centralmente ligadas às questões de estrutura da UFAL. Após a política de expansão que vem sendo implementada pela Reitoria e pelo Governo Lula, iniciada com a expansão da Universidade para o interior de Alagoas e, mais recentemente, com o ReUni, a qualidade da instituição tem sido severamente negligenciada. Os problemas estruturais históricos como a falta de salas de aulas e laboratórios devidamente equipados, a insuficiência do acervo das bibliotecas e a Assistência Estudantil defeituosa foram aprofundados com o ingresso de novos estudantes sem o devido acompanhamento estrutural da Universidade. O quadro que se forma hoje é a da falta de professores para a execução do mínimo da vida acadêmica: o oferecimento de aulas. Os que restam, encontram-se bastante sobrecarregados, dando conta de várias turmas de cursos distintos. Há casos de professores que orientam até 20 (vinte) Trabalhos de Conclusão de Curso, o que, obviamente, força para baixo a qualidade da produção científica da UFAL. Desta maneira, pesquisa e extensão são sonhos longínquos para os alunos da Universidade. Todos estes casos agravam-se no tocante ao <i style="">campus </i>Arapiraca e seus pólos.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9-3Ne1vIvnTayZ8Uh8s3WERl-fl_xH_7dwG2woRuHJEQRVTgJGzUXvrIF2H6C3u5hTEKlFjZuTzBEGOQa5b0RXFhkXqs45dxFIm6RFUVDDT9S968ca9-4Cbi5TPFUklprnR1YZnJTusE/s1600-h/OgAAAGjmzuSqOStagO7DWdDVHr8udXqSssH-VF0o_lCtv-2Bcqo1UvF12i-EFrJJlW_ZtUKn_Lcbxfvw_ZzCRvcIgA4Am1T1UGHscml6-9vODKrfAlxEcfnNkHw0.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 238px; height: 178px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9-3Ne1vIvnTayZ8Uh8s3WERl-fl_xH_7dwG2woRuHJEQRVTgJGzUXvrIF2H6C3u5hTEKlFjZuTzBEGOQa5b0RXFhkXqs45dxFIm6RFUVDDT9S968ca9-4Cbi5TPFUklprnR1YZnJTusE/s320/OgAAAGjmzuSqOStagO7DWdDVHr8udXqSssH-VF0o_lCtv-2Bcqo1UvF12i-EFrJJlW_ZtUKn_Lcbxfvw_ZzCRvcIgA4Am1T1UGHscml6-9vODKrfAlxEcfnNkHw0.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327162575549758466" border="0" /></a>A mobilização organizada pelo DCE não foi a primeira a ser realizada com esta pauta. Anteriormente, os estudantes de Comunicação Social e Geografia já haviam realizado atos em protesto com as condições de estudo de seus cursos. Os estudantes de História realizaram um abaixo-assinado no qual exigiam melhorias para a licenciatura e o bacharelado. Na Filosofia e nas Ciências Sociais vinham-se construindo assembléias freqüentes para a discussão do tema. Em Farmácia há tempos as aulas laboratoriais haviam sido paralisadas por falta de materiais e equipamentos. O ato puxado pelo DCE teve, então, a função de dar respostas a estas iniciativas e de unificar as lutas setorializadas que vinham acontecendo, chamando a atenção para o fato de que os problemas repetem-se pela Universidade como um todo.
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span>A avaliação que o Grupo <b style="">Além do Mito...</b> faz do ato é a de que ele cumpriu sua função principal. O DCE conseguiu dialogar com os estudantes que tomaram parte da manifestação que os problemas concretos enfrentados por eles advêm da política de expansão sem qualidade à qual a UFAL tem sido submetida. No entanto, apesar deste aspecto positivo, a mobilização para a ação demonstrou-se defeituosa. Com uma pauta tão concreta e que afeta diretamente o cotidiano estudantil, esperou-se que mais pessoas agregassem-se ao movimento. O ato foi, contudo, reduzido, agregando, em sua maioria, membros de CA’s, DA’s e do próprio DCE.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span>Este não pode ser o último passo do movimento. Vivemos um momento em que a luta por qualidade na educação parece se mesclar diretamente com o cotidiano concreto da sala de aula. Os interesses imediatos dos estudantes estão sendo atacados num momento em que a Universidade é expandida sob um discurso democratizante falseador (proferido por Ana Dayse e Lula) que, ao mesmo tempo em que abre mais vagas na UFAL, o que é positivo, reduz pela metade a verba destinada à Assistência Estudantil por conta da crise econômica, deixando os alunos à própria sorte.
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span>A Reitoria enviará uma explicação à carta entregue pelo Movimento Estudantil dentro de 15 (quinze) dias. A função do DCE, neste momento, deve ser a de organizar a resposta dos estudantes às razões apresentadas por Ana Dayse. Estas respostas devem partir, invariavelmente, daqueles que estão sofrendo na pele os problemas trazidos pela expansão irresponsável levada a cabo pelo Governo e pela Reitoria: o próprio corpo discente. Para tanto, é necessária a convocação de uma Assembléia Geral dos Estudantes na qual devem ser apresentadas as perspectivas da administração da UFAL e discutidos os próximos passos do Movimento.
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span>Nossa resistência à precarização da Universidade deve estar plantada em cada sala de aula, em cada corredor, em cada pátio da UFAL. É necessário que os estudantes sejam os sujeitos desta luta. O DCE e os CA’s/DA’s são nossos pontos de apoio e organização privilegiados e indispensáveis, mas não os protagonistas deste enfrentamento. Para conquistarmos esta vitória precisaremos da formulação direta e organizada do corpo estudantil. Portanto, devemos ampliar os espaços de discussão destas mobilizações e não aceitar, de forma alguma, negociações feitas através de comissões ou quaisquer outros tipos de proposta que tornem enviesado este processo de luta direta.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b style="">Universidade: queremos de verdade!</b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center">
<br /><b style=""><o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: right;" align="right">Maceió, abril de 2009</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: right;" align="right">Grupo <b style="">Além do Mito...</b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;" align="right">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;" align="right"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1U0r8vjf7CqdyoeUqFB8WuEna7iLFYhBfDbvAULGthHA_COIzw6wEapoeQW4TeJhR6PJWymoCbiwKY6xQrCacJn4NHLFfe0eG6PG5PfX0rNJcIiv8TmwsLMD0kPwsAYlG_U8KD5mdwgI/s1600-h/OgAAANSVDhfKSjepDGsPWdDSQRTc1ZAIHEH70ygS0QB9xRwclKk5QRDHYqD0xyshJLCgUuyIH3H9sXYmD9y4CSSq-QIAm1T1UNIhwEQDzezW998dXTymXvCnBCo8.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1U0r8vjf7CqdyoeUqFB8WuEna7iLFYhBfDbvAULGthHA_COIzw6wEapoeQW4TeJhR6PJWymoCbiwKY6xQrCacJn4NHLFfe0eG6PG5PfX0rNJcIiv8TmwsLMD0kPwsAYlG_U8KD5mdwgI/s320/OgAAANSVDhfKSjepDGsPWdDSQRTc1ZAIHEH70ygS0QB9xRwclKk5QRDHYqD0xyshJLCgUuyIH3H9sXYmD9y4CSSq-QIAm1T1UNIhwEQDzezW998dXTymXvCnBCo8.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327162743653732594" border="0" /></a></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;" align="right">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span></p> Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-83127632029154047312009-03-27T20:41:00.000-03:002009-03-27T20:42:29.816-03:00Pré-Tese para o Congresso Nacional de Estudantes<p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b><span style="font-size: 24pt;">Pré-Tese do Grupo Além do Mito...</span></b></p> <p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b><span style="font-size: 14pt;">Contribuição ao debate do Congresso Nacional de Estudantes</span></b></p> <p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b><span style="font-size: 14pt;"> </span></b></p> <p style="text-align: right; text-indent: 36pt;" align="right"><b><span style="font-size: 10pt;"><span> </span>“Amar e mudar as coisas me interessa mais...” – Belchior</span></b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><b> </b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><b> </b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Este documento visa apresentar os primeiros debates do grupo Além do Mito... acerca do Congresso Nacional de Estudantes, a ser realizado este ano na cidade do Rio de Janeiro. Nosso objetivo, aqui, é trazer à tona uma discussão de fundo, a ser mais concretizada em nossa Tese ao CNE, sobre o que consideramos serem as principais preocupações do Movimento Estudantil brasileiro no momento em que nos encontramos.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Os incessantes ataques à educação pública, gratuita e de qualidade, tornam explícita a lógica profunda que move o contexto atual. Uma lógica de privatizações, sucateamento do setor público, hipervalorização e crescimento do setor privado em detrimento do real atendimento das necessidades humanas. Esta dinâmica se apresenta ainda mais acentuada no contexto da crise econômica gestada nas entranhas do Capitalismo, da qual não podemos prever as conseqüências, nem, muito menos, receber passivos os ataques que serão levados à frente pela elite econômica em prejuízo dos direitos dos trabalhadores e da juventude.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Como espaço de aglutinação do setor mais avançado do movimento dos estudantes, o CNE não pode passar incólume por estas questões. Para nós, do grupo Além do Mito..., sua tarefa principal é discutir as concepções, os marcos e os princípios que devem nortear os próximos passos do Movimento Estudantil combativo na luta contra a crise, contra a mercantilização da educação e pela afirmação de um Novo Movimento Estudantil. No entanto, concretizar estes objetivos sem entender o papel social da educação e sem uma avaliação crítica dos últimos passos do ME brasileiro é uma impossibilidade. É por aí que iniciamos os debates do CNE.<b><span> </span></b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><b> </b></p> <p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b><span style="font-size: 18pt;">A Crise e as tarefas da Juventude</span></b></p> <p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b> </b></p> <p style="text-align: center;" align="center"><b>Crise estrutural e Neoliberalismo</b></p> <p style="text-align: center;" align="center"><b><u><span style="text-decoration: none;"> </span></u></b></p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>Toda análise de conjuntura no período em que nos encontramos deve partir obrigatoriamente da Crise Estrutural do Capital, iniciada há cerca de 35 anos, do movimento feito pelo capitalismo mundial neste espaço de tempo e da crise econômica atual, fruto das contradições criadas e acumuladas por este movimento.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>A partir da década de 1970, chega ao fim o dinamismo produtivo e a expansão “sem limites” do capitalismo. O sistema passou a se deparar com barreiras intransponíveis dentro de sua lógica. De fato, não há uma infinidade de recursos naturais à explorar, não há uma demanda eterna a suprir as necessidades imperativas de produção e reprodução de capital e em contrapartida, o sistema que antes parecia não ter limites passa a ter a necessidade de forjar mecanismos que segurem a crescente perda da sua taxa de lucratividade.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>Desde então, é fator nodal ao capital inovar nas suas formas de produção: “produzir mais e de forma mais barata” passa a ser a regra daqueles que querem sobreviver no sistema. Junto a isto, é necessário diminuir a vida útil das mercadorias no intuito de obrigar uma renovação crescente no consumo. Para viabilizar estes processos, o sistema carece de “revolucionar” os meios de produção através da inserção de ciência avançada nos processos produtivos – inovação tecnológica – e da combinação do antigo modelo fordista de produção associado ao recém criado toyotismo, que tem a produção por demanda como uma das principais características. Em conformidade com estas medidas, é necessário acabar com os postos de trabalho “saturados” e aumentar drasticamente a exploração daqueles trabalhadores que continuarem no processo de produção.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>São nestas bases que a classe burguesa estabelece os marcos de sobrevivência de seu sistema de exploração. Com sucesso, no chão da fábrica, a burguesia implementa sua reestruturação produtiva e, como resposta político-ideológica, formula as bases do que será a busca pela<span> </span>“desregulamentação universal”, o neoliberalismo.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>Hoje, não há nenhum âmbito social que não seja mediado pela lógica do capital, de modo que aqueles outrora tomados como responsabilidade do Estado, por meio dos embates empreendidos pela classe trabalhadora no conjunto da luta de classes, se encontram completamente deteriorados pelo sucateamento e privatização estabelecidos com vistas a responder à crise estrutural.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>O pensamento neoliberal tomou conta não apenas das estruturas políticas da sociedade, até mesmo a chamada “elite acadêmica” acabou sendo engolida pela idéia de que não há alternativa ao capitalismo e de que quão mais o sistema se torne eficiente, melhor poderá tratar dos problemas sociais. A doença, agora tornada remédio, é propagada como necessária e condizente aos impulsos mais legítimos da sociedade. Se no mercado, ganham aqueles que conseguirem derrubar seus adversários, na vida social, ganha o indivíduo que estiver mais apto e que melhor se submeter aos ímpetos da lógica capitalista.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>Após cerca de três décadas de neoliberalismo, deparamo-nos hoje com seus efeitos em todas as esferas da sociedade. A grande desregulamentação do trabalho e privatização impostas aniquilaram os mecanismos de defesa da classe trabalhadora e submeteram os países periféricos aos ditames das grandes potências. Nunca na história da humanidade se viu tal necessidade de dominação universal e permanente.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>Para manter o sistema sem entraves, o grande capital, especialmente o estadunidense, teve de financiar dezenas de aventuras militares numa ofensiva imperialista contra qualquer povo ou país que não seguisse religiosamente os ditames da “grande nação americana”. A humanidade conta aos milhões o número de mortos, mutilados e atingidos pela escalada bélica da burguesia. É fato, se há algo que as últimas décadas do século XX nos mostraram é que o imperialismo está disposto a sacrificar a própria existência de vida no planeta para salvar o sistema capitalista de produção. Partimos das intervenções dos organismos de inteligência e dos boicotes políticos e econômicos para a mais deslavada chantagem através da ameaça nuclear. Não foram poucas as vezes que vimos a força bélica sendo utilizada como argumento.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span></p> <p style="text-align: center;" align="center"><b>A Crise Econômica e a saída para a classe trabalhadora</b></p> <p style="text-align: center;" align="center"><b> </b></p> <p style="text-align: justify;"><b><span> </span></b>Se na política o sistema capitalista aprofundou sua natureza nociva, na esfera econômica, além do movimento de reestruturação produtiva, começa a se cristalizar rapidamente uma forma de acumulação de riqueza que mantém uma relativa dependência para com a esfera da produção.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>O chamado capital financeiro se firma como um setor avançado do domínio burguês que, através da construção de uma série de mecanismos e do estimulo a uma completa financeirização da economia, em pouquíssimo tempo consegue impor seus interesses imediatos como pauta do dia nas agendas dos estados. Vale ressaltar que essa supremacia construída por esse setor da classe dominante não foi resultado apenas do aproveitamento de uma conjuntura favorável aos seus negócios; pelo contrário, os movimentos do capital em sua crise estrutural colocam como necessidade imperativa a constituição de um setor que possa literalmente sugar uma parcela da mais-valia universal e em contrapartida – através dos inúmeros mecanismos de oferta de crédito e dos diferentes ramos de especulação outrora forjados – estimular uma produção de mercadorias muito além das necessidades sociais. Como as grandes corporações possuem um enorme volume de capital “financeirizado”, esta produção irá estimular uma nova alavanca no mercado financeiro e este por sua vez fará com o que ciclo se reinicie. A enorme acumulação e a garantia de lucros fáceis fazem com que a especulação financeira vá de encontro à estratosfera.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>É desta forma que vai se constituir um elevado padrão de consumo por parte da elite e dos setores medianos da sociedade, tanto nos países centrais quanto nas regiões mais avançadas da periferia do capital. A compra de artigos de luxo, de imóveis, de automóveis e a realização de viagens constantes – o que desenvolverá um setor de turismo em escala global – formam um status social a ser buscado por todos. Para além disso, manter este padrão é sinônimo de sucesso pessoal. A medida da felicidade de cada um está diretamente ligada à medida de seu consumo.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>Considerando o grau de alienação e fetichismo existentes, os próprios setores menos abastados da sociedade são estimulados a seguir este padrão. E, à sua forma, seguem.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>No entanto, como cada passo do capitalismo leva consigo uma nova contradição, tornou-se insustentável manter o elevado nível de consumo e, aliado a isto, uma crescente desregulamentação e precarização dos assalariados. O endividamento generalizou-se pela sociedade e os títulos de dívidas, tornados papéis negociáveis pelo mercado financeiro, começaram a ter sua liquidez questionada. Em alguns dias, bilhões de dólares literalmente sumiram do mercado. Empresas e bancos que há poucos meses eram sólidos, se “desmancharam no ar”.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>Para salvar o sistema da total quebra, entra em cena o Estado. Se durante décadas ele era tratado como um entrave aos negócios, devendo ter sua função restrita o máximo possível, agora será aquele que garantirá a sobrevida necessária neste momento de queda vertical da economia capitalista. Toda a classe dominante está unida para defender as medidas intervencionistas do Estado e não têm o menor pudor em jogar fora todo o discurso neoliberal de outrora. Desde que tivemos as primeiras notícias da crise que o sistema adentrou, trilhões de dólares de recursos do Estado foram injetados na tentativa de “dar liquidez” ao mercado. Os arautos da economia burguesa fazem questão de propagandear que todos devemos dar nossa contribuição para superar este “período de turbulência”. Querem jogar nas costas de todos a responsabilidade pela crise.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>Não tenhamos dúvidas, ainda há muita coisa por vir. A crise demonstra estar apenas em sua fase inicial e as medidas da burguesia sequer serviram para estipular um horizonte seguro, pelo contrário, quanto mais têm atuado, mais contradições têm colocado em cena.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>No final das contas, sabemos que a classe dominante tentará jogar todos os custos da crise contra os trabalhadores e estes por sua vez precisam tomar consciência de que não há conciliação possível com aqueles que vivem da exploração do trabalho. É necessário organizar a classe e colocar seus mecanismos de luta em funcionamento, não para superar a crise, não apenas para garantir os empregos e direitos, precisamos construir uma ofensiva em vistas ao rompimento com o sistema do capital, e à construção do socialismo.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>Os estudantes precisam tomar uma posição na luta de classes e esta posição deve ser em defesa daqueles que constroem toda a riqueza deste mundo e que são expropriados dos frutos de seu trabalho. Ou superamos a crise numa perspectiva de elevação da luta de classes, ou mais uma vez seremos tragados pela lógica nefasta do capital, que coloca tudo e todos em defesa dos interesses do próprio capital e não das necessidades humanas.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><b> </b></p> <p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b><span style="font-size: 18pt;">Crise, Educação e a Luta contra a Mercantilização</span></b></p> <p style="text-indent: 36pt;"> </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">O Congresso Nacional de Estudantes terá como uma de suas principais tarefas a discussão de uma concepção profundamente fundamentada acerca da educação. Envolto no contexto da reorganização da categoria estudantil, o CNE não poderá se furtar a este debate, que deve servir para definir objetivos táticos e estratégicos dos estudantes. Não discutir, hoje, a concepção de educação que deve ser defendida pelo Movimento Estudantil combativo é, sem sombra de dúvidas, esvaziar de sentido o próprio processo de reorganização, já que é nesta esfera onde primordialmente se desenvolvem as lutas deste movimento. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">A necessidade posta, portanto, em tempos de crise econômica e, mais ainda, de crise estrutural do Capital, é a do resgate do papel originário da educação. As armas a serem utilizadas pelo ME para combater a mercantilização que afeta o sistema educacional não devem ser outras senão a lucidez teórica, a sobriedade de leitura conjuntural e a prática militante intransigentemente orientada para a defesa de uma concepção de educação que revele a real função desta atividade como uma necessidade humana, e não um mero valor de troca. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Nós, membros do grupo Além do Mito, entendemos ser esta a postura que deve servir ao ME em sua luta diária. E isto se dá porque, a partir de uma concepção de fundo acerca da educação, pode-se pôr em evidência para os estudantes uma bandeira estratégica mais ampla: a da luta por uma educação voltada para os interesses sociais e, portanto, para a superação da forma de sociedade em que vivemos.<span> </span></p> <p style="text-align: center;" align="center"><b> </b></p> <p style="text-align: center;" align="center"><b>Educação: Uma necessidade humana.</b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"> </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Como toda atividade humana a educação estará dirigida a uma determinada finalidade social. Para entender o papel que ela cumpre é importante, logo, buscar este fim original ao qual ela atende. Este entendimento, no entanto, torna-se não apenas incompleto, mas impossível, sem uma prévia investigação acerca da própria condição humana. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Os seres humanos irão diferenciar-se de todas as outras coisas existentes por uma característica que lhes é peculiar: sua radical historicidade. Significa dizer que, ao contrário de todas as outras formas de existência, presentes na realidade, os homens têm a capacidade de construir sua própria história, seu próprio contexto. Através de sua atividade são capazes de moldar o mundo ao seu redor, bem como sua própria forma de organização social, concretizada em diversos estágios de complexidade que de maneira mais ou menos direta determinarão a forma como se relacionam entre si. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Com isto, não é exagero dizer que a humanidade significa uma revolução na existência. Ao contrário da natureza, os homens são capazes de tomar conscientemente em suas mãos o seu próprio destino. Basta perceber que enquanto uma colméia de abelhas organiza-se de forma igual há milhares de anos pelo menos, o mesmo não acontece com as sociedades humanas, que neste mesmo período atravessarão as mais diversas formas de organização. A atividade humana, no entanto, que lhe lega esta qualidade é o trabalho.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Trabalhar é transformar a natureza de acordo com determinados objetivos, na busca pela satisfação das necessidades humanas. Os homens vêm transformando a natureza desde sua origem. Sejam as primeiras ferramentas pré-históricas, ou os variados utensílios modernos, toda a riqueza humana advém do trabalho. Esta atividade é a responsável pela construção do novo. Sem ela, o homem jamais teria deixado sua condição a-histórica. É, então, o trabalho, o ato fundante da humanidade.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Acontece que, ao construir o novo, a humanidade cria, junto com ele, novas necessidades que não poderia prever de início. Desta maneira, o trabalho impulsiona os seres humanos a diversas outras atividades que não se resumem a ele. Com o ato de trabalhar, nascerá, por exemplo, a necessidade do conhecimento. <b><span></span></b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">A questão do conhecimento é de importância capital para o debate acerca da educação. Ora, se trabalhar é transformar a natureza para atender a determinadas necessidades dos homens, quanto maior for o conhecimento acerca das coisas, maior será a chance de os objetivos do ato de transformá-las serem atingidos. Ou seja, quanto mais conhecimento possui a humanidade, maior é a possibilidade de suas necessidades serem atendidas. É evidente que, com o impulso proporcionado pelo trabalho, o aumento da complexidade da sociedade humana fará com que o conhecimento deixe de resumir-se à natureza e passe a voltar-se, inclusive, para a própria humanidade.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">A educação surge neste contexto como uma forma de perpetuar e expandir este conhecimento. É, então, uma condição fundamental para a elevação da consciência do gênero humano, cada vez mais ciente de si-mesmo. É a atividade que permite ao indivíduo apropriar-se do patrimônio cultural da humanidade, tornando-se consciente de sua participação no gênero e, a partir daí, forçar positivamente sua evolução social. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Não restrita a apenas o seu sentido formal, o complexo educacional é, desta forma, condição indispensável para a reprodução social da humanidade. É através dele que o indivíduo que se apropria da experiência genérica humana pode responder às novas necessidades postas pela história. Sua função é, assim, conservadora. Não necessariamente em um sentido político, mas em um sentido ontológico. Ou seja, é indispensável para a conservação da humanidade enquanto tal, já que, a reprodução social humana é uma incessante construção do novo.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Apesar de seu papel essencial descrito acima, a educação cumprirá uma função diversa em cada uma das formações sociais diferentes pelas quais passem os homens. Com o advento da propriedade privada, da divisão social do trabalho e da divisão da sociedade em classes sociais, a educação tomará uma postura mais complexa e que acabará por excluir deste processo grandes contingentes da própria humanidade.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"> </p> <p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b>Conhecimento e Capital: Educação não é mercadoria!</b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"> </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Nas sociedades anteriores ao capitalismo, a educação mais completa que poderia ser oferecida era restringida às classes com maior poder político. Enquanto aos senhores feudais, por exemplo, era dada a oportunidade de estudar nas Universidades medievais, aos servos, por sua vez, bastavam-lhes as instruções básicas de como executar seu rústico trabalho. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Com a sociedade do Capital, no entanto, a situação é posta de uma maneira diferente. O advento da industrialização passa a exigir uma classe trabalhadora muito mais qualificada que os antigos servos. A própria necessidade do mercado, criada pelo novo modo de produção, acaba por abrir as portas das escolas à classe operária nos meados do séc. XIX. No capitalismo, a educação formal é, então, massificada. Por óbvio este processo não se dá de maneira instantânea, nem em todas as suas esferas. Além disso, será um processo alvo de inúmeros avanços e recuos que, em essência, nunca chegará à sua universalização para todos os seres humanos.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Acontece que o fundamento da forma de sociabilidade em que vivemos é o trabalho assalariado. Este é, essencialmente, produtor de mercadorias. A mercadoria é a categoria que permite a troca de valores no mercado. Ou seja, sem ela, a própria existência do capitalismo seria uma impossibilidade. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">A produção de valores de uso, por sua vez, passa a ser subjugada à produção de valores-de-troca. Isto é, pouco importa, para a atual forma de sociedade, o quanto possam atender às necessidades humanas as coisas produzidas, importante é, na verdade, sua capacidade de circulação mercantil. Com isto, o mercado passa a ser a forma predominante de apropriação da riqueza socialmente produzida por parte dos indivíduos. Não poder participar do mercado significa, então, ter em risco sua própria sobrevivência. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">É assim que todo aquele que puder oferecer algo ao “deus” mercado o fará. Conseqüentemente, a forma mercantil atingirá a diversas outras áreas da vida humana que não somente àquelas envolvidas com o processo de produção. O mercado oferecerá a oportunidade, para aquele que possa pagar, de comprar arte, diversão, saúde, sexo, e, entre outros, educação. Para os que não possam pagar o mercado não encontrará soluções satisfatórias. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Assim, o capitalismo submete a tudo e a todos à sua lógica de mercado. Transforma em coisas, por tanto, a maior parte, se não a totalidade, das dimensões da vida humana. Perder de vista este processo de coisificação significa reduzir ao vazio a luta do Movimento Estudantil. Reduz a mero <i>slogan </i>(“educação não é mercadoria”), quase sem sentido de tantas vezes repetido, o embate central no campo da educação atualmente: a recusa de que ela seja submetida à lógica do Capital.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><b><span> </span></b></p> <p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b>Educação e Crise: O avanço da privatização.</b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span> </span></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Com a grande depressão econômica de 1929 o Capital será forçado a buscar soluções para suas contradições internas. É após a Segunda Guerra Mundial e, em grande medida, graças a toda a destruição por ela causada, que será encontrada a sua alternativa. O Estado de Bem Estar Social irá basear-se no pacto entre Capital e Trabalho, com significativa intervenção estatal na economia. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Durante este período, foi possível notar um reaquecimento da economia capitalista baseado em uma gama de fatores que envolviam a regulação econômica pelo Estado, a reconstrução do que havia sido devastado pela Guerra, o pleno emprego etc. Entre estes estaria, com importância significativa, o fornecimento, por parte do Estado, de serviços públicos que chegariam a elevar o nível de vida da classe trabalhadora. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">A educação passa a ser entendida como um direito, figurando na maior parte das legislações modernas. O Estado Social, no entanto, não dura mais do que três décadas de existência, entre 1940 e 1970. Além disto, não pode deixar de ser notado o fato de que sua extensão espacial restringiu-se aos países desenvolvidos do norte. O “bem estar social” ficaria, portanto, apenas no papel das Constituições para os países não-desenvolvidos na maioria das vezes. Ainda assim, sua ilusão foi o suficiente para realimentar o sonho reformista de superação do capitalismo por dentro de sua própria lógica.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Entre o fim da década de 1960 e o início da de 1970 o Capital entra novamente em crise. Desta vez, de maneira tão avassaladora que impulsiona a classe dominante a encontrar saídas para a crise em uma completa reestruturação do campo produtivo. A queda da taxa de lucros do empresariado e a saturação dos mercados farão então com que a burguesia pressione o Estado a deixar de lado os serviços antes fornecidos à população. Com isto, seria possível à iniciativa privada a busca por novos ramos econômicos, suficientemente lucrativos, para a valorização de seu capital. A educação, por óbvio, estará entre eles. É o início da era neoliberal, impulsionada pela crise estrutural do Capital. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">O neoliberalismo é a reposta da elite à crise do Capital. Desta maneira, ele será constituído de ataques cada vez mais frontais aos direitos da classe trabalhadora. No tocante à educação, será arquitetada toda uma política consciente de sucateamento do fornecimento público deste serviço. Por óbvio, a iniciativa privada passa a exercer um papel primordial no fornecimento de serviços educacionais. Estes, no entanto, como já dito antes, ficarão restritos àqueles que puderem pagar, enquanto os menos abastados serão condenados à precária rede educacional oferecida pelo poder público. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">No Brasil, os primeiros ataques serão dirigidos aos ensinos fundamental e médio. Atualmente, a política liderada pelos organismos internacionais que buscam salvar o Capital e posta em prática pelo Governo Lula volta-se contra a Universidade Pública. A Reforma Universitária que vem sendo implementada pelo PT desde 2003 é a melhor das expressões da estratégia neoliberal para a educação. Com uma escancarada política de privatização branca o Governo Petista vai, aos poucos, minando o sistema de ensino superior gratuito e, ao mesmo tempo, incentivando o setor privado com programas como o ProUni e o Fies. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">A tática utilizada para driblar o movimento de defesa da educação pelo governo foi a da fragmentação da Reforma. Não bastasse, vale-se também da propaganda e da cooptação de diversos setores dos Movimentos Sociais, como a própria União Nacional dos Estudantes (UNE). Foi assim que Lula conseguiu fazer com que o movimento, como um todo, engolisse sua pauta. Na prática, o fracionamento da Reforma Universitária fez com que, por mais de uma vez, os que resistem à privatização da Universidade Pública corressem, de um ponto a outro da reforma, como que desorientados para a defesa de tantos ataques. No fim, o movimento acabou por perder a globalidade do debate acerca da destruição da educação superior, organizando-se a cada medida governamental e, sucessivamente, sendo derrotado. É sintomático, por exemplo, como o Movimento Estudantil costuma organizar-se para o boicote ao ENADE apenas próximo ao período da prova, ou como, com o advento do REUNI o movimento resumiu-se a repudiá-lo isoladamente em suas reivindicações deixando de lado toda uma construção permanente da luta pela Universidade Pública e uma crítica global à reforma neoliberal.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">O retorno ao debate global sobre a Reforma Universitária se põe, portanto, na ordem do dia. Principalmente pelo fato de que a UNE, em seu CONEB realizado no último Janeiro, retomou esta discussão. Isto vem a significar, então, que o Governo possui engatilhada uma nova seqüência de ataques à educação superior, já que a UNE nada mais faz do que antecipar a política governista na tentativa de amenizar os choques em direção a ela.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Com a atual crise econômica, deflagrada no segundo semestre de 2008, o Governo Federal tem destinado bilhões de reais aos banqueiros na tentativa de salvar as empresas da total falência. A ajuda governamental, contudo, não tem servido para impedir que os patrões ponham para a rua um grande número de trabalhadores. Mais de meio milhão de postos de trabalho foram fechados o que era uma marolinha no fim de dezembro tornou-se um furacão irrefreável. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Todo o dinheiro destinado ao salvamento das empresas, sem dúvidas, sairá do orçamento das áreas sociais. Com mais de R$ 1 bi já cortados, a educação, claro, não passaria ilesa. Os cortes atingirão, provavelmente, as áreas consideradas “secundárias” pela política neoliberal. Quer dizer, no caso educacional, que os primeiros contingenciamentos de verbas atingirão, exatamente, a Assistência Estudantil.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">As bandeiras imediatas do Movimento Estudantil estarão centradas, então: a) na luta contra a Reforma Universitária privatista; b) na luta por democracia efetiva nas Universidades e Escolas; c) na luta pela revogação do REUNI e por uma expansão de qualidade; d) na luta por mais verbas públicas para a Educação Pública; e) na luta pela manutenção do tripé universitário ensino-pesquisa-extensão; f) na luta pela universalização da assistência estudantil; e g) na luta contra a restrição à meia-entrada e quaisquer outros direitos dos estudantes.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"> </p> <p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b>Educação e Emancipação</b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"> </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">A luta contra a privatização é voltada, como vimos, contra uma lógica profunda do Capital. A lógica da transformação de todas as dimensões da vida humana em mercadoria. Acontece que lutar contra a dominação do mercado sem ter em vista que sua superação só se dará com a superação do próprio capitalismo levará o Movimento Estudantil ao imediatismo e aos becos do reformismo. Para tanto, é necessário que os estudantes portem uma concepção ideológica acerca da educação que resgate o sua qualidade original de necessidade humana e não de mercadoria.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Esta concepção ideológica de fundo levará o ME a reconhecer seus aliados principais: os trabalhadores. À classe trabalhadora interessa a superação da sociedade do Capital e o fim da exploração do homem pelo homem. A ela interessa, também, uma educação livre das amarras da alienação e do mercado, posto que, principalmente, aos oprimidos e explorados que é negada a apropriação do patrimônio cultural humano. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">O Movimento Estudantil classista deve, portanto, lutar pela emancipação humana total. Apenas a partir daí será possível uma educação emancipada, voltada para o atendimento das necessidades humanas. Por óbvio, não serão os estudantes que iram liderar este combate, mas os trabalhadores. É nesta condição que reside o fundamento da aliança operário-estudantil, que deve ser levantada novamente pela juventude. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">O Congresso Nacional de Estudantes como primeiro espaço de aprofundamento de debates e acúmulos a ser realizado no contexto da reorganização estudantil deve voltar-se cuidadosamente a todos estes aspectos. Devem os estudantes em luta perceberem que seus objetivos se dirigem à <i>universalização da educação como necessidade humana</i>. Para tanto, é necessária a percepção de que este objetivo não pode estar dissociado da luta, mais abrangente, pelo fim da exploração do homem pelo homem. </p> <p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b><span style="font-size: 18pt;">Construir o Novo Movimento Estudantil e defender a Educação em aliança com os Trabalhadores</span></b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"> </p> <p style="text-align: justify;"><span> </span><span> </span>O Congresso Nacional de Estudantes será o primeiro espaço de acúmulo real de debates a ser realizado no contexto da Reorganização Estudantil. Neste sentido, não é permitido ao Movimento Estudantil combativo perder a oportunidade de construir uma avaliação sóbria sobre seus passos ao mesmo tempo em que concretiza novos rumos frente à realidade posta.</p> <p style="text-align: justify;"><span> </span>Para nós, a tarefa primeira do CNE é discutir as concepções, os marcos e os princípios que devem nortear o processo de reorganização. Será necessário o enfrentamento das questões concretamente postas, como a polêmica acerca da Nova Entidade Estudantil. Esta pauta, contudo, não se apresenta como a principal. Este será um encaminhamento a ser dado ou não durante o congresso. Mais importante, é discutir os avanços e retrocessos deste processo em curso, aprofundá-lo e dar-lhe conseqüência. Para tanto, o resgate das bandeiras de um ME classista, combativo, autônomo e radicalmente democrático é fundamental.</p> <p style="text-align: justify;"> </p> <p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b>A necessidade e os passos da Reorganização do Movimento Estudantil</b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"> </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">A chegada de Lula à presidência em 2002 significa o fim de um ciclo na história da esquerda brasileira. Com efeito, a completa transição do Partido dos Trabalhadores para a trincheira da defesa e manutenção da ordem posta, com sua sistemática aplicação da política neoliberal, acaba acarretando na perda de uma das maiores referências da militância que lutava em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Com isto, as entidades que, em outro contexto, encampavam esta luta passam a defender as mesmas políticas aplicadas pelo governo. Nesta situação encontram-se a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), que acentuam o processo de burocratização e afastamento de suas bases que já vinha em curso, culminando com a completa traição aos interesses dos oprimidos e explorados, passando a servir como verdadeiras correias de transmissão do governo frente aos movimentos sindical e estudantil. No caso da UNE, é emblemática sua defesa ao projeto de Reforma Universitária privatista apresentado por Lula.<span> </span>É a partir daí que a esquerda nacional sente a necessidade de iniciar um processo de reorganização.<span> </span></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">No campo da educação os ataques foram brutais. Com a Reforma sendo aprovada “a conta gotas” houve bastante dificuldade na organização de grandes mobilizações. Para dar respostas a este momento, o Movimento Estudantil convoca um encontro nacional contra a Reforma Universitária, onde é fundada a Coordenação Nacional de Lutas dos Estudantes, em 2004. A CONLUTE serviria como pólo de aglutinação dos setores combativos do ME que decidiram por romper com a falida UNE, articulando-os minimamente para a resistência ao projeto neoliberal para a educação. Neste sentido, ela consegue relativo avanço, afirmando-se no combate diário dos estudantes e organizando um real embate frente às políticas petistas, enquanto algumas correntes da luta contra a Reforma faziam, ainda, o debate do “governo em disputa”. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">No entanto, por sua opção política de rompimento com a UNE, a CONLUTE não poderia abarcar todos os setores que se dispunham a resistir à Reforma. Neste sentido, em 2006, surge a Frente de Luta Contra a Reforma Universitária. Majoritariamente construída pelo PSTU e pelo PSOL, a Frente logo demonstraria suas limitações, porém, por outro lado, viria a deixar claro que qualquer embate verdadeiro à política neoliberal só poderia ser feito por fora da UNE. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">A partir daí, não se pode negar o papel cumprido pela Frente, que protagonizou as maiores lutas do país, sendo um instrumento presente nas diversas ocupações de reitorias do ano de 2007. As mobilizações deste momento foram, sem dúvidas, de grande importância para o Movimento Estudantil. No primeiro semestre do ano em questão, várias ocupações foram organizadas em torno da pauta da Assistência Estudantil e da Autonomia Universitária. Após o meio do ano, a luta se deu principalmente contra o decreto do REUNI. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Apesar da fragmentação geral em que se encontraram estas mobilizações, não conseguindo definir uma pauta unitária a nível nacional, é inegável que não poderiam ter acontecido fora do contexto de reorganização estudantil que se alastrava por todo o país. A volta à cena dos estudantes faz com que o governo e as reitorias, ávidos pela aprovação do REUNI, respondessem com o aumento da truculência e da repressão sobre o movimento. Com a aprovação do decreto em todas as IFES em Conselhos Universitários ilegais e com forte aparato policial, o saldo que nos restou foi a perseguição a muitos de nossos companheiros, processados administrativa e judicialmente pelas reitorias.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Mesmo neste contexto de repressão, o movimento arrefece no ano de 2008, não conseguindo se armar como necessário para barrar estes processos. As mobilizações que acontecem neste ano (ocupações da UNB e da UNISANTOS) surgem já em um contexto de descenso e, nem de longe, se comparam ao 2007 estudantil que contou com um entorno de 20 ocupações de reitorias. Nem mesmo os calendários de lutas tirados nos espaços da reorganização, como o Encontro Nacional de Estudantes no fim do primeiro semestre de 2008, foram levados às suas conseqüências necessárias, não sendo concretizados satisfatoriamente. Esta prática foi reiterada tanto no que diz respeito à CONLUTE quanto à Frente de Luta Contra a Reforma Universitária, o que demonstra o caráter de frouxidão em que ambos foram estabelecidos.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">As limitações da Frente atingiram, de maneira muito mais intensa, a própria dinâmica da CONLUTE. Esta última, na prática, deixou de funcionar sendo abandonada, principalmente, por seu setor majoritário em nome da aliança tática com os setores que ainda disputam a UNE. A “unidade artificial” que dava bases à Frente terminou por inviabilizar o debate de aprofundamento da reorganização estudantil que era levado pela CONLUTE em seu início. De fato, esta passou a funcionar apenas quando a Frente se recusava a realizar determinadas lutas, como foi o caso do Plebiscito Nacional Contra o REUNI. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Como os espaços da Frente de Luta Contra a Reforma Universitária só funcionavam a partir do consenso, o debate de ruptura com a UNE teve de ser deixado de lado em nome da garantia do diálogo entre os setores que a compunham. Assim, maquiou-se de forma tosca o fato que não poderia ser escanteado: o de que todo o processo de lutas ocorrido nos últimos anos se deu no interior do curso da reorganização estudantil, que, por sua vez, põe em xeque o papel da União Nacional dos Estudantes. Era notório o caráter imediatista da Frente e que, apesar de nascida no seio da reorganização do ME e, como já foi dito, em conseqüência do mesmo, não oferecia alternativas ao momento. Já a CONLUTE, continua existindo, embora somente com a finalidade dos militantes do PSTU falarem em seu nome nos espaços do movimento (é válido questionar como foram designados nomes para tal função dentro da Coordenação).</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"> </p> <p style="text-align: center; text-indent: 36pt;" align="center"><b>As tarefas organizativas do Congresso Nacional de Estudantes</b></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"> </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Mesmo com a força que os estudantes demonstraram em 2007, com tantas lutas sendo postas em movimento simultaneamente com pautas semelhantes, não se conseguiu construir uma unificação das mesmas. O motivo maior disso é que, apesar do ascenso das lutas nesse momento, e da percepção da necessidade do novo, já que o velho não dava mais conta, tal percepção não foi desenvolvida na consciência dos estudantes. Não se debateu com a base estudantil esta necessidade de unificação nacional das lutas, de forma que cada ocupação teve seu fim em si mesmo.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Vivemos agora um momento sem grandes mobilizações, e de repressão cada vez maior. Entendemos que, apesar da necessidade urgente do ME de esquerda dar uma resposta à altura de suas necessidades, criar uma nova entidade é algo que precisa ser levado a discussão com a base. Não adianta criar algo novo sem que a base estudantil tenha a menor noção da necessidade do mesmo. O Congresso Nacional de Estudantes precisa ser discutido com o conjunto dos estudantes, precisa estar no seio das lutas estudantis, já que servirá para, principalmente, além da discussão da criação ou não de uma nova entidade, discutir os rumos da educação pública e de qualidade em um momento de crise econômica, mostrar qual a resposta que o movimento deve dar a este momento pelo qual passa e unificá-lo nacionalmente dentro de marcos que permitam avançar o processo de reorganização. Para tanto, será também fundamental a discussão acerca dos princípios e concepções que devem nortear este processo.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">Porém, é claro que, considerando experiências anteriores, não podemos sair deste congresso com apenas um calendário de lutas, deixando a construção do mesmo sem nenhuma garantia. Entendemos que não é deste congresso que deve sair a Nova Entidade Estudantil, já que uma entidade que se proponha a ser combativa e representativa precisa nascer das lutas dos estudantes. Faz-se necessário que os estudantes conheçam qual o objetivo da criação de uma nova entidade, e que aqueles se sintam correspondidos por ela e componentes da mesma. Porém, também nos é notório que não podemos sair do CNE sem respostas ao contexto em que nos encontramos. Nós, do grupo Além do Mito..., entendemos necessário que deste espaço seja efetivada uma articulação nacional, que sirva para aglutinar os estudantes em torno das lutas e que dê conseqüência ao calendário a ser discutido no CNE. Em contrapartida, é preciso que fique claro que esta articulação não deve ser uma reedição da CONLUTE, tão pouco da Frente. É preciso delimitar seus marcos, métodos e princípios, possibilitando que esta se torne algo mais orgânico e se construa no combate estudantil cotidiano. Além disso, construída por fora da UNE, é necessário que mantenha sua autonomia para debater a construção do novo, por fora de “unidades artificiais”, e oferecendo aos estudantes as reais condições de suprir as necessidades deste momento de luta. É a partir desta articulação que se deve impulsionar a construção combativa das pautas decididas no CNE, trazendo de volta à luta o Movimento Estudantil, pois é das lutas dos estudantes que o Novo Movimento Estudantil e a Nova Entidade Estudantil podem ser erguidos de fato.</p> <p style="text-align: right; text-indent: 36pt;" align="right"> </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"> </p> <p style="text-align: right; text-indent: 36pt;" align="right">Grupo Além do Mito...</p> <p style="text-align: right; text-indent: 36pt;" align="right">Maceió, Março de 2009.</p>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-20005179701581191712009-01-04T20:12:00.004-03:002009-01-04T20:16:36.629-03:00Moção do DCE-UFAL de solidariedade a Claudionor Brandão<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.ccs.usp.br/espacoaberto/maio99/brandao.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 168px; height: 208px;" src="http://www.ccs.usp.br/espacoaberto/maio99/brandao.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Claudionor Brandão é dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo e operário de manutenção desta Universidade há vinte anos. Recentemente, foi demitido por justa causa pela reitoria da USP. Na alegação, faltas graves do tipo: direção de greves e piquetes na Universidade. O Diretório Central dos Estudantes da Quilombo dos Palmares lançou uma moção de solidariedade a Claudionor Brandão que segue abaixo.</span><br /></div><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><br /></span><div style="text-align: center;"><br /><br />MOÇÃO DE SOLIDARIEDADE DO</div><p style="text-align: center;">DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES</p><p style="text-align: center;">QUILOMBO DOS PALMARES<br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">O Diretório Central dos Estudantes Quilombo dos Palmares, entidade representativa do corpo discente da Universidade Federal de Alagoas, vem, por meio deste, expressar sua solidariedade à luta do camarada Claudionor Brandão frente às medidas arbitrárias tomadas pela Reitoria da USP. </p> <p style="text-align: justify;"> </p> <p style="text-align: justify;">O ataque a Brandão tem contornos claramente políticos representando uma evidente tentativa de desarticulação dos trabalhadores da USP. O SINTUSP demonstrou-se enquanto entidade disposta a construir a luta por uma Universidade pública, gratuita e de qualidade, bem como contra a precarização de suas condições de trabalho. Isto o colocou, e colocará, por diversas vezes em choques diretos contra a Reitoria da USP e os governos neoliberais que tentam submeter a Universidade a uma lógica de mercado, privatizante e destrutiva.</p> <p style="text-align: justify;"> </p> <p style="text-align: justify;">Claudionor Brandão é, desta forma, apenas mais uma vítima das perseguições políticas que têm sido deflagradas nos últimos tempos. Uma demissão por justa causa que alega piquetes e greves como faltas graves é um ataque não apenas ao trabalhador em questão, mas à liberdade e autonomia sindical. É um ataque ao direito de resistência, fundamental à Classe Trabalhadora.</p> <p style="text-align: justify;"> </p> <p style="text-align: justify;">Nestes momentos, a solidariedade de classe, que deve existir entre os que se encontram na mesma trincheira de luta, é a nossa maior arma. Nós, estudantes do DCE UFAL, dedicados à construção de um movimento estudantil classista, intimamente ligado às necessidades e perspectivas dos trabalhadores, nos servimos deste para declarar nossa solidariedade ao companheiro perseguido. </p> <p style="text-align: justify;"> </p> <p style="text-align: justify;">Também desejamos expressar nosso veemente repúdio aos atos arbitrários tomados pela Reitoria da USP, respaldados por seu Conselho Universitário. Para nós, situações como estas apenas somam-se àquelas que servem para provar o quanto a burocracia universitária é capaz de articular-se em defesa de seus privilégios. Demonstra, também, a falta de democracia real não apenas nos conselhos, mas em todas as instâncias das universidades brasileiras. <span> </span><span> </span></p> <p style="text-align: justify;"> </p> <p style="text-align: justify;">A luta de um de nós é a luta de todos nós! </p> <p style="text-align: justify;"> </p> <p style="text-align: justify;">Pela readmissão imediata de Claudionor Brandão!</p> <p style="text-align: justify;"> </p> <p style="text-align: justify;">Por democracia real nas Universidades!</p> <p style="text-align: justify;"> </p> <p style="text-align: justify;">Em defesa das liberdades democráticas!</p> <p style="text-align: justify;"> </p> <p style="text-align: justify;">Diretório Central dos Estudantes Quilombo dos Palmares – UFAL</p>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-77830247151994522172008-12-31T12:15:00.007-03:002008-12-31T16:34:18.399-03:00Crime, política e Movimentos Sociais<div style="text-align: justify;"><span style="font-style: italic;font-size:85%;" >Por <a href="http://www.blogger.com/profile/10574395838769736862">Eli Magalhães</a> (acadêmico de Direito e membro do Além do Mito)<br />Postado em </span><a href="http://antesquixote.blogspot.com/"><span style="font-style: italic;font-size:85%;" >Antes Quixote</span></a><span style="font-style: italic;"><br /></span><span style="font-style: italic; font-weight: bold; color: rgb(255, 0, 0);font-size:85%;" >Este texto reflete um posicionamento individual, o qual não é necessariamente o entendimento do grupo Além do Mito acerca do assunto.</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidEOiTSvhyphenhyphenca2TpDqDw2uG8ijNWE9dkaTNGocu_Cwc6a2wdgE4rONFaYOy_kbWZk8e2OMQEmUtv8cJgrlwCkiqPGcR2RhxaThOk8XPXyD-y9_xIkyifL7OK4GWlmsHaOUpdLFt21PfwPI/s1600-h/movimentos_sociais.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 156px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidEOiTSvhyphenhyphenca2TpDqDw2uG8ijNWE9dkaTNGocu_Cwc6a2wdgE4rONFaYOy_kbWZk8e2OMQEmUtv8cJgrlwCkiqPGcR2RhxaThOk8XPXyD-y9_xIkyifL7OK4GWlmsHaOUpdLFt21PfwPI/s200/movimentos_sociais.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5285974497017497858" border="0" /></a>Recentemente, tem crescido o número de notícias que tratam de conflitos envolvendo movimentos sociais e forças policiais. As últimas que podemos puxar da memória dizem respeito aos estudantes de Santos, desocupados pela polícia da reitoria em que se encontravam pacificamente, e a truculência com a qual a PM do Rio dispersou a manifestação contra a 10ª rodada de leilões das jazidas de petróleo promovida pelo governo Lula. É possível, ainda, citar outras ocasiões em que o Estado moveu-se contra os trabalhadores e estudantes que promoviam momentos de contestação neste ano. Como maior exemplo disto, lembremos da ação ajuizada pelo Ministério Público gaúcho contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Estes exemplos constumam apontar tendências aparentemente gerais na disputa ideológica cotidiana. A criminalização dos movimentos sociais parte de uma articulação entre discurso e ação estatal na tentativa, não apenas de sua desarticulação política direta, pondo fim em suas atividades, mas, ainda, de legitimação desta desarticulação, seja ela tão truculenta quanto for. Ou seja, não basta simplesmente calar os manifestantes. Esta imposição do silêncio e do consenso deve, além de tudo, apresentar-se da forma mais aceitável possível, não importando os meios utilizados para tal.<br /><br />De maneira muito introdutória, posto que não empreendi nenhum estudo mais sistemático acerca desta problemática, parece-me que o processo de criminalização dos movimentos de contestação da ordem seguem, em geral, dois passos: a) a construção de uma concepção que dá, ao crime, uma realidade natural e negativa; b) a identificação de qualquer atitude de contestação ou conduta desviante com atividades criminosas.<br /><br />Em um primeiro momento, tenta-se, por todas as vias ideológicas disponíveis, construir-se a legitimidade da ordem vigente, abafando-se, ao mesmo tempo, quaisquer manifestações de dissenso. A criação de um clima de entendimento em torno das instituições postas envolve diversos aspectos desde a legitimação do sistema democrático burguês, das leis etc. Dentro deste espectro, é cada vez mais notável a intenção de conferir existência natural ao fenômeno do crime. Este passa a ser tratado como um ser que, existindo de forma independente, é evidentemente algo nocivo a qualquer organização societal.<br /><br />Esta movimentação de legitimação da ordem possui, como um de seus momentos fundamentais, a legitimação da violência estatal. A organização da violência, em torno do Estado, é suprida, por um lado, a partir da aceitação do monopólio da força física nas mãos da institucionalidade, que deveria utilizá-la de maneira racional. Por outro, a deslegitimação do uso da força por outros pólos sociais. Com isto, o crime e a violência passam a constar como elementos sutilmente diferenciados. Não será negativa, por exemplo, a violência policial utilizada no combate ao crime, desde que racionalmente. Assim organiza-se o discurso do Direito Penal Liberal.<br /><br />Mas o que é o crime, afinal? A própria teoria do Direito Penal pode dar contribuições iteressantes na resposta desta pergunta. O crime, em sua dimensão analítica, é uma figura jurídica constituída por três características, que, em um resumo um tanto deformador, são as seguintes: a) a tipicidade, adequação da conduta à proibição legal; b) a ilicitude, caracterização da conduta como contrária à proteção dos valores juridicamente assegurados; c) a culpabilidade, a capacidade jurídica que o agente deve possuir para o cometimento do delito, por exemplo, ser maior de 18 anos. Sem a conjunção destas três dimensões, a conduta não poderá ser considerada juridicamente como um crime.<br /><br />Assim, no que diz respeito especificamente à dimensão da tipicidade, se o ato do qual quer-se discutir a natureza criminosa não se adequar inteiramente à conduta proibida pela lei penal, não haverá crime. Isto deve nos levar a uma reflexão mais profunda. Se apenas as condutas em contradição com a lei penal podem ser consideradas criminosas é necessário que seja discutida, para que seja encontrada a origem do fenômeno criminoso, a origem das próprias leis que o instituem. Ora, é imperioso perceber que, em ausência de leis penais que tipificassem condutas criminosas, não haveria nada a ser considerado crime. Em outras palavras, só existe delito onde existir direito que pronuncie o que é passível de ser punido pelo Estado.<br /><br />Em contradição a esta análise da ciência penal, tenta-se criar uma espécie de aversão natural a qualquer coisa que apresente-se como crime. Esta é uma atitude que vem muito a calhar frente à necessidade de manutenção do status quo, visto que mudanças sociais radicais estiveram historicamente ligadas a uma contestação mais profunda da ordem tanto em sua dimensão política, quanto em sua dimensão mais marcadamente jurídica. É comum o discurso midiático que procura incentivar políticas de Lei & Ordem, do combate à criminalidade a qualquer custo etc. Eles baseiam-se, em última instância, na premissa, óbvia aos que proferem tal discurso, de que o crime é algo naturalmente ruim.<br /><br />Mas se o crime existe apenas onde existem leis criminais, deve, então, ser posto o seguinte questionamento: de onde vêm as leis criminais? Ora, a pergunta é facilmente respondida. Elas vêm de onde vêm todas as outras leis. Do processo legislativo comum às democracias republicanas modernas. As leis são, em última análise, frutos de escolhas políticas instituicionais. Definem quais serão os fatos importantes para o Direito e, ao mesmo tempo, quais valores serão tutelados e garantidos pelo Estado.<br /><br />Isto nos leva a um problema muito mais profundo. O Estado, em sua acepção moderna, e a cidadania, faces de uma mesma moeda, nascem junto aos valores que fundam a sociabilidade capitalista. Desta forma, como diria Engels, o Estado não é nada senão "o balcão de negócios da classe dominante". Desta maneira, os processos instituicionais aos quais estão submetidas as escolhas políticas da sociabilidade burguesa, ainda que possam, de forma contraditória, favorecer em determinada, e sempre limitada, medida as classes subalternas, nunca se colocará em declarada contradição com o fundamento último do sistema sócio-metabólico do capital. Desta maneira, o crime, assim como grande parte das outras leis, será uma escolha política, na maior parte das vezes tomada pelas classes dirigentes. O que significa dizer, o crime não é um fenômeno natural, e sim político. Mais, não será necessariamente algo nocivo à sociedade de maneira abstrata. Será algo nocivo à manutenção do cotidiano da sociabilidade em questão. Significa dizer: o crime em seus nuances mais ou menos contestadores da ordem vigente não é necessariamente nocivo aos seres humanos, apesar de poder sê-lo.<br /><br />Vários episódios históricos nos trazem, hoje, personagens, muitas das vezes considerados heróis, que em sua época foram tidos e até condenados como criminosos pelo poder constituído vigente. Podemos citar Zumbi dos Palmares, Tiradentes, Calabar, João Cândido, Carlos Prestes, Olga Benário, Graciliano Ramos etc., apenas para memorar alguns nomes da história brasileira. Ao mesmo tempo, não se pode esquecer que o Estado e a ordem jurídica que os considerou desta forma era tida tão legítima, à época, quanto a que vige atualmente.<br /><br />Desta maneira, o crime será um elemento histórico, jurídico, político e social neutro. A classe dominante também é passível de ser considerada criminosa, apesar de episódios assim serem mais raros. Exemplificativamente podem-se citar a criminalização de condutas nazi-faccistas na maioria das democracias após a Segunda Guerra Mundial, assim como uma tendência atual à perseguição, ainda que somente jurídica, dos "crimes de colarinho branco". O fato real de que, no tratamento de delitos como estes, as instituições estatais são mais "frouxas" do que o normal é assunto para outro texto, já que aqui tento construir uma análise mais voltada para o fenômeno do crime em-si, e não do Estado e do Sistema Penal.<br /><br />Tendo construído a imagem do crime como um elemento naturalmente nocivo passa-se ao próximo estágio da criminalização política: a tentativa de adequação de condutas dos movimentos de contestação a figuras típicas da lei penal. A tentativa de deslegitimação da contestação à ordem vale-se, como não poderia deixar de ser, da legitimidade constritora desta mesma ordem. A freqüente tentativa de identificação e rebaixamento de manifestantes e ativistas políticos a meros "vândalos" comuns é uma demonstração muito forte desta tendência.<br /><br />Com isto, a ordem vigente beneficia-se, pelo menos, de três maneiras diferentes. Em primeiro lugar, encontra uma brecha legal, posto que o Estado de Direito Moderno só pode agir (publicamente) de acordo com a lei, para reprimir as manifestações mais radicais de descontentamento político. Em segundo lugar, valendo-se do construto da figura criminosa naturalmente nociva, desconstrói a legitimidade social que estes movimentos de contestação geralmente possuem taxando-os como violentos (já que apenas a violência estatal é legítima), ou seja, criminosos. Por último, esta identificação da ação política com a criminalidade comum, de massas, cotidiana, contribui para a constituição de uma prática criminosa docilizada.<br /><br /><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7a2I4hmToFnBOWgQnudobTebLrrRWMaRCMORF74kyHkpuS4IoKyescORXsaBV2FbVtiaybLAywFbUgfsJzhW9fYU1fqOxHdwFuZzkj-91ctIcx_s8zvK0GC04saBiNPWmq3jxWEWzmZ0/s1600-h/ditaduraevandroteixeiragb2.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 138px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7a2I4hmToFnBOWgQnudobTebLrrRWMaRCMORF74kyHkpuS4IoKyescORXsaBV2FbVtiaybLAywFbUgfsJzhW9fYU1fqOxHdwFuZzkj-91ctIcx_s8zvK0GC04saBiNPWmq3jxWEWzmZ0/s200/ditaduraevandroteixeiragb2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5285973847272096482" border="0" /></a>A atividade política, por vezes, será realmente criminosa. Os momentos de maiores enfrentamentos históricos levaram a grandes desconsiderações e deslegitimações da ordem jurídica, fazendo com que atos políticos estivessem em pleno desacordo com as leis em vigor à determinada época. É o caso, por exemplo, mas não somente, de grandes revoluções políticas como a Francesa e a Russa. Rememore-se, também, as atividades de grupos de esquerda durante a ditura militar no Brasil com assaltos a bancos e seqüestros de figuras eminentes, assim como a tortura implementada pelas forças policiais da repressão estatal, que apesar de admitida jamais foi tida como lícita. Desta maneira, de formas variadas, a ordem vigente procurará, sempre, identificar esta forma de contestação política violenta à criminalidade comum.<br /><br />Com isto, contribui-se para a criação e reprodução de uma criminalidade docilizada. Apesar de incômoda, a violência urbana cotidiana, na maior parte das vezes, não representa uma contestação mais sistemática ao status quo. Mesmo representando um fator de acréscimo do desconforto das civilizações modernas assaltos, seqüestros, o tráfico de drogas, homicídios etc., não questionam as bases reais do poder na sociabilidade vigente em sua centralidade. Para a classe dominante, é muito mais confortável que os criminosos estejam preocupados em assaltar bancos para consumir bens mercantis, do que para financiar atividades para-militares revolucionárias. Desta maneira, a identificação de atividades políticas radicais à criminalidade cotidiana, organizada ou não, presta um belo serviço no sentido de aprofundar, ainda mais, o caráter naturalmente nocivo do crime, em desconformidade com o seu caráter mais acentuadamente político.<br /><br />Por esta tendência à tentativa de identificação de atividades políticas a atividades criminosas é que vemos situações como acusações de depredação de patrimônio público (crime de dano), desacato à autoridade e outros crimes comumente utilizados para legitimar a ação estatal sobre os movimentos políticos mais contestadores, mesmo quando estas condutas jamais aconteceram. Exemplo mais caricatural, foi a tentativa de indentificação, por parte do Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul, de escolas do MST a células de formação terrorista de crianças sem-terra.<br /><br />Desta forma, estas considerações introdutórias apontam para algumas conclusões tão preliminares quanto elas. Em primeiro lugar, o crime não pode ser tratado como uma realidade natural independente. Esta postura, comumente utilizada no dicurso criminalizante atual, apresenta-se em total contradição com a própria Ciência do Direito burguesa, que propugna pelo reconhecimento jurídico unicamente daquilo que está posto enquanto direito na sociedade moderna. Tal discurso mais se parece com um retorno ao direito natural feudal e clássico, do que com o reconhecimento do direito positivo burguês advindo com a modernidade.<br /><br />Não é, portanto, algo naturalmente nocivo, sendo fruto de uma escolha política, só podendo existir enquanto contradição ao direito. O que significa dizer que, de uma maneira geral, cai por terra a teorização de que apenas a violência estatal pode galgar de legitimidade. Não se quer com isto propugnar pela legitimidade jurídica da violência política. Muito menos afirmar que, apenas violentamente pode-se fazer política. Mas, apenas, afirmar que, ao longo da história, as mais variadas formas de atividade política chegaram, por diversas vezes, a encontrar pontos de intersecção com a violência, principalmente em momentos de rupturas políticas mais radicais. Ao mesmo tempo, o Estado e o Direito, como dois braços de um mesmo corpo tentarão manter a cotidianidade da sociabilidade vigente. Atividade para a qual, a criminalização dos movimentos sociais demonstra-se de importância capital.</div></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM8lsPX7a8pla5BnPd1E-28VzgX2ttaw0-hkVNGNMQnN-vZ2IGfm0A6i63TQwxuzYdYlKAQtzOwjkuSRCRzoi7lTb78u7t37scUirjNJJN6j4A-QIHhYMSOXBoqafkhdNPzRxjPMwmEMk/s1600-h/movimentos+sociais.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM8lsPX7a8pla5BnPd1E-28VzgX2ttaw0-hkVNGNMQnN-vZ2IGfm0A6i63TQwxuzYdYlKAQtzOwjkuSRCRzoi7lTb78u7t37scUirjNJJN6j4A-QIHhYMSOXBoqafkhdNPzRxjPMwmEMk/s400/movimentos+sociais.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5285974246799404626" border="0" /></a>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-13618312367714351942008-12-13T04:17:00.002-03:002008-12-13T04:20:54.289-03:00Moção de Repúdio à Demissão do Camarada Claudionor Brandão<div style="text-align: justify;">O Grupo Além do Mito, que constrói o movimento estudantil combativo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), vem manifestar o seu <a href="http://geocities.yahoo.com.br/mariorufinofjr/200812mocoorepudiosuelivilela.pdf">repúdio</a> ao ato da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), Sueli Vilela, que demitiu por motivos de perseguição política o trabalhador da instituição e sindicalista Claudionor Brandão.<br /><br />Esta demissão não representa somente um ataque a individualidade de um trabalhador, a um técnico que trabalhava na manutenção de condicionadores de ar fazia 21 anos, mas a autonomia da classe trabalhadora para organizar-se e reivindicar seus direitos.<br /><br />Sentimo-nos, também, atingidos com esse tipo de atitude, digna de déspotas, e não apenas prestamos o nosso repúdio a tal atitude como – também – vimos prestar nossa solidariedade ao trabalhador Claudionor Brandão e exigir a sua imediata readmissão.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Primeiro levaram os comunistas,</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Mas eu não me importei</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Porque não era nada comigo.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Em seguida levaram alguns operários,</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Mas a mim não me afetou</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Porque eu não sou operário.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Depois prenderam os sindicalistas,</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Mas eu não me incomodei</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Porque nunca fui sindicalista.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Logo a seguir chegou a vez</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">De alguns padres, mas como</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Nunca fui religioso, também não liguei.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Agora levaram-me a mim</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">E quando percebi,</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-style: italic;">Já era tarde.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-weight: bold;">Bertolt Brecht – A Indiferença</span><br /></div></div><br /><div style="text-align: center; font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">Grupo Além do Mito...</span><br /><span style="font-style: italic;">“Estudar para lutar, lutar para estudar!”</span></div>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6133766639338230024.post-21766405939364207832008-12-10T01:34:00.003-03:002008-12-10T01:42:08.250-03:00Atividade do dia 11 de dezembro está suspensa!<div style="text-align: justify;">Devido ao fato do <a href="http://br.groups.yahoo.com/group/dceufal/message/8776">Conselho de Entidades de Base (CEB) ser realizado no próximo dia 11 de dezembro</a> (quinta-feira) em Arapiraca, a <a href="http://grupoalemdomito.blogspot.com/2008/12/alm-do-mito-realiza-debate-na-prxima.html">atividade de apresentação</a> do grupo “Além do Mito...” que aconteceria no mesmo dia, às 15 horas, no ICHCA, <span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 0, 0);">foi suspensa</span>.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Uma nova data para a mesma será agendada e, assim que isso for feito, tornaremos a divulgar em nossos veículos de comunicação (blog, comunidade do orkut e material impresso).<br /></div>Grupo Além do Mitohttp://www.blogger.com/profile/15832912223288616573noreply@blogger.com0